Diferente de mim que fiquei reclusa no meu canto tentando não chamar a mínima atenção, Vincent era o oposto, assim que a aula de artes terminou ele já fora se apresentar para todos da sala, e eu só queria jogar ele pela janela. Mas, se ele permanecer longe de mim, eu vou ficar muito, mas muito de bem com ele aqui, mas se ele vier com amizade para meu lado por que eu sou a única que ele conhece, dai o negocio vai mudar de cenário e eu posso muito bem ser presa por assassinato. E como se não fosse mais irritante, Vincent está em todas, repito, todas as minhas aulas, com toda certeza a única vez que vou ficar livre dele é na antiga sala de musica, e aqui estou, sentada na janela comendo meu sanduiche de atum e azeitonas e tomando meu suco de laranja natural. Suspiro enquanto mastigo e olho para fora, parece que por milagre irá fazer sol.
— Posso? — perguntou Orion entrand
Eu não sei o que Orion fez, e sinceramente eu não quero saber, mas não vou dizer que não paro de pensar nisso no caminho para casa, e como você bem deve saber, a minha sorte é uma vadia, um carro passou rápido pela rua e estacionou ao lado da calçada onde eu andava mais a frente. Ótimo, o que é agora? Eu vou morrer dessa vez? Então a pessoa desceu do carro e eu fiquei surpresa, era Vanessa. — Ayla! — ela disse correndo até mim e pegou em minhas mãos. — Você está bem? — Sim? — disse confusa. — Não, não está, vem comigo! — ela começou a me puxar para o carro. — Ei! Espera Vanessa! — eu disse enquanto ela me puxava até o carro dela que era um sedam br
Narrado por Orion. Quando contei ao resto da matilha que havia visto um crinos todos ficaram assustados, um crinos é sinal de muito problema. Não interessa se vocês fazem parte da mesma espécie, um crinos tentara te devorar da mesma maneira. Os mais novos da matilha sempre costumam a andar pela floresta em forma de lobo com um adulto para aprenderem a caçar e a patrulhar, mas com um crinos a solta em Oak Village isso não será mais possível. Na noite passada eu fui vigiar a casa de Ayla já que o crinos a havia visto, mas cheguei tarde, ele já estava ali e perto da janela dela com ela o vendo, isso é sinal que ele já a escolheu como presa. Depois que se afastou da casa de Ayla eu o persegui por vários quilômetros pela floresta, meus irmã
Deixando aquela reunião inútil, eu me transformei na minha forma de lobo novamente, sequer tirei minha roupas o que acabou as rasgando, eu andei sem rumo por muitos quilômetros, cacei um cervo para morder alguma coisa e diminuir o estresse, mas além disso, segui pelas matas tentando pegar uma trilha de cheiro do crinos, ele havia andando por muitos lugares, os cheiros se curzavam fazendo um labirinto e o cheiro humano dele desapareceu naquele meio, ou seja, eu não conseguia encontrar. Ao cair da noite eu segui para outro lugar, sim, me escondi em meio as árvores do quintal de Ayla e me sentei ali, escondido na escuridão, deixando apenas meu olhos amarelos brilhantes aparecendo, a vantagem de ser um lobo negro é que me misturo perfeitamente com a noite e as sombras. Me deitei e cruzei as patas dianteiras, encostei o queixo ali e suspirei. Talvez eu estivesse ficando apaixonado
Narrado por Ayla. Eu não conseguia mais pregar os olhos a noite, não só pelo medo, mas também por confusão, eu tenho tantas perguntas, dezenas delas, mas nenhuma delas parece ter uma m*****a resposta racional. Nesse momento estou olhando para a pulseira cheia de badulaques que Vanessa me deu, estou me perguntando como caralhos essa coisinha vai evitar de eu ser devorada por um... Como é o nome mesmo? É um lobisomem isso eu sei, mas o tipo dele... Cripos? Credos? Pricos? Ah! Crinos, isso, esse é o nome. Bom, eu andei pesquisando, me sentei na minha cama e peguei meu celular, parece que tem gente que sabe bem dessa coisa toda, com toda certeza fanáticos pelo sobrenatural, um blog onde contem “relatos verdadeiros” de pessoas que viram com os próprios olhos seres sobrenaturais, somo vampiros, lobisomens, bruxas etc. Este ultimo eu tive o prazer de ver também, se bem que acho que Vanessa possa ter usado truques. Enfim, pesquisando eu vi que existem cinco tipos de
Depois do passeio incrível pelo parque Olympic voltamos para casa no fim da tarde, o céu estava muito bonito, pintado de laranja, rosa, roxo, as cores do entardecer. Eu e Orion íamos conversando e contando coisas engraçadas de nossas vidas, fazia muito tempo que não ria daquele jeito, de fazer minha maxilar doer e me faltar ar, mas teve um momento que parei e olhei para ele enquanto sorria, ele tem um sorriso lindo, as covinhas são um charme a parte, eu me sinto segura perto dele, sinto que estou viva de novo. Passei a mão nos meus cabelos descuidados e olhei para a paisagem, acho que deveria me cuidar mais. Orion parou em frente de casa, já esta bem de noite, peguei minha mochila e meus livros e o olhei. — Obrigada por hoje, fazia tempo que não me divertia assim — eu disse sorrindo doce. — Sua companhia que foi uma honra — ele disse sorrindo de canto. Então em engoli em seco, inclinei meu corpo para frente e depositei um beijo demorado na bochecha macia dele
Passaram-se quatro dias e Orion não foi para a escola, eu realmente estou começando a me preocupar com essa situação, não que a vida dele seja da minha conta, mas eu estou preocupada, como se sentisse que algo ruim aconteceu. — Ayla? — perguntou uma terapeuta e a olhei. — Viajou por um bom tempo agora... — Ah, eu só estou pensando em algumas coisas aleatórias — eu disse. — Você se dispersa com facilidade — disse a terapeuta e assenti. — Notei que mudou o visual, ficou muito bonito. Teve um motivo especial? — Bom, eu acho que sim — eu disse corando. — Um garoto... — Isso é uma coisa bem diferente — disse ela sorrindo. — Julgando pela sua ansiedade extrema ao contato com o sexo oposto. É um grande avanço. — Ele é o único com quem eu não me sinto em perigo — eu disse. — Ele me da uma sensação de segurança. Eu posso confiar nele. — Esse é um ótimo começo — disse minha terapeuta. — Agora me diz, acha que pode começar a pensar
Narrado por Orion. Após o dia que passei com Ayala no Parque Olympic eu me senti mais leve do que nunca e para fechar com chave de ouro ainda tivemos um momento, um quase beijo, claro que ela iria recuar e eu entendo completamente, a melhor coisa a se fazer é esperar o tempo dela. Quando cheguei em casa toda aquela leveza foi arrancada de mim, além do meu pai furioso por eu ter recusado o matrimônio com Saphyra, eu tinha que lidar com a própria dali duas luas cheias, ela escolheu Aquila para se casar com ela no fim das contas e a própria viria para nossa casa, seria parte da matilha. Além disso, meu tio Apolo precisou de ajuda, minha tia que está tendo uma gravidez complicada queria uma carne especial que eu só conseguiria num lugar há quatro dias de viagem, dois de ida e dois de volta, fui com todo gosto comprar a carne para ela, afinal, somos uma matilha e ajudamos uns aos outros. E sinceramente era para tudo correr bem, mas como sempre meu destino
Retirei-me ao meu quarto depois de toda aquela confusão, tomei banho e apenas de toalha me sentei na beira de minha cama, minhas feridas ainda estão abertas e sangrando, por mais que o metabolismo de minha raça seja superior ao dos humanos e outros animais, elas demoram um dia ou dois para fecharem de uma vez, dependendo da gravidade. Escutei a porta de meu quarto se abrindo e olhei para ali por cima de ombro, era minha mãe com uma bandeja, ali havia um medicamento natural, uma pomada feita de calêndula, um ótimo antibacteriano e fungicida, o que faz ter um ótimo fator de cicatrização. — Fazia tempo que não tinha que usar calêndula — disse ela vindo para minha cama. Minha mãe subiu ali levantando a saia do vestido e se sentou de joelhos atrás de mim. Colocou a bandeja ao lado dela e senti seus dedos tocando em minhas feridas o que fez meu corpo reagir em reflexo com a dor, dei um rosnado baixo. — Devia pensar bem antes de lutar, sabe que as lutas entre a nossa raça são bruta