Anne Turner A mão direita de Lia me prendeu pelo pescoço mais ainda a parede. Sinto suas garras atravessarem meu braço, ela está com raiva e quer descontar em mim de qualquer maneira. "Você está louca?" eu murmuro. ""Não se meta com meu Alfa, você é só uma híbrida para ele."Ela me solta e eu dou um suspiro assustado. "Eu não fiz nada para você. ""Não pense que não vi você em cima dele, sua dissimulada. Ele é meu noivo. E eu serei a companheira dele,tudo será somente meu!" Ela grita.""Não estou entendendo, não quero "seu alfa." Dou ênfase as aspas." "Da próxima vez, eu irei fazer bem pior que um arranhão." Ela sai e eu respiro fundo, que garota maluca. Tudo isso parecia um inferno. Eu estava vivendo com lobos, um alfa, e eu era loba. Era um filme de terror. Pus a mão no pescoço sentindo ele latejar de dor. A vaca era bem mais forte que eu, óbvio. O que só me fez criar força de vontade para treinar mais.Ouvi passos e me afastei pensando ser Lia, mas era Lucca."Anne?" Ele
Anne Turner Nuvens cinzentas cobrem todo o céu de Portland. A chuva que havia caído mais cedo diminuía constantemente. Mas nada era tão turbulento quanto o cinza da minha mente. Isso me deixava nervosa. Imaginar que amanhã teria de treinar de novo com ele, nossos corpos próximos. Eu faria de tudo para evitar a proximidade com o Alfa.Minha cabeça estava tão dispersa. Nem sequer conseguia realizar as atividades da faculdade.Zara me mandou um sms, comunicando que chegaria somente amanhã. Ótimo. Mais um dia sozinha aqui nesta reserva onde não era bem vinda. Não sei como me sinto sobre tudo. As pessoas aqui ,ou melhor, lobos, são totalmente diferentes. Só em saber que meus pais viviam assim, e que se eles não tivessem falecido, essa seria a minha vida, este seria meu povo. E eu poderia me transformar.Eu não me chamaria Anne Turner, enquanto não treinasse até quebrar todos os meus ossos e descobrir quem matou meus pais."Senhorita?" A voz doce me interrompe dos meus pensamento
William CarterAs batidas na porta e a voz da loba que seria minha futura Luna cada vez eram mais latentes.De certa forma eu sabia que não deveria estar aqui, eu sabia que não deveria ceder a tentação de estar com Anne. E por mais que eu fosse quem era, não podia simplesmente discutir com Lia agora, e dar razões para que minha alcateia se rebelasse em um momento de crise.Eu sabia que precisava encerrar o compromisso com Lia, mesmo que isso me custasse a raiva de seu pai, o Gama."Lia." Anne sussurrou olhando para a porta."Outra batida na porta quando eu coloco o dedo indicador nos lábios de Anne em menção de silêncio a encaro.Não acredito que ela atrapalhou o momento em que Anne Turner poderia ser minha."Fique aqui, irei resolver isso.""Por favor… ela já me odeia." ela suplica."Saí do quarto em passos lentos, e fui até a porta para abrir para Lia.Ao abrir a porta, me deparo com sua feição em uma carranca expressiva.Provavelmente ela
Anne Turner Meus olhos encontram o teto do hospital, e uma sensação de atordoamento me domina. Ao virar a cabeça para a direita, noto o acesso venoso de soro em meu braço, e uma dor generalizada em meu corpo. A realidade ao redor parece distorcida. Estou em um quarto de hospital. As lembranças começam a retornar nitidamente. Lia, como uma bruxa, quase arrancou meu braço, fazendo-me perder muito sangue. Lembro-me apenas de ter desmaiado, e da feição preocupada de William diante de mim. "Anne", sua voz parece ecoar entre as memórias. Tento me erguer para vê-lo, e lá está ele, o alfa, William Carter. "Você está bem?", sua pergunta vem acompanhada de um olhar gentil. "Minha cabeça", murmuro, tocando a testa latejante enquanto tento me levantar. "Não", ele me impede, segurando meu braço. "Descanse." "Mas... sinto meu braço doer muito", digo, dirigindo meu olhar para a janela da sala de hospital. "Você perdeu muito sangue, Anne. Lia será devidamente punida por isso", William rosnou.
Anne turner As minhas mãos tremem sob o peso da espada, uma tortura que parece durar horas intermináveis. O alfa me deixou aqui nesta sala de treinamento, dizendo que só poderei sair quando aprender a segurá-la corretamente. Olho ao meu redor, mas não encontro aceitação nos olhares dos outros lobos. Desde que William terminou o noivado, todos parecem culpar-me pela decisão. Eu não queria magoar ninguém... "Levante", ele diz, aproximando-se. "Cabeça erguida se quiser se defender, e se quiser se transformar em loba, precisa de autocontrole." "Eu não consigo... minhas costas doem", murmuro, lutando para manter-me de pé. "Aguente, Anne. Você é fraca, quer continuar assim para sempre?", as palavras saem da boca de William com uma rapidez cortante. Todas as palavras de humilhação que sofri por parte dos meus tios vêm à mente, assim como a dor do acidente que me atormenta até hoje. Cada pensamento ruim que me causaram e ver minha casa ser vendida... tudo me assola, e cada centímetro do
Anne Turner As palavras dele ecoaram em minha mente. "Você vai ser minha, loba."Eu sabia que eu não podia mais lutar contra aquilo. Encarei-o enquanto suas mãos permaneciam firmes em minha cintura, sua proximidade me deixava ainda mais consciente da intensidade de nossos sentimentos compartilhados."Não sei se é uma boa ideia", murmurei, tentando resistir à influência avassaladora que ele exercia sobre mim.Ele sorriu de maneira confiante, como se soubesse que já havia me conquistado. "Você irá me dizer isso, enquanto estamos a sós, num lago, molhados, doce Anne?"Odiava admitir, mas William tinha razão. Estávamos ali, naquele lugar isolado, envoltos pela água límpida do lago, nossos corpos molhados pelo banho refrescante. E, mesmo que eu tentasse negar, algo dentro de mim ansiava por sua presença, por sua proximidade.Ele era o Alfa, o líder da alcateia, e eu era apenas uma híbrida, uma mistura de humana e loba, apaixonada por alguém que representava tudo o que eu sempr
Anne Turner Meus sentidos despertaram gradualmente, ainda embaçados pela confusão e pela incerteza. Ao abrir os olhos, deparei-me com a visão de um homem dirigindo e uma mulher ao meu lado no banco do carona. A desorientação me atingiu em cheio, e minha mente lutava para entender onde eu estava e quem eram essas pessoas."Onde estou? Quem são vocês?" Minha voz soava aflita, ecoando pela cabine do carro."Veja, Hunter. A loba acordou", a mulher de longos cabelos negros sussurrou, provocando um arrepio involuntário em minha espinha."Avisarei para o chefe", respondeu o homem, sua voz carregada de desdém e impaciência.Hunter... O nome ecoava em minha mente, e me causava uma certa coincidência.Enquanto o carro se aproximava de uma cabana isolada, minha inquietação só aumentava. Uma floresta densa cercava o local, dando uma aura de mistério e perigo à paisagem. Meu corpo tremia, impulsionado por uma mistura de medo e curiosidade, enquanto a
William Carter Após surgir uma emergência entre dois lobos jovens discutindo na reserva. Tive de intervir. Apesar de que tudo que eu mais queria naquele momento, era continuar no exato ponto onde parei. Amando Anne Turner. Eu esperei tanto por esse momento. Em que eu teria ela nas minhas mãos, e mal podia imaginar que era real. Depois que fizemos amor, eu a deixei ir mas sabia que ela voltaria. "Resolvam isso como lobos. Não como filhotes. Se quiserem brigar, briguem fora da minha reserva e até se matem, mas aqui dentro não. " rosnei para os briguentos." Ao voltar para a reserva, depois de resolver aquela briga entre os jovens lobos, algo não cheirava bem, literalmente. Um cheiro estranho pairava no ar, e meu instinto de alfa imediatamente me alertou para algo errado. Senti um aperto no peito, como se algo estivesse fora do lugar.Então, caminhei pelos arredores, os sentidos aguçados em alerta máximo, farejando o ar em busca do cheiro reconfortante de Anne. Meus passos e