Tanay ficou parado por alguns segundos, tentando processar o que havia acabado de acontecer. Nem eu mesma estava acreditando que Olívia estava bem ali e dessa vez era ela que carregava um sorriso convencido no rosto — o meu foi murchando até desaparecer.
— O que está fazendo aqui? — a voz de Tanay estava séria quando se dirigiu à Olívia.
Eu não aguentava mais correr. Minhas pernas doíam e tanto meu pulmão quanto meu coração pareciam que iam explodir de tanto que eu respirava. Sinceramente, eu preferia quando Utae era meu líder porque ele pelo menos não me obrigava a correr milhões de quilômetros — e ele também era como um irmão pra mim.Quando parávamos pra descansar, Tanay gritava no nosso ouvido, querendo que corrêssemos cada vez mai
No dia seguinte eu acordei com um cheiro maravilhoso. Era comida. Céus, como eu sentia falta de algo pra comer — a gente geralmente só comia uma ou duas vezes por dia ou as vezes ficava com fome o dia inteiro. Abri os olhos devagar, me deixando levar por aquele cheiro maravilhoso. Logo eu estava me sentando, respirando fundo o ar fresco do dia ensolarado.Apenas Melina estava assando algo na fogueira. Não via nem um sinal de Tanay, Henrietta ou Daniela. Arqueei uma sob
Os treinamentos com Tanay eram um saco. Eu sempre acabava brava e imobilizada por ele.Sempre!Não demorou muito aos treinamentos passarem de "legais" para insuportáveis. Até que chegou ao ponto de antes mesmo do treinamento começar, eu já queria socar o Tanay pra ver se ele parava de implicar comigo. Qual é, eu sabia que era ruim, só era um saco ouvir isso a cada segundo durante o treinamento.Na
Fechei os olhos, esperando que os gritos agoniantes de Tanay sumissem. E bem, eles sumiram, se transformando apenas num suspiro ofegante. Fui abrindo os olhos devagar, comprimindo os lábios. Mesmo que ele fosse a pior pessoa do mundo, não queria que ele morresse. Pelo menos não agora. Eu queria derrotar ele no treino ainda.Então à minha frente ele permanecia na mesma posição — com as mãos na nuca, ajoelhado no chão. Olhei pro
— Vai ficar aí parada, Kary? — questionou Henrietta.De repente nenhuma das duas possuía aquela expressão maldosa. Arqueei uma sobrancelha e balancei a cabeça, me chamando de louca mentalmente. Talvez só estivesse um pouco paranóica.
Depois do trato mais estranho da minha vida que eu tinha feito com Tanay, os treinamentos passaram a ser mais interessantes do que antes. Era muito engraçado ver o Tanay morto de vergonha em tentar demonstrar que conseguia ser romântico. Fala sério, ele servia mais pra ser um assassino a sangue frio do que um admirador secreto que entrega flores.Hoje era mais um dia de treino e dessa vez eu estava mais animada do que nunca. Finalmente tinha achado algo que eu era superior a
Eu ainda não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer: Melina me deu uma facada. Não daquelas no sentido figurado. Ela realmente me deu uma facada e com intenção de me matar.Nossos olhares se cruzaram. Seu rosto agora não estava mais sombrio. Na verdade agora eu via medo em seus olhos. Quando ela puxa a adaga da minha barriga, solto outro gemido antes de cair de joelhos no chão. A adaga cai ensanguentada ao meu lado enquanto Melina dá
Olha, pra uma pessoa que nunca ficou cega na vida, de repente perder a visão não é fácil. Porque logicamente se estamos acostumados e habituados a enxergar cores por onde quer que vamos, só que ficar cego de uma hora pra outra, não é uma experiência que as pessoas gostariam de passar.Muito menos eu.
Último capítulo