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Capítulo 2 - Isabelle

Chegamos na escola, um lugar que eu não gostava, que não me fazia bem. Meus colegas me achavam estranha, e não gostavam de mim, me chamavam de "BRUXA", só pelas roupas que eu uso, que são quase sempre pretas, mas piorou quando ouve um incidente, eu estava dormindo como sempre durante a aula de ocultismos, que sempre foi muito chata, já que o professor era péssimo, acabei tendo um pesadelo e acordei gritando, e por coincidência aconteceu um fenômeno que fez com que as janelas da sala estilhaçassem, ai eles atribuíram a mim, mesmo sabendo do tal fenômeno.

Enfim, entramos na sala e sentamos, alguns minutos depois nosso diretor entrou para nos fazer um comunicado.

─ Bom dia alunos, vim avisar a vocês que terão um novo professor, ele entrara nesta matéria, quero que vocês o recebam bem e melhorem seus desempenhos nesta matéria. - disse e saiu. Eu até gostava da matéria, mas nunca tivemos um professor que desse a devida atenção a ela.

Como ele estava demorando muito pra chegar, eu levantei e fui pra carteira do Chris, a única pessoa com quem conversava e sentei em seu colo, para nós isso era normal, ficamos conversando, e de repente uma voz que me parecia conhecida ecoou.

─ Sentem-se, quero silêncio senhores. - falou autoritário. ─ Nós seus lugares e não no colo uns dos outros - enfatizou. Fiquei passada de vergonha, levantei olhando pra ele, mais como ele estava de costa só notei o que dava, ele era alto, cabelo preto na altura do ombro, e tinha um corpo escultural, pelo menos eu acho que sim, pelos braços fortes a mostra na camisa.

Dei um passo e ele se virou, aí eu vi seu rosto, o mesmo dos meus pesadelos, como isso era possível, fiquei tonta, minha vista escureceu e eu apaguei. Acordei na enfermaria com Chris do meu lado.

─ Izzy você está bem? O que aconteceu, porque desmaiou? - ele perguntou segurando minha mão.

─ Chris eu...eu... - gaguejei.

─ Está me deixando preocupado, me diz você sabe que pode me contar tudo. - disse.

─ Chris, aquele cara, o nosso professor, é o mesmo dos meus pesadelos, eu não sei como, mas é ele. - disse olhando pra ele.

─ Você está me dizendo que o cara que você sonha é real, e é nosso professor?

─ Eu não sei como, mas sim é o mesmo! - disse chorando.

─ Izzy isso é loucura, acho que seu aniversário está mexendo com a sua cabeça, seria muito estranho, mas ainda loucura. - falou.

─ Eu sei, mas eu estou com medo Chris. - disse o abraçando.

─ Você não precisa ter medo, eu vou estar sempre com você, e te defenderei de qualquer um, mesmo que seja dos seus pesadelos. - disse abraçando a mim. Eu me sentia segura com ele.

─ Você confia em mim Izzy?

─ Sempre - não vou negar que rolou um clima, nossos rostos bem próximos, mas ele tratou de se afastar.

─ Então meu anjo, o que quer fazer, quer ir pra casa? - me perguntou.

─ Eu não vou ter medo, eu não posso mais viver com medo, eu me prometi não ter medo de nada, nem ninguém, vamos pra sala. - levantei e voltamos pra sala.

Cheguei na porta e ele sorriu, um sorriso sarcástico, que me assustava, entretanto também encantava, entrei sem encara ló, então ele parou na minha frente.

─ Sente se bem senhorita Isabelle? - perguntou me, meu nome na sua boca confesso que era bom de ouvir. Eu afirmei com a cabeça. ─ Então sente-se no seu lugar. - disse soltando minha mão. Eu sai de perto dele e sentei, passei a aula toda quietinha assustada, acuada, tentando entender porque nos meus sonhos era o rosto dele que aparecia. Quando finalmente à aula acabou, abracei Christian e fui para a saída, mas ele tomou minha frente.

─ Senhorita Isabelle gostaria de dar uma palavrinha com você - disse se aproximando.

─ Eu estou com um pouco de pressa, preciso ir a biblioteca - menti, tentando fugir.

─ Não se preocupe será rápido, além disso eu sei quando está mentindo - disse.

Eu estava com medo, mas lembrei da minha promessa, de não ter medo, então assenti e fiquei. Disse pra Christian me esperar no carro, ele foi, eu não podia continuar com medo.

─ Então o que o senhor deseja? - perguntei logo.

Nesse momento ele foi se aproximando e disse:

─ Por que está com medo de mim?

─ Não estou com medo senhor! - afirmei falsamente, mas não saiu convincente.

─ Me parece que está apavorada - foi se aproximando, e eu fui me afastando até encontrar a mesa dele como barreira. ─ Meu nome é Daniel - disse colando seu corpo no meu. Eu não estava acreditando que aquilo estava acontecendo, era a mesma sensação dos meus sonhos, seus toques, meus pesadelos se tornando reais será, queria correr, mas não tinha forças, fiquei tonta e ele me pegou no colo, me sentando na mesa, e se pós entre as minhas pernas.

─ Finalmente encontrei você! - disse me tocando, passou sua mão pelas minhas pernas, e subio para a cintura, eu nada fazia, estava com medo, paralisada, mas o pior de tudo era que não sabia se estava com medo ou gostando daquilo.

─ Por que está fazendo isso comigo? - perguntei num sussurro, seu cheiro era o mesmo.

─ Por que você me chamou Isabelle. Porque você me quer, eu sei e você também sabe, não lute contra isso, você nasceu pra ser minha. Você me pertence. - Sussurrou no meu ouvido me fazendo gemer sem querer.

Eu finalmente acordei daquele transe e o empurrei pegando-o de surpresa.

─ Eu não sei por que você está dizendo essas coisas, mas eu não quero você, não se aproxime de mim senão eu vou te denunciar. - disse acusando o. Não sabia de onde tinha tirado aquela força pra empurrar, mas eu não ia deixá-lo me intimidar, nada mais ia me intimidar.

Sai da sala correndo, estava mais confusa que antes, porque ele disse que eu chamei, será que estava realmente ficando louca como me disseram? Fui encontra Christian pra ir embora, estava ainda meio tonta e perdida, mas nunca tinha me sentido tão segura e confiante, e eu estava adorando a sensação.

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