Desde que chegara ao Vale Del Calca, Marcus tornou-se a sombra de Pedra Santa, nunca deixando o chefe desprotegido. Quando foi convocado para acompanhá-lo em uma reunião de negócios em Cali, sabia que seria uma ausência prolongada. Deixou a jovem aos cuidados dos homens encarregados da segurança da fazenda e da governanta da casa.
— Como vai o progresso com a garota, Marcus — Pedra Santa perguntou, entre baforadas de seu charuto.
— Teimosa e desafiadora, chefe. Mas está progredindo nos estudos e em breve a introduzirei aos negócios da família — respondeu Marcus.
— Ótimo. Faça o que for necessário, apenas certifique-se de que ela não me cause problemas. Ela será fundamental para nossa aliança com o russo nos negócios — concluiu Pedra Santa.
Marcus optou por não pressionar o assunto, sabendo que sua influência poderia impedir a união com o velho russo, algo que ele trabalhava arduamente para evitar. Ao chegarem ao local onde Pedra Santa era aguardado, ele se viu no centro das atenções. Marcus sentiu um profundo desprezo ao estar cercado por indivíduos tão desprezíveis, principalmente por não poder agir contra eles, sendo obrigado a sorrir e se conter diante de bandidos.
O jantar parecia interminável, e Pedra Santa sempre o mantinha ao lado dele, todos sabiam as intenções dele em transformar Marcus em seu sucessor. Marcus levantou o celular até o ouvido, enquanto Pedra Santa brincava que seu capanga tinha poderes telepáticos. Era como se ele sempre soubesse de tudo um segundo antes de qualquer outra pessoa. — M****a! — Marcus perguntou impaciente, ele mataria o desgraçado que a deixou escapar — Como isso foi possível? Como uma criança conseguiu escapar de homens treinados?
Pedra Santa ergueu os olhos, exigindo uma explicação para a interrupção. — diga-me a garota fugiu? Como isso aconteceu?
— Sim chefe! E se me permitir ir, senhor, eu também gostaria de saber — respondeu calmamente.
— Então vá! Encontre-a e, quando a encontrar, traga-a até mim! Avise-me quando tiver ela sob controle — ordenou Pedra Santa.
— Sim, Chefe! — respondeu Marcus, pronto para iniciar a busca pela garota fugitiva.
Marcus retornou furioso, alguém pagaria por isso, e ele estava mais que disposto a cobrar a dívida, estava muito irritado com a garota por se colocar em risco maior do que os que já a cercavam. Sem se conter, ele fez jus a sua fama de homem mau ao encontrar os culpados, pela fuga da garota, embora desejasse dar fim a existência de mais alguns vermes ele decidiu entregá-los ao chefe, não era necessário sujar as mãos, até porque o destino daqueles dois estava selado.
— Marcus ela foi em direção à cidade, nós a perdemos na trilha do riacho. — Disse um dos homens coçando a cabeça sem entender como fora enganado por uma criança.
Marcus ordenou que os outros retornassem à fazenda, enquanto ele seguia sozinho a trilha deixada pela menina. — Hora da caçada fujona. Vamos ver quão longe você chegou e que artimanhas usou para enganar os homens de seu pai. Pelo menos esta parte será divertida — resmungou para si mesmo enquanto avançava decidido em sua busca.
Ao chegar ao riacho, Marcus examinou cuidadosamente todos os locais onde uma garota poderia ter atravessado durante a noite, beneficiado pela luz da lua cheia. Ele observou atentamente cada ponto, agindo com cautela enquanto buscava por qualquer pista que pudesse indicar o caminho tomado pela garota.
Marcus ponderou sobre as possíveis estratégias de fuga que a garota poderia ter empregado, questionando-se sobre como alguém tão jovem e aparentemente simples como ela poderia ter sido tão astuta. Ele reconheceu a abertura disfarçada que chamou sua atenção, refletindo sobre como ela conseguiu ocultá-la tão bem. A curiosidade misturada com o espanto o levou a se perguntar sobre os métodos que ela utilizou para evadir-se da vigilância, considerando a sua idade e origem aparentemente modesta.
Marcus recolheu cuidadosamente os vestígios deixados pela presença da garota na gruta, guardando as cascas de frutas e embalagens de chocolates que ele mesmo havia dado a ela na manhã anterior à sua viagem. Seguindo seus instintos, continuou na trilha, reconhecendo que provavelmente teria tomado o mesmo caminho se estivesse no lugar dela. Avistou o casebre e aproximou-se com cautela, iniciando uma conversa com a velha senhora que ali residia. A mulher, visivelmente assustada, negou ter visto qualquer pessoa, e Marcus, procurando tranquilizá-la, assegurou-lhe que ela não estava em perigo e que não seria prejudicada. Marcus observou o celeiro onde a garota se escondeu, impressionado com sua inteligência e discrição ao utilizar o local como esconderijo. Admirando sua astúcia, ele murmurou para si mesmo: — Então você se esconde durante o dia, por isso os idiotas não conseguem te achar. Muito bem, garota! Está tornando isso cada vez mais divertido.
Em seguida, Marcus chegou a um pequeno vilarejo algumas milhas à frente, composto por algumas residências isoladas e uma modesta capela. Após conversar com os moradores e vasculhar o local em busca de sinais da passagem da garota, dirigiu-se à capela e subiu diretamente até a torre do sino, atraído pela peculiaridade do lugar. Ele soube que ela esteve ali e pela primeira vez sentiu-se orgulhoso dela.
O padre local jurou que ninguém havia passado por lá, além dos homens de Pedra Santa que reviraram tudo e de seu sobrinho que estava só de passagem a caminho do porto. — Merda! Que horas ele passou por aqui? — Marcus perguntou irritado, assustando o padre.
— Ontem à noite, meu filho. Você sabe que Patrício gosta de viajar à noite. Ele já deve estar na metade do caminho.
Marcus gritou algumas ordens pelo rádio e saiu em disparada com seu jipe, torcendo para encontrá-la antes deles. Uma ordem foi dada para que nenhum barco saísse do pequeno porto. Ordenou também que ninguém falasse nada sobre o assunto. Ele não queria que ela percebesse que alguém descobrira seu plano.
Seguindo em alta velocidade, Marcus sabia que o velho caminhão de Patrício jamais seria páreo para o seu veloz jipe. Com um pouco de sorte, ele os alcançaria antes que chegassem ao porto. Pelo menos, era isso que ele estava torcendo.
Do alto da serra, Marcus pôde ver o caquético caminhão trepidando nas curvas lá embaixo. Ele parecia pequeno, mas Marcus o reconheceu com facilidade.
— Te peguei, garota! — Marcus sorriu triunfante, feliz por ela ter chegado tão longe e mais feliz ainda por tê-la encontrado a tempo. No entanto, não podia negar que estivesse admirado.
Marcus aguardou, seguindo de longe observou o caminhão parando num pequeno restaurante na estrada. Já estava escuro e ele a surpreenderia; afinal, ela só andava de noite, então em breve ela sairia da toca.
Encostado na lateral de outro caminhão, ele a observou descer, olhando atenta para todos os lados. Quando se sentiu segura, ela se esticou, espreguiçando.
Marcus bateu palmas, felicitando a garota, que caiu assustada de bunda no chão. Ela estava aterrorizada.
— Parabéns, menininha! Estou impressionado! Sério, eu jamais pensei que chegaria tão longe. E olha que eu já persegui muito marmanjo. Estou surpreso e, acredite, estou muito orgulhoso de você.
— Não! — a garota gritou, tentando fugir apavorada, mas Marcus a interceptou e, antes mesmo que ela desse conta, estava sentada no chão novamente. — Por favor, não me leve de volta. Eu faço qualquer coisa que você queira, mas não me devolva para ele! — implorou aos prantos.
— Menina, mesmo se eu te deixasse fugir, para onde você iria? Você está a quilômetros de distância da capital, e qualquer vilarejo ou sinal de civilização que você encontrar pelo caminho pertence ao seu pai. Até as crianças que você encontrar te entregariam a ele. Então, me diga, estou curioso: como você fugiria?
— Eu não sei. Minha mãe fugiu dele, e eu fugirei também. Cheguei até aqui, não foi?
— Ah, ponto para você. Mas sua mãe era nativa, ela conhecia o lugar, conhecia os homens do seu pai. E mesmo assim, ela só conseguiu fugir porque teve ajuda. Pobre menina, você tem ideia do que fariam com você se te pegassem antes de mim? Venha, vamos para casa. Você parece cansada e faminta.
— Por favor, você não parece ser como ele. Me deixe ir embora, eu te imploro!
— Acredite, criança, estou te protegendo. E não se engane a meu respeito. Eu não sou bonzinho. — rosnou, e seu coração doeu por ela e por sua sorte. Marcus ofereceu a mão e ela a pegou resignada, “pelo menos por enquanto” ela pensou. — e talvez não devesse me pôr à prova menininha.
— Analú! — ela corrigiu.
— O que disse? Eu não a entendi! — perguntou Marcus sarcástico.
— Analú, esse é o meu nome, idiota! — protestou emburrada tentando seguir seus passos rápidos.
— Me-ni-ni-nha! — repetiu pausadamente bem perto da sua orelha. — Sorte sua que eu te encontrei, espero que não se repita, se tentar de novo vai descobrir uma nova definição da palavra maldade, entendeu? E, se quer um conselho bem útil, fique de boca fechada, menininha.
Ele abriu a porta do jipe e ela ajudou a entrar, ela parecia fraca, estava a três dias fugindo e Marcus percebeu que apenas algumas frutas foram as suas refeições. Chegando à fazenda, ele a empurrou em direção aos homens que aguardavam do lado de fora.
— Levem-na para o chefe, agora! — ordenou e eles assentiram. Um dos homens a ergueu sobre o ombro quando ela protestou se negando a andar.
—¿Cómo puedes ser tan malo? ¡Él va a hacerle daño!— a governanta com cara assustada chiava atrás dele.
— No me provoque Consuelo, salga de mi frente y vaya a dormir! — Marcus saiu irritado sabendo que a velha senhora tinha razão em temer por ela, Pedra Santa iria machucá-la, mas para mantê-la segura ela teria que aprender a confiar nele, só assim ele poderá ajudá-la.
Ele saiu indo em direção ao seu quarto, sabia que seria chamado em breve, e tinha certeza de que não iria gostar do que veria. Marcus sabia como Pedra Santa reage quando suas ordens não são obedecidas e ele não a pouparia por ser uma garota e nem mesmo por ser sua filha.
Marcus se sentia incapaz de protegê-la, e se sentia culpado por falhar com ela de novo. Os responsáveis pela segurança dela e que por estarem jogando pôquer em vez de estar atento ao seu trabalho foram pegos no caminho de Marcus, foram os alvos de toda a sua fúria.
Analú foi arrastada em direção ao escritório de Pedra Santa, ela entrou de cabeça erguida. Estaria pela segunda vez diante do responsável por todas as desgraças da sua vida, o homem que puxou o gatilho, o responsável pela morte de sua mãe. Ela não tinha medo dele, e se ele a matasse ainda assim seria um favor.— Sente-se! — ordenou com voz rouca.— Estou bem de pé! — declarou erguendo o queixo e olhando em seus olhos frios.— Sente-se! — repetiu mais uma vez, seu pai não estava disposto a ser ignorado desta vez.— Ou o quê? Você vai atirar em mim como fez com minha mãe? Faça isso, não temo menos a morte do que temo ter que olhar para você novamente. — Analú gritou lançando-se contra ele, mas seu pai a parou com a força de seu punho.— Quem você pensa ser para ousar me desafiar? Você é apenas uma criança bastarda. Ensinar-te-ei a nunca, jamais ousar a faltar com respeito a mim novamente. Rosa só saiu porque eu permiti, acha mesmo que eu não sabia o tempo todo onde vocês estavam?— Não
El Cairo, um município no Valle del Cauca, Colômbia, exibia-se modestamente com pouco mais de 9 mil habitantes. Seu encanto residia na arquitetura espanhola meticulosamente preservada, nas cores vibrantes que adornavam suas casas e estabelecimentos, e na natureza exuberante que abraçava suas fronteiras. Este cenário idílico atraía anualmente turistas e amantes do ecoturismo, seduzidos pela promessa de uma experiência única em meio a paisagens deslumbrantes. A principal atração cultural era a Festa do Retorno, um evento que atraía uma enxurrada de turistas para o vilarejo, inundando as ruas com uma energia efervescente. Nessas ocasiões, as casas de jogos de Mariano Pedra Santa transbordavam de visitantes em busca de diversão e entretenimento. Além disso, os clubes de jogos e os estabelecimentos de prostituição se apresentavam como opções para todos os gostos, garantindo uma variedade de experiências para os visitantes mais ávidos por diversão. Marcus dirigiu-se determinado em direção a
Ao voltar para a fazenda, Marcus foi chamado para jantar na residência do chefe, Mariano Pedra Santa. Ele era um dos poucos a quem o líder permitia tão grande proximidade, o que fazia parte do disfarce de Marcus como o homem de confiança do bandido. No entanto, ao entrar na casa, Marcus se surpreendeu ao ver Pedra Santa visivelmente abatido. Aquela imagem contrastava com a habitual aura de poder e controle que o mafioso emanava, deixando Marcus inquieto sobre o que poderia estar acontecendo nos bastidores do império criminoso. O homem olhava fixamente para o copo à sua frente, balançando o líquido de cor âmbar. — Entre filho, você é bem-vindo à minha mesa! — Obrigado chefe, mandou me chamar? — perguntou, Marcus queria ver como estava a garota, no entanto, ali estava ele agindo como puxa-saco. — Desejei matá-la, sabe? Mas ela não me pertence mais. Em breve ela irá para longe de mim. — Pedra Santa parecia estar perdido em seus pensamentos, a bebida ainda não havia sido sorvida, como
Marcus retornou à fazenda, determinado. Dirigiu-se diretamente ao quarto de Analú, sem dar atenção a quem cruzasse seu caminho. Nos olhos experientes da governanta, ele vislumbrava um conhecimento oculto, adquirido por anos de observação dos acontecimentos naquela propriedade. Consuelo sabia mais do que deixava transparecer; a velha governanta parecia ser a resposta para as muitas perguntas de Marcus. — Como ela está? — perguntou apontando para a garota dormia encolhida em sua cama. — Ela estaria bem se você não a tivesse entregado ao demônio — a mulher retrucou empurrando Marcus com o dedo, suas palavras estavam carregadas de fúria desafiando-o a contestá-la. — Já chega, Consuelo. Venha ao meu escritório agora! — interrompeu, ríspido, e a mulher saltou assustada. Ela o seguiu, tentando manter-se longe dele, e ficou ao lado da porta, recusando-se a entrar até que ele a ordenou. Suas mãos trêmulas dançavam ao redor de seu rosário; Marcus teria rido se a situação não fosse tão caótic
Em seu quarto, perdido em seus pensamentos, a mente de Marcus fervilhava com as novas informações. Entrou no banheiro aquecido; o duro inverno parecia ter chegado mais poderoso do que nunca. Ligou a água quente, deixando o vapor tomar conta do Box antes de entrar no chuveiro, permitindo que a água levasse seu cansaço, suas preocupações e o remorso que fazia seu peito doer. A imagem de Analú encolhida e machucada aos pés de Pedra Santa fez o seu sangue ferver em suas veias; a culpa o corroía. Ele bateu na parede do banheiro com os punhos repetidas vezes, sem se importar com a dor. — Juro por mim que ninguém vai te machucar novamente, eu os farei pagar por cada lágrima. — prometeu silenciosamente. Marcus saiu do banho com uma minúscula toalha pendendo da sua cintura, ele parou diante da janela observando através do vidro a escuridão lá fora. Ele pressentiu o invasor e saltou rapidamente em direção a sua arma na mesa de cabeceira. — Analú? O que houve você está bem? Como entrou aqui?
Analu mirou seu reflexo no espelho, e suas lágrimas caíram ao ver a quantidade de ferimentos em seu corpo. — Mãe, por que tudo isso? Por que ele me trata assim? Por que ele te odeia tanto a ponto de descontar em mim tanto ódio? Analú não entendia o porquê de toda a sua desgraça, mas se havia algo que ela herdara de sua mãe, era a garra e a vontade de viver. Ela não se entregaria; iria lutar por sua vida, mesmo acreditando que ela não valia muito. Afinal, Analú não tinha ideia do que faria da sua vida se conseguisse sair daquela situação, mas sabia que ou ela sairia dali, ou morreria tentando. Ela jurou que jamais serviria de banquete a nenhum bandido russo. Cansada e ainda sentindo dores ela decidiu dormir. — Como diria Scarlett O'Hara: “Amanhã derramarei uma lágrima por mamãe, e talvez uma por Marcus, mas hoje lutarei por mim” — Assim ela sucumbe ao sono, não fora nem um pouco tranquilo, pois os pesadelos com a morte de sua mãe a torturava noite após noite. Durante todo o tempo de
Depois de tomar banho e se recompor um pouco, Analu ainda não conseguia entender o que tinha acontecido momentos antes. E não se tratava apenas de Marcus ter invadido seu quarto como um elefante em uma loja de porcelana; era o som de seu riso, seus olhos fixos nela como se ela fosse importante. — Alguém ativa o closed caption, por favor! — O mundo parecia precisar de legendas, pois ela estava completamente perdida. — Está pronta menininha, já comeu? — perguntou entrando na cozinha, era impressão ou ele estava determinado a irritá-la logo pela manhã? — Sim, e meu nome é Analú — respondeu emburrada e Marcus riu novamente, — bastardo idiota! — Volte a seu quarto e vista um jeans e calce seus tênis, escolha um agasalho quente o suficiente não se sabe quanto tempo levará para chegar aqui. Consuelo já preparou a sua mochila, seja rápida sairemos em vinte minutos, esteja pronta ou irá a pé. — Marcus olhou para ela de cima a baixo, ao que parecia, o vestido de veludo até os joelhos e o cas
Enquanto o carro atravessava o vilarejo, Marcus observou a expressão de Analu ao reconhecer a igreja onde ela havia se abrigado em sua recente fuga. A frustração, medo e insegurança estampados em seu jovem rosto, causou um aperto no peito de Marcus. Ele desejou que os esforços dele e de Ghost para protegê-la fossem suficientes. O jipe parou do outro lado da rua, oposto a um pequeno armazém à margem da estrada. Ao estacionar, dirigiu-se à sua inquieta parceira com uma expressão séria: — Permaneça dentro do carro. Não entre naquele armazém, de jeito nenhum, e não cogite fugir. Fique aqui enquanto resolvo um problema. — Marcus respirou fundo, tentando não jogar sobre ela o peso do que ele faria a seguir — Concentre-se em seu trabalho e esteja alerta, ok? Lembre-se, o perigo pode vir de qualquer direção. Marcus avançou com passos decididos, pronto para assumir sua persona de mafioso implacável e cobrar as dívidas do chefe. Um tolo havia tentado enganar Pedra Santa, entregando negócios