Ao chegar ao prédio da clínica de Cristóvão Cruz chamava atenção pela sua elegância, cada sessão usava um vestido de cor diferente, e na terceira sessão usou um vestido vermelho, despertando curiosidade em todos que frequentavam a clínica.
— Boa tarde Doutor!
— Boa tarde! A Senhorita está bonita hoje, parece estar bem melhor do que nas últimas sessões!
— Estou me sentindo bem melhor!
— Que bom, deite-se e procure relaxar, a propósito está mais calma hoje?
— Sim, estou Doutor!
— Bom, na última sessão, deixa me ver se eu anotei! Há está aqui, você di
— Admira-me você ter uma mãe que é uma santa em compensação a filha é! — Veja bem o que vai dizer? Sou uma mulher apaixonada, não tenho culpa do que aconteceu comigo! — Você não sentiu remorso vendo seu padrasto setorturando daquele jeito? Perguntou Cristóvão cruz. — Não! Eu estava adorando! Naquela época, eu erauma jovem egoísta e individualista que só pensava em mim, e em mais ninguém, e não estava nem aipra ele, o que eu queria era passar uma noite com ele pra me livrar daquela obsessão que estava melevando à loucura. — E o que foi que aconteceu depois? — Depois de ter se torturado vendo aquele monumento de mulher
Depoisde termos tomado chimarrão. Jantamos e voltamospra sala.Nós dois éramos como se estivéssemos casados e que estávamos emlua de mel. Eu estava sentada de frente com as minhas pernascruzadas, e vi a palidez no rosto dele, e perguntei: — O que está acontecendo com você Jandir estátão pálido? — Como assim? Perguntou ele. — Há... Já sei deve ser o calor vou chupar um picolé para me refrescar, quer um? — Não. Obrigado! — Peguei um no frigobar, e comecei a chupar lentamente com a língua, e de vez em quando passava no meu pescoço, e nos meus seios, olhando para ele com um olhar de malicia, e dizia: &
— Então, você é jovem tem todo o tempo do mundo pela frente, não vale a pena perder seu tempo comigo, vá se divirta procure um rapaz da sua idade! É linda, pode ter o homem que quiser. — De certa forma ele tinha razão! Embora sendo doloroso, mas tinha que entender as razões dele,eu era inteligente sabia que ele estava certo, eu não conseguia aceitar os fatos, e disse: — Conversa Jandir, o que você não quer, é perder a mordomia de ter uma escrava doméstica que faztudo pra você! — Como você é egoísta! Só pensa em você, não sabe o que estou passando, não imagina o quantoestá sendo difícil pra mim! — E como ele agia com a sua mãe depois de ter se envolvido com você?&nbs
— Sua mãe nunca desconfiou de nada? — Não porque ela colocava a mão no fogo por ele,embora tendo as razões porque fui eu que provoquei aquela situação — E você tinha certeza de que ele era fiel a sua mãe? — Porque está me perguntando isso Doutor? — Porque você mesma disse que ele era viciado em sexo, era jovem e viajava muito é normal sentir falta de sexo? — O pior disso que ele era assim mesmo, porquequando ele me buscava no colégio as minhas amigas davam em cima dele, e ele nem bola dava,mas vai saber, não dá pra colocar a mão no fogopor ele. Como eu estava dizendo: eu não aguent
Senti-me a piorpessoa do mundo, ao lembrar que estava traindo aminha mãe com o marido dela que foi mais que umpai pra mim, me bati no rosto briguei comigomesma, há se o arrependimento matasse euestaria morta naquele momento, me pergunteidiversas vezes a mim mesma. Porque eu fiz aquilo? Mas aí era tarde demais para lamentar, e sai pelo mundo afora sem ter aonde ir. Não tinha clima praficar em casa, me lembro bem como se fosse hojenaquela tarde quase anoitecendo. Quando o solestava indo embora por trás das montanhas o céucoberto por nuvens negras, assim como pra mim. Após ser o pior dia da minha vida, à noiteestava se aproximando e eu saindo de casadeixando tudo para trás, não sabia quem eu era?Uma dor insuportável que eu sentia no meu peitocom vontade chorar. <
Fui a casa dele tomei um banho gelado em seguida tomei um café bem forte, ele me disse que se chamava João Batista, separado, e tinha uns trinta ecinco anos de idade. Ele até foi gentil e atencioso comigo. Após de nós termos se apresentado conteitudo o que se passou comigo, embora não dizendo quem era o responsável por tudo o que havia acontecido, mesmo não conhecendo aquele homemestranho que surgiu do nada me tirando da rua daamargura, sem destino, prestes a virar uma mendiga sem dinheiro. Porque não tinha para onde ir, embora tendo asminhas duas tias. E o que ia dizer a elas se meperguntasse o que aconteceu, teria que abrir ojogo, e na cidade de São Borja morava a minha avó. E também teria que
— Então vamos começar! Na última sessão você me disse que estava morando na casa de João Batista, quantos anos você tinha? — Dezesseis anos. Como eu não podia voltar para casapor ser expulsa, e o fato de João Batista ter medado à oportunidade de poder estudar à noite. Então, eupassei a organizar a casa lavando roupa e cozinhando aomesmo tempo, até parecia um castigo, eu quesempre critiquei a minha mãe pelo fato dela serescrava doméstica! E logo eu que era prepotente earrogante que tinha preconceito pelo que a minhamãe fazia.Quando na verdade, eu devia ter orgulho dela, e não discriminá - la, acho que eu estava merecendo aquele castigo, por ser uma jovem egoísta e rebelde quando tinha tudo nas mãos. <
— O que foi que aconteceu? Perguntou CristóvãoCruz. — Fui fazer uma visita no trabalho do meu padrasto com a desculpa de saber como estava minha mãe,e quando cheguei ao escritório em que eletrabalhava, vi sentado atrás da mesa com máquina de escrever. Naquela época não havia computador. Estava fazendo suas contas de lucro, e prejuízo, ele semprefoi detalhista nestas coisas, somando e controlando os gastos, era da casa. E da pequenaempresa dele. — O que você sentiu quando viu ele depois dele terte expulsado? — Senti as minhas pernas tremer novamente, meucorpo começou a suar frio, fiquei parada na frenteolhando em silêncio me perguntando a mi