༺ Bryan Fernandes ༻Entro no carro sorridente, sem acreditar que a conversa com Maribel tivesse dado tão certo. Enquanto me sento no banco do carona, meu pai percebe o meu sorriso radiante.— Finalmente se entendeu com a Maribel? — ele comenta.Balanço a cabeça, ainda em êxtase.— Sim, finalmente vou ficar com a mãe do meu filho, casar, e seremos muito felizes.— Vá com calma, filho. Não é assim, tudo tem o seu tempo. Por que tanta pressa?— Do jeito que a Maribel é impulsiva, pode mudar de ideia — respondo, preocupado.Meu pai cai na gargalhada.— Não se preocupe com isso. Tenho certeza de que ela não mudará. Ela te ama.Concordo com as palavras dele e pergunto:— Como o senhor está com relação a isso tudo?— Por que está falando sobre isso comigo? — ele pergunta, surpreso.— Porque sei que o senhor gosta dela, mesmo que não admita.Ele suspira, frustrado.— Sinto um carinho especial pela Maribel, mas sei separar as coisas. Esqueça isso. Além disso, estou interessado agora em outra p
༺ Maribel Varrozzinni ༻Eu estava voltando do hospital com meu pai quando, de repente, vi Esther, acompanhada de outra garota. Dei um sorriso sarcástico e murmurei baixinho:— Era só o que faltava…Meu pai percebeu minha expressão e perguntou:— Aconteceu alguma coisa?— Não, pai. Pode ir subindo, eu já vou atrás.Minha mãe, que estava logo atrás, também percebeu e perguntou:— Tem a ver com aquela garota ali?— Sim — respondi, suspirando.Ao perceber que eu não me aproximava, Esther veio até mim com um jeito intimidante e arrogante.— Que sorte encontrar você aqui, Maribel. Assim, poupo meu cansaço de ter que ir até o seu apartamento.Cruzei os braços e respondi:— O que você quer desta vez, Esther? Veio jogar seu veneno novamente?Ela ficou furiosa e respondeu:— Me respeite, Maribel.Revirei os olhos e continuei:— Fale logo o que quer, porque não tenho o dia todo. Sou uma mulher ocupada, não como você, uma patricinha mimada.Esther, com um tom debochado, retrucou:— Eu realmente d
༺ Bryan Fernandes ༻Estava me preparando para descansar depois de mais um dia exaustivo de fisioterapia quando recebi a mensagem da Maribel. Não podia acreditar no que ela me contava. Enquanto colocava uma camisa, minha enfermeira, percebeu minha irritação e perguntou:— O que aconteceu? Você parece estressado e sabe que não pode passar por isso.— Está tudo bem, Rosa. Só preciso de um calmante.Ela rapidamente pegou uma pílula e me serviu com um copo d'água.— Quanto tempo para fazer efeito?— Uns 15 minutos.Concordei e, depois de alguns minutos, olhei para Rosa novamente.— Esther está em casa?— Sim, ela está na sala lendo algumas revistas de moda com aquela garota, Asli.Revirei os olhos, respondendo com sarcasmo:— Claro, ela continua trazendo aquela idiota pensando que vou voltar com ela.Assim que a pílula fez efeito, respirei fundo e saí do quarto em direção à sala. Ouvi as risadas de Esther e Asli enquanto conversavam sobre Maribel. Parei na porta e escutei.— Maribel acha q
༺ Maribel Varrozzinni ༻Estava terminando de colocar meu filho para dormir quando vi uma mensagem chegar no meu celular. Peguei rapidamente o aparelho e vi que era do Bryan. Na mensagem, ele dizia que resolveu tudo.Respirei aliviada, porque sei que a Esther podia ser uma pedra no meu sapato se deixássemos ela continuar com isso. Respondi:“Estou satisfeita que você tenha tomado uma atitude. Sei como a Esther pode ser impulsiva.”Enquanto esperava a resposta dele, minha irmã, Micaela, entrou no quarto olhando tudo ao redor com curiosidade. Cruzei os braços e perguntei:— Quem deu autorização a você para entrar no meu quarto? Não sabe bater mais?Micaela, de um jeito provocador, respondeu:— Calma, só estou conhecendo o quarto. É muito luxuoso e espaçoso.Respondi, defensiva:— Pode até ser espaçoso e luxuoso, mas é meu. Nem sonhe em achar que conseguirá esse quarto para você. Dessa vez, você não conseguirá o que quer como fazia antigamente.Micaela, fingindo-se de ofendida, perguntou:
༺ Vincenzo Fernandes ༻Observo a amiga de Maribel, Pérola, com interesse. Há algo nela que me intriga, talvez a doçura no olhar ou a maneira gentil de sorrir. Recompus-me, tentando manter o profissionalismo.— Por favor, sente-se — pedi.Ela obedeceu e, após um momento de silêncio, perguntei:— Qual é a sua melhor especialidade no trabalho?— Já trabalhei como recepcionista de hotel, secretária e copeira — respondeu Pérola, com um sorriso tímido.Interessei-me ainda mais.— No momento, temos uma vaga para copeira. Você estaria interessada?— Sim, preciso muito arrumar um emprego — disse ela, com um brilho esperançoso nos olhos.Enquanto conversamos, Maribel levantou-se com suas muletas, percebendo o interesse mútuo entre nós.— Vou falar com uma velha amiga — disse ela, saindo da sala e nos deixando a sós.Aproveitei a oportunidade para conhecê-la melhor.— Quantos anos você tem? — perguntei.— Tenho 36 — respondeu Pérola.— Então já tem uma boa experiência com trabalho — comentei.—
༺ Maribel Varrozzinni ༻No táxi, observei Pérola enviando uma mensagem para Vincenzo. Ela parecia animada e nervosa, como uma adolescente apaixonada.— Já enviei — disse ela, olhando para mim com um sorriso. — Agora é só esperar ele ler.Dei uma risada e antes que pudesse responder, o celular de Pérola apitou.— Ele respondeu! — exclamou ela, quase pulando no assento. — ele disse que estará lá na hora marcada.Posso ver o brilho nos olhos dela. Pérola estava visivelmente interessada em Vincenzo.— Você gostou dele, não foi? — perguntei, com um sorriso curioso.— Sim — ela respondeu, sem hesitar. — Ele é um homem interessante e não se importou nem um pouco com o fato por ter dois filhos.Ri, descontraída.— Homens que se importam com esse negócio de filhos são idiotas. Quando se gosta, não existe isso de impedimento.Pérola concordou, sorrindo.— Sim! Ele é um homem diferente.— Só tome cuidado com aquela peste da Esther — comentei, mudando o tom para algo mais sério. — Ultimamente, aq
༺ Bryan Fernandes ༻Os últimos dois meses foram intensos. A minha fisioterapia estava progredindo bem e, para minha felicidade, meu relacionamento com Maribel também. Hoje à noite, planejei um jantar especial para nós dois.Estava terminando de me arrumar quando ouvi a porta do meu quarto se abrir. Meu pai entrou, observando-me de braços cruzados.— Vai sair? — perguntou ele, com curiosidade.— Sim, vou levar a Maribel para jantar fora hoje — respondi, abotoando minha camisa.— Vai usar o carro? — continuou ele.— Não, vou pedir para o motorista. Ainda não me sinto 100% para dirigir.Ele concordou, balançando a cabeça.— É uma excelente ideia. Melhor não arriscar.Enquanto terminava de me arrumar, notei que meu pai estava com um sorriso diferente no rosto, algo que me deixou curioso.— Por que está tão sorridente, pai? — perguntei, tentando esconder minha curiosidade.Ele disfarçou, mas seu sorriso não diminuiu.— Não é nada. Por que você está perguntando isso?— Porque percebi que voc
༺ Maribel Varrozzinni༻Ao soltar os lábios de Bryan, olho fascinada para o anel de compromisso e dou uma risada.— Não acredito que você me pediu em namoro depois de tanto tempo. É estranho, principalmente porque já temos um filho.Bryan ri.— Infelizmente começamos da maneira errada, mas agora que estamos recomeçando, quero fazer as coisas de forma certa.Concordo e o beijo novamente. Ele acaricia meu braço, levando a mão ao meu ombro.— Quer ir para um lugar mais íntimo? — pergunta ele, estreitando os olhos.— Como assim, um lugar mais íntimo?Com um sorriso malicioso, ele responde:— Ninguém aqui é criança. Você sabe muito bem. Mas não forçarei se não quiser.Ainda rindo, sussurro de volta:— Está me convidando para fazer coisas inapropriadas?— Sim, afinal somos namorados.Bato de leve no ombro dele.— Você realmente é um descarado. Já pode?Ele balança a cabeça.— Sim, fiz questão de perguntar para o médico.Vermelha, respondo:— Você foi falar com o médico sobre isso? Realmente