SamA enfermeira verificou seus sinais vitais pela segunda vez naquela manhã. Sam olhou para a porta fechada, Alberto havia saído logo que ela foi levada para fazer um exame, e até o momento não tinha retornado.Ela se sentia perdida sem ele ali por perto. Mas segundo ele, era uma questão rápida e importante que foi resolver. Por volta das três da tarde, ela já não sabia a quantos testes e exames tinha sido submetida. Uma médica de meia idade acompanhou o Dr. Pires, entrou no seu quarto antes do almoço, a examinou e fez uma série de perguntas.Uma inquietação que se formou antes de conversar com aquela médica, cresceu demais depois que ficou sozinha novamente.Sam levou as mãos ao ventre, acariciando suavemente. Seus olhos arderam de emoção. Um bebezinho estava se formando ali dentro, cheio de vida, com um coraçãozinho forte e vibrante. Ela não sabia de mais nada sobre o que ia acontecer. Não sabia o que aquela mulher, Laura Martins, queria com ela. Não sabia o que seria de sua vida
AlbertoA cidade deslizava pela janela do carro, tingida pelo dourado tardio do pôr do sol. Samanta falava animada sobre fraldas, berços e roupinhas de algodão orgânico, apontando vitrines e lojas que jamais chamariam a atenção de Alberto em outro contexto. Ela estava mais do que feliz. Estava radiante.Alberto sentia que uma parte dele, só precisava daquilo para viver. O sorriso doce, as expressões exageradas e a entonação da voz dela que mudava com cada coisa que ela vislumbrava. A intensidade de Sam estava de volta. Do jeito que ele tanto apreciava.Mas naquele momento, ele ouvia a voz dela com uma espécie de reverência silenciosa. Não apenas por amor, mas por receio, um receio do incerto que começava a se entranhar sob a pele, sutil e constante, como uma febre silenciosa.Ela estava sensível. As emoções dela vinham em ondas, e ele as sentia antes mesmo que ela as nomeasse. Sua mão repousava sobre a coxa dela, firme, morna, como um gesto de posse, mas também de ancoragem, de perte
Gabriel Seus olhos fixos na tela do computador do escritório, que repetia as imagens gravadas no quarto da Masmorra Die. A excitação crescente turvando sua racionalidade, sua mão tocou seu membro rígido e dolorido dentro das roupas caras. Gabriel gemeu como um animal, quando Samanta tirou a calcinha rosa de renda delicada, ficando completamente nua. Sua pele perfeita reluzindo contra a luz ambarada, se mesclando ao vermelho do led da vitrine de “brinquedos”. - Perfeita.. – ele murmurou, a observando se vestir rapidamente. A gravação continuava, e o desejo explodia dentro dele, na ânsia de tocar, sugar e subjugar essa deusa negra, gostosa, orgulhosa, moldada para o prazer. – Você vai ser minha. Somente minha. E eu vou te domar, te domesticar, e te transformar na minha escrava mais obediente. Seus olhos fixos no ondular do corpo de ébano, subindo a calcinha transparente de tule, mal cobrindo o sexo pequeno, liso e macio, pronto para ser saboreado e deflorado de várias formas.Samant
SamA água quente do chuveiro se derramava por sua pele, o cheiro do sabonete de jasmim invadia o ar nublado pela névoa de vapor. Sam deslizou as mãos pelo corpo, a sua música favorita estava tocando na caixinha de som a prova d’água que ela colocou em cima do armário do banheiro.Pela primeira vez em muito tempo, ela estava se sentindo bem. Seu coração estava repleto de alegria por seu bebê, e ele estava aqui. O homem que ela amava profundamente.Sam se virou no box, afundando as mãos nos cabelos, enquanto as melodia da música bailava em seus lábios, de olhos fechados aproveitando aquele momento. Quando os abriu novamente, ela soltou um grito.- AHHHH! – o susto de ver Alberto parado na porta do banheiro, com os braços e tornozelos cruzados, e uma expressão de contemplação inédita no rosto; quase fez seu coração parar. – Que susto, Beto!- Parece que a Beyoncé decidiu dar um show particular. – ele comentou, num tom leve que ela nunca tinha presenciado. - Desde quando está aí? – Sam
O som das gotas de chuva batendo na vidraça parecia uma música bela e acolhedora. Sam se aproximou da janela, ajustando o robe ao corpo. A temperatura caiu e o inverno estava prestes a chegar. Ela observou a sombra das árvores balançando ao vento, o limoeiro sendo castigado pela força do vento e da chuva. O sono a abandonou há alguns minutos, e ela não conseguia mais conciliar. Seus pensamentos estavam acelerados, o coração estava cheio de esperanças, medos, incertezas. Ela queria sentir que isso era verdade, que esse futuro que Alberto revelou diante dos seus olhos. O calor dos braços fortes dele a envolveram.- Você está gelada. – ele a abraçou completamente. – Volte para a cama, não quero que pegue um resfriado.Alberto beijou o rosto de Sam. O calor dele a envolveu como um cobertor aconchegante.- Já estava voltando. Perdi o sono. - Muitos pensamentos nessa cabecinha? – ele perguntou, subindo e descendo as mãos nos braços dela para aquecê-la. - Sim. Eu estou com medo...medo di
A manhã despertava tímida, coberta por uma cortina cinzenta de chuva. O som suave das gotas no vidro criava uma melodia melancólica, quase hipnótica, que envolvia o quarto em um silêncio acolhedor. Samanta abriu os olhos devagar, o corpo ainda enroscado no calor do homem que dormia ao seu lado.Alberto.O peito dele subia e descia em um ritmo sereno, embalado pelo sono. O braço forte a envolvia com posse, como se mesmo inconsciente se recusasse a soltá-la. O cheiro dele, uma mistura inconfundível de bergamota fresca, madeira e cassis, invadia seus sentidos, despertando memórias adormecidas em seu peito. A lembrança chegou como uma brisa morna atravessando a tormenta de sua realidade.Flashback OnParis, com suas luzes douradas e o céu de inverno. Paris, onde ela acreditou, pela primeira vez, que o amor entre eles era possível. Que seria eterno.Quatro dias antes, Samanta havia deixado tudo para trás. Emprestou dinheiro, conseguiu quinze dias de folga no trabalho e embarcou sozinha par
Samanta Samanta Bastos é uma jovem publicitária de vinte e oito anos romântica e sonhadora, que desde criança sonhava com um casamento de princesa, uma família grande cercada de carinho; almoços de domingo recheados de risadas e feriados barulhentos e alegres. No entanto, o silêncio que a recebia nesse momento ao entrar em casa, era a sua triste realidade. Sam depositou as chaves do carro no aparador da sala e rumou para a cozinha em busca de uma garrafa de vinho. No caminho suas roupas sujas de terra ficaram largadas no chão. O barulho da rolha saindo do gargalo da garrafa se propagou pela cozinha silenciosa. Ela levou a garrafa a boca e se sentou no chão somente de calcinha e sutiã. Seus pensamentos bagunçados se alinharam em uma única pergunta. Como foi que chegou a esse ponto? A lembrança ainda queimava dentro dela, tão vívida e cruel como se estivesse acontecendo novamente. Flashback on Com o rosto banhado de lágrimas, Samanta viu Alberto Darius, o homem que durant
AlbertoOs olhos glaciais acompanharam as pessoas se dispersando. Samanta foi embora totalmente descompensada depois do que viu. Ela não devia ter feito aquilo.Seus punhos cerrados eram a prova de que seu auto controle estava por um fio. O esforço que teve que fazer para não agarrar aquela mulher e levá-la para o seu apartamento para lhe ensinar uma boa lição, era simplesmente sobre-humano.Alberto voltou para o anexo, e fechou a porta com uma pancada que reverberou por toda a estrutura de pedra.- Você disse que ela não viria aqui. – Catarina resmungou, virando a cabeça para o lado. – Por que ela tinha que aparecer?!- Isso também é culpa sua! INFERNO! – com movimentos rápidos e ágeis ele a desamarrou, libertando a mulher da plataforma em forma de X.- Fique aqui, o Ticiano deve estar chegando. – reuniu seus pertences, rumando de volta para a porta.- Alberto... eu juro que sinto muito... - Catarina disse baixinho.- Nunca mais! Você entendeu?! – ele advertiu, com um olhar frio.Sai