Capítulo 54Uma luz intensa envolveu todos os Alfas que estavam escondidos nas sombras sob o poder do mal que os transformou em Umbrawolf, tal luz foi gradativamente dissolvendo a maldição. Eles começaram a se transformar, retomando sua forma original, e aos poucos um a um foi adentrando o templo sorrindo enquanto encarava Bianca e os outros.— Estamos livres — disse Jarek, sua voz emocionada.— Obrigado, Bianca — acrescentou Kariel.Zaphyr simplesmente assentiu, seu rosto cheio de lágrimas enquanto abraçava Bianca.Bianca sorriu, sentindo um peso sair de seus ombros.— Estamos juntos novamente — disse ela.Depois que todos os Alfas foram libertados, eles se abraçaram, felizes e agradecidos. Bianca foi cercada por Zaphyr, Jarek e os outros, que agradeceram com muita devoção.— Nós nunca esqueceremos o que você fez por nós, Bianca — disse Zaphyr, com lágrimas nos olhos.— Você nos devolveu a vida — acrescentou Jarek.Bianca sorriu, sentindo-se feliz e por ter todos eles novamente perto
Capítulo 55A praça ainda brilhava com as luzes das lanternas coloridas, e os sons da música e risadas enchiam o ar. Os Alfas estavam radiantes, suas almas finalmente livres do tormento. Bianca, cercada por Draven, Lucian e Rykael, estava se divertindo genuinamente.— Está pronta para jogar, Bianca? — Perguntou Rykael, sorrindo de maneira desafiadora.— Claro que estou! — Respondeu ela, os olhos brilhando. — Mas vocês já sabem que eu vou ganhar, não sabem?Lucian riu.— Ganhar? Veremos! Vamos ver como você se sai contra nós.Draven deu um sorriso torto.— Bem, ela já nos caçou de outras formas antes. Acho que vai se sair bem.Bianca riu, empurrando levemente o ombro de Draven.— Vamos logo antes que eu mude de ideia!Zaphyr deu as instruções, sua voz firme e autoritária como sempre.— O jogo é simples. Os caçadores precisam encontrar e tocar os Alfas escondidos. Quem for tocado deve voltar para a fogueira. Quem conseguir ficar escondido até o final vence. Mas lembrem-se, é só um jogo!
Capítulo 56O barco balançava suavemente enquanto navegava por águas calmas. Bianca, Lucian, Draven e Rykael estavam em silêncio, observando a linha do horizonte que começava a se distorcer à medida que uma espécie de portal se formava no mar. A energia ao redor era densa e carregada, e Bianca sentia que estavam prestes a atravessar para algo desconhecido, mas, ao mesmo tempo, familiar.— Está pronta? — Perguntou Lucian, a voz grave, mas com um toque de suavidade. Ele estava ao lado de Bianca, observando o brilho crescente do portal.Bianca respirou fundo, sentindo o peso de sua decisão. Ela sabia que essa era a única chance de recuperar os Alfas, mas o que encontrariam do outro lado?— Eu... Eu não tenho certeza, mas não temos escolha. — Respondeu Bianca, seu olhar fixo no ponto onde o portal se formava no horizonte. Ela sentia o coração apertar. Era difícil, mas ela precisava se concentrar. Eles tinham uma missão.Rykael se aproximou, o vento bagunçando seus cabelos escuros. Ele não
Capítulo 57O silêncio denso pairava sobre o pequeno apartamento, preenchendo cada canto enquanto Bianca trancava a última janela. As cortinas desbotadas balançavam levemente com a brisa que conseguia escapar pelas frestas, e o ambiente parecia ainda menor agora que ela estava acompanhada. Draven, sempre atento, verificava a porta mais uma vez, seus movimentos precisos e calculados, típicos de alguém acostumado a viver sob constante ameaça. — Não é muito, mas vai servir por enquanto. — Disse Bianca, a voz baixa e cansada, enquanto seu olhar vagava pela sala que parecia tão cheia de memórias quanto de poeira. Lucian, que havia largado sua mochila no sofá gasto, se aproximou dela com um semblante suave, mas carregado de preocupação. Ele hesitou por um instante antes de perguntar: — Tem certeza de que estar aqui não é demais para você? Bianca segurou a cortina por um momento, observando as luzes da cidade que brilhavam ao longe. Sua expressão era um misto de nostalgia e dor, mas
Capítulo 1Ela olhava pela pequena janela da cabine, O céu, que até algumas horas atrás era um manto azul tranquilo e infinito, agora se transformava rapidamente em um espetáculo aterrorizante. Observando a imensidão que a cercava. O horizonte parecia desaparecer lentamente, engolido pelo que ela agora percebia ser mais do que apenas uma tempestade passageira. Algo dentro dela sussurrava que aquilo era um presságio, uma advertência. Seu coração batia acelerado, o medo começando a invadir suas veias, mas ela o empurrava para longe. Respirou fundo, tentando se lembrar de quem ela era — sempre forte, sempre determinada, nunca cedia ao medo, mesmo quando ele apertava seu peito como agora.— Vai ficar tudo bem — murmurou para si mesma, mais como um mantra do que uma verdade.Ela estava a caminho de um novo destino, uma nova vida, uma nova chance de recomeçar. Tinha feito a escolha certa, ou pelo menos, era o que tentava acreditar. Deixar tudo para trás tinha parecido sensato na época, mesm
Capítulo 2Sentia a água fria envolvê-la, penetrando em seus ossos, mas havia algo pior: o silêncio absoluto. Um vazio opressor que consumia cada pensamento, cada emoção, deixando apenas o pavor da incerteza.Seu corpo doía. Cada músculo parecia tenso, desgastado, e o gosto salgado de maresia estava impregnado em seus lábios rachados. Bianca tossiu, tentando expulsar o gosto amargo da garganta seca. Não havia barco, tripulação, ou qualquer sinal de terra firme. Apenas o oceano infinito e impiedoso, vasto e indiferente.Ela olhou ao redor, seus olhos ardiam com o sal. A mente ainda nebulosa a fazia lutar para se lembrar do que acontecera. A tempestade e o caos. Tudo desabou de uma vez, e antes que pudesse reagir, foi lançada à deriva, prisioneira do oceano. Bianca sentia suas forças a abandonarem. Seu corpo parecia à beira de desistir, e sua mente, turva pela exaustão, começou a ceder. Mas então algo mudou. O som do mar foi interrompido por uma presença. A água ao seu lado se agitou. N
Capítulo 3Bianca acordou sem saber onde estava, a mente ainda nublada, sem conseguir raciocinar direito. Ela escutou o crepitar suave da lareira, que rompia o silêncio da cabana, enquanto o calor acolhedor a envolvia. Cada músculo cansado começava a relaxar sob as mantas macias. Ela se sentia segura, ainda que uma parte de sua mente permanecesse inquieta, como se estivesse em alerta.Draven, em contraste, movia-se pela pequena cabana com eficiência controlada. Ele sabia exatamente o que fazer. Agora, ele preparava algo para ela comer, uma sopa quente que lançava um aroma reconfortante no ar. Ele não disse muito; suas ações falavam por ele. Porém, apesar de sua postura rígida e semblante fechado, havia algo em Draven que sugeria mais do que ele deixava transparecer.Bianca sentiu o aroma suave de ervas e legumes, e seu estômago roncou em resposta. Quando Draven finalmente trouxe a tigela de sopa fumegante, ele a colocou em suas mãos com um gesto cuidadoso. O toque de seus dedos contra
Capítulo 4Draven acordou, se levantou e saiu pela porta da cabana determinado a encontrar suprimentos antes que o dia amanhecesse. Ele caminhava com passos silenciosos, movendo-se com a familiaridade de alguém que conhecia cada detalhe daquela floresta. Ele não queria chamar atenção, principalmente por não estar pronto para contar a verdade sobre a mulher em sua cabana. Por isso, decidiu omitir informações.Ao chegar à vila, o sol ainda não tinha nascido. A vila era um amontoado de casas de madeira rústicas, simples, mas funcionais. Poucas pessoas estavam acordadas àquela hora, mas Draven sabia que o líder da matilha, Lucian, já estaria de pé. Lucian era o Alfa de uma comunidade de lobos que viviam isolados ali, em harmonia com a ilha. Draven conhecia bem aquele mundo e sabia que não seria fácil convencê-lo sem levantar suspeitas.Lucian, como sempre, estava na pequena praça central, inspecionando o território como fazia todas as manhãs. Alto, de ombros largos e presença imponente, s