Ficamos o maior tempão fazendo aquilo: pulando em cima da cama como se fôssemos todos crianças. Acho que esse foi o momento que a gente mais descontraiu desde o começo do jogo. Não sabia que estava precisando tanto dar uma gargalhada. Nem sequer lembrava qual havia sido a última vez que dera uma!
Agora já tínhamos sentado na cama e respirávamos fundo, remoendo os minutos ao qual nos divertíamos — e claro, pra normalizar a
Possivelmente ficamos ainda uns dois dias usando aquele castelo como abrigo — não dava para saber quanto tempo se passava debaixo d'água, ainda mais dentro do jogo. Utae passou pela mesma estranheza que eu e Malek: o sonho. Tivemos que explicar pra ele e eu logo aproveitei a oportunidade para dizer o que eu achava daquilo tudo. Assim como Malek, ele apenas disse que tudo não passava de mais uma invenção maluca de Gilbert, ou seja, fiquei como a doidona do grupo de novo.
Apontei para o céu, querendo que Utae e Malek notassem a estranheza daquela cor. Nunca tinha visto nuvens tão pretas. Nem o próprio Utae conseguia fazer nuvens daquela cor — e olha que eu já vira ele invocar diversos raios.— Consegue sentir alguma tempestade? — questionei ao filho de Zeus.
Engoli em seco e olhei pra trás, querendo saber se os outros dois me acompanhavam. Utae estava na árvore anterior a minha, juntamente com Malek. Cheguei pro lado e deixei que os dois chegassem até a árvore onde eu estava. Utae pulou primeiro e Malek veio em segundo. Aproveitei essa oportunidade para caçoar do último:— A grama não estava tão quente, não é mesmo?
Bem, minha curta explicação não lhe esclareceu as coisas e eu tive que respirar fundo para me permitir um pouco de paciência.Será que eu não havia explicado pros garotos o que era uma Conexão?, questionei a mim mesma mentalmente.— Uma Conexão é quando dois Jogadores decidem unir seus poderes — tentei explicar.
Malek se curvou sobre mim, poucos segundos antes da bola de fogo o atingir nas costas. O calor logo chegou ao meu corpo, mas mais uma vez a Conexão me salvou pois o fogo não parecia tão insuportável assim. Só era um pouco mais forte que a quentura da grama queimada.Demorou um tempo até a temperatura ao nosso redor começar a diminuir. Ele quase tinha me deixado cair na grama quente, mas se o tivesse feito, possivelmente teria queimado porque ela c
Eu não conseguia acreditar que havia jogado água na deusa do fogo — e no rosto dela ainda por cima! Isso acabava entrando na minha lista de "coisas insanas que fiz em deuses". Nessa lista também tínhamos o soco bem dado na bochecha da deusa Alexia.A morena passou as mãos pelo rosto, tirando a água embora boa parte dela tenha evaporado ao atingir sua pele. Seus olhos avermelhados recaíram sobre mim e assim que pisquei, ela simplesmente apare
Depois de chegar a rápida conclusão de que a pedra não havia sido pega pela Latakara, decido sair do templo apressada, com Malek e Utae no meu encalço.— Quem você acha que foi? — questionou Malek enquanto saíamos.
Aquele beijo me lembrou bastante do Kameel. Foi como beijar ele de novo, coisa que chegava a ser estranha. Há tempos eu tento não focar meus pensamentos no Kame porque tenho medo das lembranças ruins que acompanham nossos bons momentos. Entretanto, lá estava eu, sentindo aquele calor familiar e único que me fazia sentir aconchegante.Encerrei o beijo ao perceber que loucura estava fazendo. Afinal, eu estava beijando o Malek. O detestável Malek. Só pode ser obra dessa maldita Conexão. Essa mesma coisa fez o Tanay acabar me beijando. Comecei a ficar vermelha a medida que afastava nossos rostos e o encarava.— Tá bom, essa foi a cena mais estranha que eu já vi na minha vida — declarou Utae, se virando para contemplar a paisagem catastrófica ao nosso re