Na manhã seguinte, Larissa despertara muito cedo. Antes mesmo da primeira refeição, havia levantado e se reunido com seus mensageiros particulares. O plano era o seguinte: Buscar Luki Planinć para um arriscado encontro nas limitações do Castelo Real. Não! Isso seria um absurdo! – Logo pensou.
– Não podemos fazer tal coisa! – Redarguiu um deles.
– Não estão vocês debaixo de minha ordem? Portanto, saiam agora sem serem vistos e tragam-no aqui para mim. Vocês no final da noite, enquanto todos dormem, o passarão pela janela de meu quarto. Quero ver esse jovem camponês.
Sem hesitar, os mensageiros reais saíram em direção ao extremo sul da Dalmácia. A viagem demoraria algumas horas e se esforçavam o máximo possível para ganhar tempo. Chegando à aldeia dos Planinć, avistaram, de longe, Marki Luki. Ele estava brincando com seu cachorro dálmata. – O cachorro era um ótimo guarda e bom de caça.
Luki não os reconheceu à primeira vista, mas quando eles se aproximaram pode lembrar-se pelos trajes – Kako si? Tudo bem?– perguntaram-lhe. – Ja sam dobro. Estou bem – Respondeu Luki. Dessa vez não pediram pra entrar e Luki não teve nem tempo de lhes oferecer isso. Seguraram-no pelos braços e disse: Venha conosco. Precisamos ver a princesa de Gora.
Sem entender, Luki ficou sem reação por uma inesperada convocação real. Logo ele, camponês desconhecido por todos fora de sua aldeia. Não havia nada interessante nele – a não ser a sua beleza. – Era um jovem educado e de temperamento manso. Luki tinha 22 anos e nem se passava por sua cabeça procurar uma noiva.
Nada lhe fora comunicado nas primeiras horas de viagem. Luki havia perguntado o que estava acontecendo - Što se događa? – Mas a sua pergunta foi ignorada. Não insistiu em perguntar, até que passavam pela região de Split quando um dos mensageiros lhe revelou tudo.
A princesa de Gora estava para se casar. A data do casamento já estava marcada para o mês de outubro daquele ano. Porém o casamento seria com um príncipe dezesseis anos mais velho que ela, ou seja, do dobro de sua idade. Isso não lhe agradou. Ela não queria o casamento e se mostrara triste no Castelo. Desde o princípio – quando foram visita-lo pela primeira vez na aldeia – encontraram nele todas as características do futuro noivo da princesa. Agora estariam voltando para Gora – a pedido dela – com Luki para um encontro. Porém um encontro às escondidas. Ninguém além dos quatro poderia saber da presença de Luki no Castelo Real. Caso contrário, um grande problema seria formado ali.
Luki temia sua própria morte. Não gostou do risco pelo qual agora corria. Mesmo assim – sem direito de escolha – tentou aliviar-se com a esperança de obter êxito em seu encontro. Ninguém pisava o Castelo Real de Gora sem antes ser visto pela Guarda Real. Seria um grande desafio para os empregados passarem Luki pra dentro do quarto da princesa sem serem vistos pelos guardas.
Entretanto, havia um túnel secreto que saía para dentro do porão. Entrando lá teriam que ter o total cuidado de não serem vistos por ninguém. Não seria tão difícil, pois o ritmo da família real era sempre o mesmo. Dormiam e acordavam cedo. Antes de o sol raiar estavam todos de pé. Poucas horas depois do pôr-do-sol iam todos para a cama. Estariam agora prestes a concretizar o encontro.
Chegaram ao castelo da família real e como esperavam, estavam todos dormindo, exceto os da guarda real. Passariam pela área arbustiva, ao lado do jardim da princesa, o que lhes ocultaria da vista dos guardas e os poria num ponto estratégico, praticamente de frente para o quarto de Larissa.
Passando pelo túnel, saíram no porão do Castelo. Nenhum sinal de algum empregado acordado. Seria fácil a subida até o quarto da princesa – três degraus acima – ainda que tivessem que passar em frente o quarto do casal real. Isso se não fosse a insônia do rei. Havia uns dias que ele não conseguia dormir. Estava com seus pensamentos perturbados por causa das reuniões do futuro do Reino. Gora era pra ele tudo o que possuía de mais precioso e o destino de seu nome estava nas mãos de sua filha Larissa.
Não esperavam ver o rei, em meio à penumbra dos corredores do Castelo cambaleando, tentando apoiar-se no corrimão da escada.
– Veličanstvo? – Perguntou um deles espantado.
– Oi rapazes. O que fazem por aqui? Não era pra estarem dormindo? – Luki estava bem atrás de um deles, agachado. Foi empurrado para trás de dois vasos grandes. – O que fazem por aqui?
Hesitaram por um momento e um deles respondeu: Estamos sem sono e levantamos para beber água. Está uma noite quente. – De fato, muito quente – concordou o rei.
– Laku noć! – Despediu-se deles e voltou para o quarto. Luki foi puxado pelo corredor e levado para o quarto da princesa.
Ali estava. Luki Planinć mal acreditava onde estava. Parou por um instante, boquiaberto com o imenso quarto da princesa. Era tudo tão lindo. A penumbra o impedira de ver perfeitamente o brilho do sorriso jovial de Larissa, que se encontrava sentada em sua cama. Luki pousou o seu olhar sobre seu rosto, era a moça mais linda que ele já havia visto. Sorriu – um sorriso de satisfação por haver encontrado um tesouro – ele camponês, não era digno nem mesmo de estar ali. Menos ainda receber de volta o sorriso da princesa. Larissa foi recíproca. Também estava encantada com a beleza de Marki Luki.
Larissa – depois de um momento de êxtase pela primeira vista – levantou-se da cama e deu um passo à frente. Luki fez o mesmo. Entreolharam-se conectando todos os sentimentos numa só cena. Luki pegou em sua mão. Estavam tão próximos que podiam sentir o pulsar um do outro. Uma gota de suor – de nervosismo e timidez – rolara do rosto de Larissa. Luki sorriu e a enxugou. Bastou um gesto para que a princesa explodisse de vergonha e corou – ele era verdadeiramente lindo e tão terno!
– Então é você Luki Planinć? – indagou Larissa.
– To sam ja. Sim, sou eu – Respondeu Luki. Sua voz estava tão suave que era agradável aos ouvidos da princesa.
Larissa não parava de sorrir e Luki soltou o primeiro elogio: ti si tako lijepa! – Era muito linda mesmo. Larissa estava usando uma franja no cabelo, deixando-o ainda mais charmoso. O encontro estava indo devidamente bem como haviam imaginado. Luki estava sentindo-se o rapaz mais feliz do mundo. Larissa sentia-se realizada. Era Luki o tipo de noivo com quem ela sempre sonhou.
Uma das mãos de Luki parou sobre a cintura de Larissa. Ela corou mais ainda e apoiou sua cabeça sobre seu ombro. Disse ao seu ouvido: Pode me abraçar. – Se abraçaram e o contato incendiou os dois. Larissa suou mais um pouco. Luki não pode conter em seu rosto o desejo de ficar por ali a noite toda. Mas o encontro deveria ser rápido. Antes da chegada do sol deveriam partir de volta com Luki. Ele não poderia correr o risco de ser visto no Castelo. Isso acenderia a fúria do rei e seria um escândalo para toda a realeza.
O encontro durou pouco, mas foi o suficiente para que Larissa desejasse ardentemente Luki como seu futuro esposo. Ela já estava encantada por ele. Luki era o noivo dos sonhos, um verdadeiro príncipe com crvena krv em suas veias. Pra ela isso não importa. O importante é ser feliz em seu casamento.
Já era por volta das três horas da manhã quando Luki e os dois mensageiros deixaram o quarto da princesa. Nada além de um abraço foi o que aconteceu. O suficiente para Luki e Larissa alimentar uma nova paixão. O semblante deles demonstravam tudo, estavam apaixonados. Luki não podia esconder o sorriso de quem encontrou a joia mais rara do mundo – e Larissa de fato era uma joia raríssima. Nenhuma princesa em toda a Europa tinha tamanha beleza igual a ela.
Luki quase foi visto pelo rei! De novo o rei Joachim saíra do quarto e passava pelos corredores do Castelo quando avistou os dois jovens. Dessa vez, viu mais alguém.
– Hein... Quem mais está aí com vocês? – Curioso e com olhar desafiador perguntou o rei.
– Na... Nada. Não... Não tem ninguém. Gaguejou um. – Luki estava agachado atrás de uma das pilastras.
– Foi apenas ilusão de ótica majestade. Pode voltar a dormir. – Respondeu outro.
– E o que vocês estão fazendo aqui acordados?
– Estamos com muito calor, decidimos tomar um vento para poder descansar um pouco mais.
– Ok. Agora voltem para a cama. Vou tentar dormir. – Respondeu o rei encerrando-se em seu quarto.
Luki, por sorte, pode sair rumo ao porão, onde desceu de volta pelo túnel. Os mensageiros iam com ele para o extremo sul de Dubrovnik, pois Luki não conhecia o caminho.
No dia seguinte, a princesa Larissa despertou-se sorridente com uma canção em sua boca. As empregadas perceberam o ar eufórico da princesa e não entendiam como que de um dia pro outro uma pessoa poderia mudar aos extremos. Pensaram até que a princesa mudara de opinião em relação ao príncipe da Hungria.
O lanche da manhã foi servido e Larissa comeu o seu pão com nozes. Não podia esconder um grande sorriso como de alguém que está apaixonada. – O que deu nela? Parece até que está u ljubavi. Apaixonada – Disse uma das empregadas.
Larissa estava mesmo apaixonada. Não podia esconder isso de seu rosto. O que era bom e ao mesmo tempo ruim. Bom porque assim todos viam e pensavam que ela estava contente com o casamento que se aproximava. Mas, ao mesmo tempo, ruim por estar amando a pessoa errada. Não poderia alimentar uma paixão impossível. Ninguém aceitaria Luki como seu noivo, um camponês sem plava krv.
Larissa queria esquecer a opinião de todos no momento. Agora queria pensar em Luki, na noite passada, nos olhares conectados, no contato físico de suas mãos e o abraço que lhe causou calores. Larissa não queria nada além de sonhar com Luki. Sonhava em um dia estar junto com ele. Mesmo que pra isso tivesse que passar por cima de toda a família real.
No caminho de volta os mensageiros percebiam o quanto Luki havia gostado do encontro. Quem diria que um mero camponês pudesse ganhar o coração da princesa. Poderia Luki um dia fazer parte de dinastia real? Tudo o que ele não imaginava estava lhe acontecendo agora. Era o jovem mais sortudo do mundo!
No mês seguinte, também durante a lua cheia, o jovem camponês voltaria a se encontrar com a princesa. Dessa vez longe do Castelo Real. O rei e a rainha sairiam para um encontro em Moscou. A princesa Larissa ficaria sozinha, sob os cuidados dos empregados no Castelo. Tudo estava sob controle.
O plano estava arquitetado, agora bastava à princesa e aos seus mensageiros saírem do Castelo sem serem vistos. O que conseguiram fazer sem muita dificuldade.
Sempre que o rei e a rainha se ausentavam, os funcionários faziam uma confraternização no salão de festas do Castelo. Havia um aglomerado de gente ali e não foi possível notar a passagem dos três.
Saíram ainda de tarde para o encontro ao sul. Luki já sabia de tudo e fora orientado do lugar de encontro. Encontrar-se-iam às margens do Lago Vermelho – Crveno Jezero. Não tinha como confundir, era um lago após o Lago Azul – Modro Jezero.
E o encontro aconteceu. Já de noite, sob o brilho do luar, era lua cheia – punog mjeseca – e uma paisagem cercada de pinheiros de Alepo. Ali os olhares se conectaram novamente. Larissa chegara à companhia dos dois mensageiros, – um de cada lado – estava vestindo um vestido rosa brilhante, ofuscando o brilho da lua e das estrelas.
Luki estava humildemente vestido, como de costume, com um olhar fixo no olhar da princesa. A cada passo que ambos davam na direção do outro, o coração batia mais acelerado. Uma atmosfera de amor se formava na região do Crveno Jezero. Mal podiam acreditar, era real. Estavam se encontrando novamente. Dessa vez, sob o brilho do luar, noite de punog mjeseca.
Antes do oi, o beijo. Seus lábios se uniram enquanto se abraçaram num momento mágico. O calor tomou conta do ambiente. Os dois estavam abrasados pelo calor do beijo.
Será que era cedo demais para dizer volim te? – eu te amo – mas, encantados com o olhar um do outro, uníssonos disseram essa frase. Luki a abraçou mais forte, beijou em sua testa e disse ao seu ouvido: moj anđeo – meu anjo.
Sentaram às margens do lago olhando o reflexo da lua na água. Estavam de mãos dadas o tempo todo, como dois adolescentes apaixonados. O desejo era passar a noite juntos ali. Mas não poderiam ficar por muito tempo no lago. Precisavam ir embora. No outro dia, pela manhã, o rei e a rainha retornariam de viagem. A princesa não poderia também ficar muito ausente do Castelo, pois alguém poderia notar a sua ausência.
Não estavam há muito tempo ali, sentados à beira do lago, declarando amor e fazendo planos; mas teriam que voltar. Já era tarde – kasno je – disse um dos mensageiros. Larissa tinha que ir embora e Luki seguir caminho para a sua aldeia no sul. Os dois se levantaram, se olharam e novamente se abraçaram. Em seguida o beijo de despedida. Um calor novamente tomou conta dos dois. A vontade era de ficar ali a noite toda. Mas a vida não lhes proporcionava isso – pelo menos nesse episódio.
Do sljedećeg! – Até a próxima! Disse Luki. Larissa consentiu com a cabeça e um sorriso estampado no rosto. Ambos se viraram e cada um seguiu o seu caminho. Já era tarde, Larissa e os mensageiros chegariam ao Castelo Real num horário em que todos dormiam. Isso era bom, porque não levantaria suspeita alguma.
Chegaram de madrugada, entraram pelo túnel. O corredor estava vazio, silencioso, sem uma pessoa sequer. Tudo certo, livre pra entrada da princesa. Ninguém os viu saindo, nem chegando. Mais uma aventura concluída com sucesso.
O território croata de pacato vira um grande cenário de guerra. As tropas de László chegam a Zagreb. O Castelo Real é atacado, mas o Rei e toda a família real se escondem e conseguem ficar sãos e salvos. Enquanto isso, em Budapeste, os Kádár seguem tranquilos no Castelo Real, apesar do vexame do casamento do príncipe. O príncipe Kádár volta pro Castelo com um ferimento no braço. Não contou detalhes sobre o ocorrido com Luki às margens do Lago Vermelho. Rapidamente os mensageiros de Zagreb descem com dois terços da pequena tropa croata pra se reunirem em Zadar. O objetivo é proteger o território dálmata dos húngaros que estão chegando em maior número. Não demoram muito e chegam a Zadar, capital da Dalmácia. Logo, o rei convoca a todos os jovens com idade superior a dezoito anos pra se alistarem para a guerra; todos sem exceção. Na aldeia de Luki chega o aviso. Era de madrugada quando foi acordado pelos mensageiros de Zadar. Ele e seus vizinhos jovens tiveram q
Ali no salão real, cheio de fumaça e cinzas, o fogo já havia consumido todos, poupado apenas os dois. Luki correu em direção a Kádár erguendo a sua espada. Em defesa, Kádár levantou o braço e impediu o golpe. Deu um belo giro e quase surpreendeu Luki à altura da cintura. Este defendeu com sua espada. Agora a guerra entre clãs magiares contra o exército da defesa croata dava lugar pra disputa pessoal entre Luki Planinć e Zoltán Kádár. O salão ainda com marcas das chamas liberava fumaça e o teto estava bastante danificado. Um cenário de ruína abrigava todo o sentimento de ódio de Zoltán por Marki Luki. Kádár dominava bem a espada. Fora treinado desde os sete anos de idade. Sabia manejar bem o instrumento de prata em suas mãos. Segurava-o com bastante firmeza e cada movimento era executado com delicadeza. Tinha uma grande precisão e seus golpes eram rápidos. Exigia bastante habilidade de seu defensor. Não era de se movimentar muito pelo salão, dava passos curtos. Perman
Foram dias de incansáveis buscas pelo jovem. Os mensageiros, depois de uma semana, retornam ao Castelo, frustrando as expectativas de Larissa. Mas ainda existe esperança. Ela não desiste. Foram buscas e mais buscas que perduraram por mais um mês. O ano já estava mudando no calendário. Entravam no ano de 1205. “Já estamos há um mês procurando por ele e nada. Não prefere desistir?” – Um dos mensageiros pergunta à princesa. “Lógico que não. Enquanto eu não souber do seu paradeiro, não vou desistir.” – Larissa responde com um olhar um pouco desfalecido. Apesar de tudo, se mostrava vivaz sobre o assunto. Queria de todas as formas ter Luki ali. Mais um mês de buscas intensas até que os mensageiros chegam à região do lago Vransko Jezero – seu nome vem da palavra croata Vrana, que quer dizer corvo. – na região de Vrana. Havia uma vasta vegetação que separava o lago do vilarejo de Vrana. Era uma região muito conhecida como uma reserva ornit
Gora é um reino pequeno, muito ligado à agricultura. Seu nome, em croata significa Reino da Terra. Seu comércio tem mostrado força nos últimos tempos com eslovenos e eslovacos. Luki e Larissa estão preparando os detalhes do casamento, aguardam o grande dia ansiosamente. Larissa está animada. Manda convidar todos os seus parentes. Por seu pai ser descendente de sérvios, tem muitos parentes na outra nação. Sua prima da Bósnia, Louise, também virá. Luki se resume em convidar sua família e vizinhos de seu antigo aldeão. Agora teria uma vida no Castelo Real, lugar em que ele já disfruta em um quarto especial. Seu quarto vai servir pra seus pais que também vão morar ali. Estamos no começo do ano de 1205. As mudanças nos países vizinhos estão acontecendo. O Império Latino tenta expandir seu território e exibir suas forças. Enquanto isso, em Gora havia paz e clima de festa. Mas antes dela acontecer a grande cerimônia, muito trabalho. Os preparativos para o ca
Chega o mês de março e ainda nenhuma mudança fora votada. As notícias são da Turquia. Em Adramício, uma batalha é travada pelo Império Latino. O rei Joachim teme que em algum momento os latinos invadam Gora e toda a Dalmácia. A única divisão entre os reinos era o Mar Adriático. Mas os latinos pleiteavam outras terras. Já haviam demonstrado força com o apoio franco contra os gregos do Peloponeso, agora estavam em solo turco. De um lado, o Império de Niceia sob o comando de Constantino e Teodoro, de outro, o Império Latino sob o comando de Henrique de Flandres. Os latinos estavam embalados sob a conquista de Constantinopla e a queda do Império Bizantino no ano anterior. Queriam mais uma conquista, dessa vez contra o Império de Niceia. A batalha teve o apoio dos armênios que deram gás a Henrique. O desfecho disso fez com que todos temessem o Império Latino, graças à sua vitória. O feudalismo dava as suas caras e na primeira reunião geral em Zagreb, Luki viaja s
Nos primeiros dias do ano de 1206, o Rei Joachim morre no Castelo de Frankopan, na ilha de Krk. A família Krkić e a família Planinć, bem como todo o Reino e reinos aliados estavam enlutados pela grande perda. Foi um mês inteiro de luto. Larissa estava inconsolável. Com o conforto do abraço de Luki e da rainha Irina, estava aos prantos no Castelo de Krk. Seu pai foi enterrado ali mesmo. A cerimônia fúnebre lotou a ilha com a presença dos reis da Dalmácia e da Croácia (Zagreb-Eslavônia). O Rei da Dalmácia sabia muito bem o que era ver a morte. Com a invasão magiar na Batalha de Gora, ele e sua família correram grande perigo. Mas a perda de um grande rei como Joachim era inestimável. No final de janeiro eclode a Batalha de Rusião. De um lado Kaloyan, de outro Thierry de Termonde. Travaram uma batalha e todos os homens de Termonde foram mortos, inclusive ele. Mais uma vitória decisiva para os búlgaros. O Reino da Hungri
Entrando no último mês do ano e o calor se aproximava com toda a força sobre Gora. O filho do casal nasce no Castelo Real. “É um menino!” – Exclamou a parteira. Larissa enche seus olhos de lágrimas. Logo, Luki aparece e vê o seu filho nos braços de sua esposa. Luki pega o pequeno príncipe e o beija. Em seguida, dá um beijo na testa de Larissa. “Volim te!” – Eu te amo! Disse Luki ao olhar nos olhos de Larissa. Os dois estavam numa explosão de amor e felicidade. Decidiram que o nome seria Matej. Nasceu um saudável menino, branco e de cabelos e olhos castanhos – igual aos pais. – Estavam todos muito alegres pelo nascimento da criança. Na ocasião, Louise – prima de Larissa – veio visitar o bebê. “Lijepo” – Ele é lindo. Disse a princesa de Sarajevo. Ela veio trazer notícias de seu casamento que em breve seria com um príncipe de Herzegovina. Larissa encheu os olhos de brilho e perguntou se o casamento seria no reino do sul. Louise confirmou pra eu
O finado rei Joachim não havia conseguido elevar Gora a um reino tão conhecido como o atual rei Luki está conseguindo. As suas políticas estão indo de acordo com o que manda para ser um bom reino, de grande popularidade. Entre os reinos da Casa de Arpades (Hungria, Eslováquia e Croácia), o Reino de Gora tem se destacado. Atualmente tem o comércio mais forte. Suas exportações de trigo e milho já estão ganhando espaço entre os arpades. Perde apenas para o Reino da Hungria. A Eslováquia importa seu trigo e seu milho, por ser mais barato que importar do reino húngaro. Outros reinos como o da Eslovênia e Bósnia também têm comercializado com o Reino de Gora. A popularidade do Reino de Luki tem crescido bastante nos últimos meses. Alguns países – até mesmo o Reino da Hungria – não se recuperaram totalmente da última seca. Uma crise na agricultura fez com que povos migrassem para outras áreas. Alguns eslovenos vieram trabalhar nas terras nórdicas de Gora. Fo