p.o.v Kat
Fui para a aula depois do almoço. Todos me olhavam enquanto eu andava, isso não era estranho, eu já estava acostumada, mas dessa vez eles me olhavam de um jeito diferente, algumas pessoas até riam quando eu passava, no começo eu achei que não era comigo, afinal, que riria de mim? Mas depois eu percebi que tinha algo de errado.
A tarde inteira foi assim. Até na aula as pessoas ficavam me encarando e Kristina que estava sentada atrás de mim ficava rindo baixinho sem parar. Nas duas últimas aulas eu pude ouvir alguns comentários de mau gosto e tive a estranha sensação de que estavam falando de mim.
“Que desperdício, tão gostosa e pegando aquela magrela lá.”
“Não conhecia esse lado, hum, diferente dela, que decepção.”
“Que horror! Será que ninguém mais nesse mun
p.o.v KatParece que eu cheguei ao fundo do poço. Eu estava toda molhada, meu cabelo tava horrível e não sobrou nenhuma roupa seca na minha bolsa.Aline não me falou nada até chegarmos ao apartamento dela. Ela me deu roupas secas e foi preparar um chocolate quente enquanto eu fui tomar um banho quente. Olhei-me no espelho e percebi que eu estava pior do que pensava, meus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Tomei um banho e parei pra ver as roupas que Aline tinha me dado. Era uma camisa preta folgada e uma calça moletom cinza, eu nunca usaria essas roupas em outra ocasião.Saí do banheiro e fui direto para a cozinha. Sentei-me em frente a pequena mesa e Aline imediatamente colocou uma xícara de chocolate quente na minha frente. Agradeci e tomei um gole, estava delicioso. Ela se sentou a minha frente e ficou m
- Você está sem dinheiro nenhum?- Não, o que eu tenho aqui deve dar pro táxi.- Táxi? Acho melhor você ir de ônibus, você vai precisar desse dinheiro pra se sustentar de agora em diante.- Ônibus? Mas eu nunca peguei um ônibus na vida.- Não é tão difícil assim. Pergunte ao porteiro que ônibus passa na rua da Kristina e pronto.- Na rua da Kristina não passa ônibus e nós marcamos de nos encontrar numa lanchonete que fica perto da casa do meu pai.- Melhor ainda, assim você pode ir andando.- Ai Aline – suspirei – eu vou pegar um ônibus mesmo, valeu.Saí do apartamento e só agora pude reparar no interior no prédio em que Aline morava. Não era nada muito refinado, mas também não parecia ser um prédio em que pessoas muito pobres morariam, par
p.o.v JasperOlhei em volta. Minha casa estava mais bagunçada que de costume. Havia pedaços de vidro por todo lado, eu já tinha perdido a conta de quanto tinha bebido, minha cabeça girava, eu estava tão confuso que nem me lembrava mais onde tinha bebida escondida. Já estava acostumado a beber, mas dessa vez o problema não era só a bebida ou os cigarros, era a minha namorada, ou melhor, ex-namorada.Somente agora percebi quais realmente eram meus sentimentos por Kat. Ela não era para mim uma garota gostosa que eu exibia por aí, eu realmente gostava dela. Não, eu a amava. Sempre tentei não me apegar a ninguém, claro que foi minha a decisão de pedir Kat em namoro, mas naquela época eu pensava que não ia durar tanto.Eu não sentia apenas raiva dela por ter me traído. Eu também me sentia triste por ver que meu amor n&atild
p.o.v AlineEu não sabia que minha vida ia mudar tanto após sair de Oklahoma. Agora a garota mais bonita e popular do colégio está praticamente morando na minha casa por causa de uma “quase transa”.Kat ainda estava dormindo no sofá quando eu acordei cedo no sábado de manhã. Ela ficava tão bonita naquelas roupas curtíssimas que usava para dormir que eu poderia admirá-la ali o dia inteiro. Não me importava mais, a essa altura todos já sabiam do meu “segredo”, mas eu não queria ficar num clima estranho com Kat então me dirigi à cozinha para preparar meu café da manhã.Iogurte de frutas vermelhas e sanduíche de tomate, eu deveria preparar um para Kat também? Aliás, será que ela se acostumaria que com meus h&aa
p.o.v KatFinalmente cheguei ao apartamento da Aline. Assim que abri a porta ela arregalou os olhos e veio em minha direção.- O que foi? – perguntei – viu uma assombração? Não, meu cabelo ta muito bagunçado, é isso?- Não Kat – respondeu ela – é que... Tem uma pessoa que quer te ver.- O que? Quem é?Nesse momento alguém apareceu atrás de Aline. Alguém que eu não esperava ver. Caique me olhava nervoso.- Você? – gritei – mas o que você ta fazendo aqui? Acabar com minha vida já não foi o suficiente?- Kat – ele se sentou no sofá, estava segurando uma bolsa grande que um dia pertenceu a mim – me desculpe – t
P.o.v Kat- Aline – eu disse me soltando dos braços dela – eu não sou lésbica.- Eu sei – ela respondeu – me desculpe, eu vou dormir, já está tarde, amanhã a gente tem colégio.- Não, espera... Vem cá.Sentamos uma de frente para a outra no sofá.- Você é lésbica mesmo ou eu sou a sua primeira atração? – perguntei.- Eu vou te contar tudo, ta bom?- Tudo bem, estou sem sono.- Eu fiquei com uma garota em Oklahoma, isso tem mais ou menos um ano, foi aí que me descobri lésbica, mas eu senti vergonha, isso era pra ser segredo, eu não tinha nenhum sentimento por ela, a cada dia mais gente foi sabendo, ninguém fa
p.o.v KatPassamos a manhã inteira em silêncio. Quando chegamos no colégio vi Jasper, Nathan, Cameron e Dylan indo para a sala, nenhum deles dirigia mais a palavra a mim. Foi aí que me lembrei que a primeira aula era de Química e que a Prof.ª Scarlet ia me encher o saco por causa da minha nota.- Merda! – exclamei.- O que foi? – perguntou Aline.- É hoje que eu tomo bomba, a Prof.ª Scarlet vai entregar a nota dos testes.- Hum, aquele teste foi realmente difícil, mas acho que consegui pelo menos um C+.- Sorte sua.Entramos no laboratório de Química e vestimos nossos jalecos. A professora organizava nossos lugares em ordem alfabética, então eu ficava duas fileiras atrás de Aline, e pra piorar a minha situação, bem ao lado da Kristina.- É um desprazer te ver aqui, Katleia. – disse el
p.o.v Aline- Não – gritei com dificuldade – por favor!- Cala a boca vadia. – cuspiu Dylan que em seguida tapou minha boca.Eu me debatia, mas isso não adiantava. Cameron conseguiu tirar minha calça mesmo assim e em seguida tirou minha calcinha. Quando percebi já estava totalmente nua. Eles tiraram minha roupa com brutalidade e me davam murros quando eu tentava impedi-los.- Fica quieta aí – ordenou Cameron se posicionando entre minhas pernas. Ele havia abaixado a calça e revelado seu membro.Eu queria chorar, mas acho que estava assustada demais para derrubar alguma lágrima, meus olhos estavam molhados, mas as lágrimas não chegavam a escorrer. Ou será que escorreram? Não sei dizer, apenas senti Cameron introduzind