- Eu tenho que ir embora. Vou seguir seu conselho assim que as aulas retornarem. Feliz Natal!
- Feliz Natal! Eu estou lhe devendo um presente, mas se um dia a minha situação melhorar eu prometo lhe comprar algo decente.
- Eu vou cobrar a promessa.
Nós rimos e ele saiu. Eu nunca pensei que Caique animaria meu natal.
Como não tinha nada melhor para fazer, coloquei a pipoca no microondas e fui procurar um filme legal para assistir. Estava passando “Cisne Negro” (finalmente encontrei um filme que não fala sobre o natal essa semana) e eu peguei no sono assim que acabou.
Os outros dias foram entediantes. Na quarta-feira passou no noticiário que Cameron e Dylan foram condenados a trinta anos de prisão. Ao menos uma notícia boa. Queria ligar para Aline pra contar pra ela, mas achei melhor esperar at&e
O feriado passou rápido. Quando me dei conta, já estava no colégio arrumando meu armário e Lola e Bruna estavam fofocando bem ao meu lado.- E aí, como foi o feriado com a Regina? – perguntou Bruna.- Demais – respondeu Lola – Las Vegas é realmente magnífica, mas a gente teve que roubar o caixa de uma boate para conseguir voltar, quando eu vi, já tínhamos gasto quase todo o dinheiro.- Moleza – afirmou Bruna – aqui ficou tudo na mesma. Hannah ganhou uma moto nova num racha em Seattle.- Legal – disse Lola – agora a gente tem que arrumar uma grana pra se livrar do nosso carro e ganhar outro, mas... rolou alguma novidade por aqui? – ela rodou o dedo indicando todo o colégio.- Aham, ouvi Nathan comentando que os pais da Kristina decidiram se muda
Todos se levantaram e saíram da sala. Pedi a Aline que fosse direto para a aula de inglês e que eu alcançaria ela depois.- Então você decidiu ser a Kim? – perguntei a professora, quando já estávamos sozinhas.- Não – disse ela – só estou sendo eu mesma.- Isso é muito bom. – sorri para ela.- É ótimo. Eu resolvi o meu problema, não tinha porque eu me esconder, agora ta na hora de você resolver o seu.- E qual é o meu problema?- Você tem que voltar a ser a Katleia de antes e andar de cabeça erguida, porém uma Katleia mais madura e que aprendeu muitas coisas com o que sofreu.- Vou pensar no que você disse.Saí da sala de química e segui direto para a aula de inglês, mas Pamela me parou no meio do caminho.- Kat – disse ela – a gente pode c
- Isso está estupidamente pesado – comentou Cristine, adentrando o apartamento sem me cumprimentar – eu nunca mais me ofereço para lhe ajudar.- Você é fraca demais – disse Cristal, também entrando, eu fechei a porta e fiquei olhando para elas – e sempre carrego isso tudo sozinha.- Você lota boxe – disse Cristine – e é uma esganada.- Gente? – eu disse.- Eu só faço isso porque é necessário – comentou Cristal – preciso me alimentar bem e estudar bastante.- Gente? – gritei.Elas me olharam perplexas e colocaram as compras e os livros em cima da mesa.- Kat – Cristal veio me abraçar – desculpa Kat, é que a Cristine não aguenta nem uma pena e fica recla
p.o.v CaiqueEra uma tarde de sexta-feira e eu nunca estive tão nervoso na vida.- Vai logo, Caique! – disse Peter – não vou poder ficar te esperando, eu vou encontrar a Dakota daqui a pouco.- É, vai logo! – disse Dionísio – você vai ficar esperando ela ir embora? Eu também preciso ir, você sabe como a Luce é impaciente e ela já me mandou vinte e três mensagens.- Você não está me encorajando – eu disse – eu não quero uma namorada possessiva assim.- Você não vai ter namorada nenhuma se continuar nessa lerdeza. – respondeu Dionísio.- Pois é – disse Austin e em seguida nós ouvimos uma buzina, havia um carro preto encostado próxim
p.o.v KatAbri os olhos. Eu estava deitada num jardim imenso.- Kat – minha mãe me chamava – Kat.Eu olhava para o nada, estava muito em paz para deixar que qualquer coisa me incomodasse.- Katleia – minha mãe gritava – Katleia, eu sei que você está aqui, não adianta se esconder.Ela gritava meu nome e ria ao mesmo tempo. Eu tentava me levantar e até mesmo olhar para os lados, mas não conseguia e isso não me desesperava nem um pouco, eu só queria ficar olhando para o céu. Será que eu estava morrendo?- Achei você – disse minha mãe me puxando com calma para perto dela – está na hora.Está na minha hora de morrer? Não.Eu era muito menor que minha mãe. Olhei para minhas mãos e minhas roupas enquanto andávamos. Eu usava um vestido rosa. Passei a m&atild
- Ai meu Deus! – exclamei – O que aconteceu com você?- Eu vou lhe explicar tudo. – ele falava mais baixo e devagar do que costumava fazer. Tragou o cigarro mais uma vez e ficou me olhando.- Estou te ouvindo...- Por favor, não me interrompa – ele pediu e eu assenti - como você já viu, eu já venho passando mal a um tempo. Não apenas aquelas tosses e faltas de ar, mas as vezes eu ficava rouco, sentia umas dores no tórax, as vezes até sangrava quando eu tossia. Então dois dias antes do natal eu comecei a ficar meio gripado, meu pai viu meu estado e me levou para um hospital, eles disseram que era uma pneumonia. Fiquei internado durante todo o feriado e fui liberado dois dias após o ano novo, mas aí não se passaram nem quatro dias e eu comecei a ficar mal de novo, então eles decidiram fazer exames mais complexos e uma semana depois eu fui diagnosticado
- Não fala assim Jasper – eu disse – você tem o seu pai...- O meu pai – ele gritou e se distanciou de mim u pouco rápido demais, o que o fez parar por um tempo, mas ele logo continuou – meu pai nunca quis saber de mim. Acho que ele sempre soube que eu era um fracasso. Ele não era muito próximo quando minha mãe era viva, mas depois que ela morreu ele se tornou ainda mais distante, ele não se importava nem um pouco, então eu comecei a descobrir as coisas sozinho e depois de um tempo a gente começou a brigar. Eu não ficava um dia sem brigar com meu pai até a minha internação. Agora ele está tentando me dar mais atenção, puxar assunto comigo, mas é difícil demais, eu nunca estou disposto o suficiente para conversar com ele, você é a única pessoa que eu me sinto seguro para conversar.- Mas... O Nathan... e
Bati a porta do apartamento de Aline e percebi que eu estava muito cansada. Sentei-me no sofá e deixei as lágrimas caírem. Fiquei em silêncio por um tempo até perceber que Aline estava me observando.- Você está aí há muito tempo? – perguntei, sem olhar para ela.- Desde que você chegou. – respondeu Aline.Olhei para ela. Aline me olhava como se estivesse com pena de mim.- Se você está chorando – disse ela – é porque algo aconteceu. Logo agora que estava indo tudo tão bem...- Foi o Jasper.Ela ficou olhando pra mim e depois perguntou:- O que ele fez dessa vez?- Ele... – agora meus olhos ardiam – ele... ele está doente.- Mas... todo mu