Fui a casa dele tomei um banho gelado em seguida tomei um café bem forte, ele me disse que se chamava João Batista, separado, e tinha uns trinta e cinco anos de idade.
Ele até foi gentil e atencioso comigo. Após de nós termos se apresentado contei tudo o que se passou comigo, embora não dizendo quem era o responsável por tudo o que havia acontecido, mesmo não conhecendo aquele homem estranho que surgiu do nada me tirando da rua da amargura, sem destino, prestes a virar uma mendiga sem dinheiro.
Porque não tinha para onde ir, embora tendo as minhas duas tias. E o que ia dizer a elas se me perguntasse o que aconteceu, teria que abrir o jogo, e na cidade de São Borja morava a minha avó.
E também teria que
— Então vamos começar! Na última sessão você me disse que estava morando na casa de João Batista, quantos anos você tinha? — Dezesseis anos. Como eu não podia voltar para casapor ser expulsa, e o fato de João Batista ter medado à oportunidade de poder estudar à noite. Então, eupassei a organizar a casa lavando roupa e cozinhando aomesmo tempo, até parecia um castigo, eu quesempre critiquei a minha mãe pelo fato dela serescrava doméstica! E logo eu que era prepotente earrogante que tinha preconceito pelo que a minhamãe fazia.Quando na verdade, eu devia ter orgulho dela, e não discriminá - la, acho que eu estava merecendo aquele castigo, por ser uma jovem egoísta e rebelde quando tinha tudo nas mãos. <
— O que foi que aconteceu? Perguntou CristóvãoCruz. — Fui fazer uma visita no trabalho do meu padrasto com a desculpa de saber como estava minha mãe,e quando cheguei ao escritório em que eletrabalhava, vi sentado atrás da mesa com máquina de escrever. Naquela época não havia computador. Estava fazendo suas contas de lucro, e prejuízo, ele semprefoi detalhista nestas coisas, somando e controlando os gastos, era da casa. E da pequenaempresa dele. — O que você sentiu quando viu ele depois dele terte expulsado? — Senti as minhas pernas tremer novamente, meucorpo começou a suar frio, fiquei parada na frenteolhando em silêncio me perguntando a mi
— Então vai me dizer o que significa estas malas? — Estou grávida! — Ele deu um grito bem alto que me assustou pelareação estranha, — Grávida! Como assim? — Foi isso mesmo que você ouviu, estou esperandoum filho seu! "Um filho meu! Não pode ser”. — Sabe Dr. Era só isso que ele falava! Levantou-seda poltrona bebeu mais um uísque e andava de um lado pro outro resmungando pelos cantos da casa decabeça baixa e repetia diversas vezes aquelapalavra.“Um filho meu”.Depois ele pegou o carro e saiu noite afora, entreiem pânico me perguntando “o que estáacontecendo com este homem?”. Fiquei parada no meio da s
A minha avó sempre gostou de mim como a neta preferida, me recebeu de braços aberto com aminha filha, que se chamava Eliana. Eu fiquei morandocom meus avós, a princípio minha avó queria saberquem era o pai da criança, falei a ela que eu eracasada com um homem mais velho, mas escondi a verdade a respeito do que houve com Jandir. O tempo foi passando eu feliz com a minha avó,trabalhava na fazenda, ajudava tirar leite das vacas. E gostava do que fazia podendo respirar o arpuro do campo, isso me fazia muito bem. — Eu estava descobrindo novos horizontes,esquecendo das coisas ruins que aconteceu comigo, por sugestão da minha avó comecei a sair em bailespara conhecer novos amigos. E numa noite dessas nós fomos a um baile campeiro num clube tradicionalista gaúc
— Mais uma vez surgiu nuvens negras sobre a minha vida, porque tudo estava dando certo pra mim. Inconformado por ter me perdido paraum ex-empregado sendo o grande responsável pela desgraça, era o que ele pensava, é claro, que ele queria matá-lo. E orgulhoso do jeito que era não aceitouperder a mulher para um do seus subalternos, esendo rico podia contratar detetive, só eu não sabiaque ele pudesse me encontrar assim tãofacilmente.De fato me encontrou na casa da minha avó e queria eu de volta. Dizendo: que a vida dele não tinha sentido sem mim, e faria qualquer coisa paraque eu voltasse, xinguei-o, coloquei-o pra fora e nem quis ouvir a voz dele. Eu odiava o jeito machista dele,sonhei um dia ser advogada para defendermulheres deste tipo de homens. Imagina depois de tudo que el
Resumindo, ele foi demitido por justa causa e como ele não tinhadinheiro para contratar um bom advogado. E aí ascoisas mudaram entre a gente, só pioraram, eutinha que sustentar a casa, e nós pagávamosaluguel de um apartamento na cidade de Canoas. Nós nos mudamos pra lá porque havia creche pertopras minhas duas filhas e colégio para eu estudar.Afinal de contas o meu sonho era ser umaadvogada, tudo estava indo muito bem, depoismais uma vez me decepcionei! — Porque se decepcionou? — Leonardo deixou de ser aquele homem ousado eprestativo como era quando conheci, ficava emcasa deitado no sofá da sala assistindo TV enquanto eu ralando o dia todo, e o fim de semana tinha sóum dia de folga por semana.
E depois eu estava feliz, mesmo com o corpo cansado, mas quando gente está em paz de espírito, o corpo não padece como dizem por aí. Oproblema que eu estava ficando viciada nas noites, etodo o dia eu trabalhava com sono devido às noitadas.E uma noite destas conheci um homeminteressante charmoso elegante. Ele se chamava Rafael, bem sucedido filho único.Coincidência do destino estudava em direito, sonho meu sendo interrompido, por eu ter parado de estudar, motivospessoais. E Rafael se encantou por mim, a principioachei que ele queria só se divertir comigo. — Porque você achou isso? — Por ser rico filho único bonito prestes a se formaradvo
— E, ele desistiu de você? — O pior que não Dr. Um dia desses ele foi ao meutrabalho perguntando por tal de Rose quetrabalhava como recepcionista? Foi isso que eu dissea ele que estudava direito, mas que por enquantoeu era uma recepcionista num hotel luxuoso. E acreditando que nunca ia dar tanta importância noque eu fazia, e lá informaram não haver nenhumarecepcionista com nome Rose. Ele fez umescândalo. E por causa disso perdi meu emprego. Ogerente queria saber quem era o responsável e descobriu não sei de que forma. E como gerenteodiava escândalos, e me demitiu sumariamente. Minhas brincadeirastiveram sérias conseqüências. — O que foi que aconteceu? &n