— Vai ficar aí parada, Kary? — questionou Henrietta.
De repente nenhuma das duas possuía aquela expressão maldosa. Arqueei uma sobrancelha e balancei a cabeça, me chamando de louca mentalmente. Talvez só estivesse um pouco paranóica.
Depois do trato mais estranho da minha vida que eu tinha feito com Tanay, os treinamentos passaram a ser mais interessantes do que antes. Era muito engraçado ver o Tanay morto de vergonha em tentar demonstrar que conseguia ser romântico. Fala sério, ele servia mais pra ser um assassino a sangue frio do que um admirador secreto que entrega flores.Hoje era mais um dia de treino e dessa vez eu estava mais animada do que nunca. Finalmente tinha achado algo que eu era superior a
Eu ainda não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer: Melina me deu uma facada. Não daquelas no sentido figurado. Ela realmente me deu uma facada e com intenção de me matar.Nossos olhares se cruzaram. Seu rosto agora não estava mais sombrio. Na verdade agora eu via medo em seus olhos. Quando ela puxa a adaga da minha barriga, solto outro gemido antes de cair de joelhos no chão. A adaga cai ensanguentada ao meu lado enquanto Melina dá
Olha, pra uma pessoa que nunca ficou cega na vida, de repente perder a visão não é fácil. Porque logicamente se estamos acostumados e habituados a enxergar cores por onde quer que vamos, só que ficar cego de uma hora pra outra, não é uma experiência que as pessoas gostariam de passar.Muito menos eu.
Fiquei sem acreditar qunado Henrietta finalmente deu a notícia: as Fúrias vieram atrás de Tanay. Então eu comecei a me lembrar de que elas sempre apareciam pra fazer a "justiça dos deuses", ou seja, só pode ter sido Ártemis que tenha invocado aqueles monstros.Alecto, a Interminável. Megera, o Rancor. Tisífone, o Castigo.
Os dias que se seguiram foram de puro luto. Henrietta estava arrasada e se afastara de todos — até de mim — desde o dia em que queimamos o arco de Daniela. Eu me sentia mal por ela porque perder alguém diante dos seus olhos é algo horrível.Ah, Kameel, como eu tenho saudades de você, pensei tristemente.— Kary, será que poderia vir comigo? — questionou Tanay, me acordando de meus pensamentos.
De primeira eu fiquei sem reação. Eu não sabia que ele faria aquilo comigo, então o resultado foram minhas bochechas ficando cada vez mais quentes e meu coração cada vez mais acelerado. Meus olhos estavam arregalados em surpresa e minhas mãos haviam travado na sua nuca. Uma coisa que nunca podemos esperar é um beijo de um... amigo. Menos ainda de um irmão. Confesso que era bom e ao mesmo tempo estranho. Era como se... estivesse beijando eu mesma.
Embora tivesse se passado bastante tempo — acho que foram umas duas semanas ou perto disso — desde o anúncio que o Tanay fizera de que finalmente tentaríamos reconquistar nossa antiga cabana, eu ainda não conseguia acreditar que havia quebrado a barreira de gelo dele e tinha sido promovida a vice-líder.Só que em contrapartida, nunca tinha visto Henrietta tão fechada. Ela quase não conversava conosco — e se falava algo, sempre era sobre o plano de ataque. Eu co
Meu coração batia forte no peito, mas eu sabia que não poderia ficar parada. Meu irmão corria perigo e eu não podia deixá-lo sozinho. As linhas da minha mão direita ficaram num brilho mais intenso e a cimitarra pareceu responder ao comando porque a luz também se espalhou pela mesma. Sabe aquela sensação de poder? Era o que eu estava sentindo e céus... sentir aquilo correndo pelo sangue era bom.Numa coragem extraordin&a