Marcus Daniells encontrava-se em um território familiar, porém repleto de lembranças dolorosas. Com os dedos, ele acariciou o pequeno pingente, uma réplica exata daquele que Analú carregava consigo. Dois iguais haviam sido encomendados, além de um menorzinho, especialmente destinado para a pulseira da pequena Lua Rosa.Marcus apertou o pingente em sua mão com firmeza, uma determinação sombria refletida em seu olhar. — Eu os farei pagar, meu anjo rosa e minha morena de olhos negros — murmurou ele para si mesmo, prometendo vingança pelos males infligidos a Analú e à sua filha.Com a mochila repleta de explosivos e munições, Marcus ajustou as alças em seus ombros, sentindo o peso do equipamento familiar. Um sorriso frio se curvou em seus lábios. — Estava na hora de fazer estragos e chamar muita atenção — murmurou para si mesmo, enquanto se preparava para iniciar sua própria dança macabra.Marcus avançou em direção à fazenda onde passara anos cumprindo sua missão. Ele havia instruído Luce
As palavras de Polonov ecoaram no ar, pesadas e ameaçadoras. Seu tom zombeteiro ecoava como um desafio, ele conhecia Marcus — Paul estava morto e Analú e se eles a pegaram? — Marcus engoliu sentindo um nó na garganta, mas o agente já não era o mesmo, não cairia no jogo de gato e rato de Sergey, haveria sim um passo errado, mas não seria dele. — Não se preocupe, a sua namoradinha terá a mesma sorte, ou não, talvez eu te mantenha vivo para que me veja fodendo-a, logo após vender a sua filha para um sheik pedófilo. Eu vou encontrá-la, acha mesmo que uma garotinha pode fugir de mim? Era a resposta que Marcus queria. No entanto, seu rosto permaneceu impassível diante das palavras cruéis de Polonov, mas o brilho intenso em seus olhos denunciava a fúria latente. — Você fala muito, Polonov. Mas seus atos são ainda mais repugnantes do que suas palavras. — A voz de Marcus soou firme e gelada. — Sua ameaça é vazia. Você não tocará em Analú. E se tiver a audácia de tentar, será o último erro q
Marcus demonstrava bons reflexos, uma habilidade fundamental em seu estilo de luta. Sergey, por outro lado, destacava-se por sua velocidade e destreza nos ataques com pernas e pés. Marcus fazia uso eficaz de tudo ao seu redor como arma ou como meio de impulsionar seus ataques. Enquanto isso, Sergey era rápido e forte o bastante para desviar e bloquear os golpes de Marcus, demonstrando sua habilidade defensiva. Os ataques ágeis de Sergey conseguiram desarmar Marcus, tirando-lhe tanto a Kris quanto os Karambit das mãos. Desarmados, mas igualmente mortais, os dois oponentes só tinham seus corpos e sua arte de luta como arma, de defesa e ataque. Marcus atingiu Sergey no olho, uma lesão que certamente o assombraria em futuros embates. No entanto, antes que pudesse saborear plenamente a vitória, Sergey retaliou, acertando o joelho do agente e forçando-o a dobrar-se diante da dor e da violência do golpe. A resposta do agente veio em seguida, desferindo violentos golpes no fígado de Ser
Na sala, ainda havia muitos homens de Nirkov e de Pedra Santa, seus líderes o olhavam, um com admiração e outro com um ódio mortal. — Eu adoraria ficar para os agradecimentos, mas tenho que terminar uma limpeza. — Marcus falou com uma leve ironia, seus olhos varrendo a sala, captando cada expressão. Seu tom era casual, quase descontraído, mas havia uma tensão subjacente, uma promessa não dita de que ainda havia trabalho a ser feito. Nirkov exalava uma calma controlada enquanto acendia o charuto, suas expressões eram medidas e calculadas, revelando um homem acostumado a lidar com situações de risco. Sua voz era profunda e carregada de autoridade quando ele se dirigia a Marcus, desafiando-o sutilmente com a pergunta: — Espirituoso! Mas, diga-me filho por que devo agradecê-lo? — Que tal esta, eu acabei de matar o assassino de seu filho. — Marcus respondeu com desdém, incapaz de sentir qualquer empatia por alguém como Nikolay Nirkov. — Como ousa — diz Nirkov partindo para cima de Mar
Chegando a El Cairo, Marcus estacionou no lugar de sempre, mas sua condição física debilitada o impediu de sair do carro. Em vez disso, acionou a buzina, esperando que o som pudesse atrair a atenção das pessoas certas, enquanto a chuva oferecia uma cortina de privacidade contra olhares curiosos. Apesar das fortes dores que o afligiam, ergueu a cabeça com dificuldade a tempo de perceber a sombra disforme de duas pessoas se aproximando através da chuva. Seu coração disparou com uma mistura de alívio e apreensão, esperando que essas figuras fossem aliadas que pudessem ajudá-lo em sua luta contra o tempo.— Dios santo, Marcus lo que te pasó? Pepe ayuda aquí, vamos à llevarlo adentro — disse a jovem agoniada. O menino de pele morena, tão parecida com a de Analú, correu até ela, prontamente oferecendo sua ajuda para retirar o ferido do carro. O esforço parecia arrancar gemidos de Marcus, palavras desconexas escapando de seus lábios entre suspiros de dor.— Pepe, por favor, esconda o carro d
Em meio à jornada de trem, que a levaria ao destino indicado no mapa que Ghost deu a ela. Analu lutava contra a exaustão que a acompanhava há dias. Cada batida dos trilhos parecia ecoar em sua mente, lembrando-a da responsabilidade que pesava sobre seus ombros. No entanto, o cansaço implacável finalmente a alcançou, envolvendo-a em seus braços como uma névoa densa e irresistível. Não era sensato deixar-se levar pelo sono em um ambiente desconhecido e possivelmente hostil, especialmente com sua preciosa filha ao lado. A consciência de que qualquer momento de descuido poderia colocá-las em perigo ecoava em sua mente, mas seu corpo, exausto além dos limites, clamava por descanso. Assim, enquanto o trem seguia seu curso, Analu cedeu ao cansaço. Seus olhos se fecharam lentamente, apesar de todos os alertas de sua mente. No entanto, o balanço suave do vagão e o som reconfortante do respirar tranquilo de Lua Rosa em seu peito foram como uma melodia tranquilizadora. Por um breve momento, a
A casa se erguia majestosa diante de Analú, imponente em sua arquitetura vitoriana. Sua estrutura alta e imponente dominava a paisagem, destacando-se em meio aos outros edifícios da rua. Paredes brancas reluzentes refletiam os raios do sol, enquanto detalhes em mármore branco adornavam a fachada, conferindo-lhe uma aura de opulência e elegância. Cada detalhe da casa parecia cuidadosamente planejado, desde as janelas ornamentadas até os arabescos delicados que adornavam as colunas que sustentavam o alpendre. O jardim bem cuidado ao redor acrescentava um toque de serenidade, com suas fileiras simétricas de arbustos e flores coloridas. Apesar da beleza estonteante da residência, Analú sentia uma certa sensação de inquietação ao contemplá-la. Havia algo na atmosfera da casa que a deixava desconfortável, como se houvesse segredos ocultos por trás da fachada imaculada. Um arrepio percorreu sua espinha enquanto ela se preparava para atravessar o limiar e adentrar naquele mundo de mistérios
Analú foi guiada até um quarto de proporções imponentes, que refletia a grandiosidade e o requinte da residência. No centro do aposento, uma cama majestosa se destacava, adornada com lençóis de um branco imaculado que convidavam ao repouso. Sua estrutura robusta emanava uma sensação de conforto e tranquilidade, prometendo um descanso reparador após as turbulências do dia. Uma janela ampla dominava uma das paredes, oferecendo uma vista deslumbrante para um jardim ainda mais deslumbrante, onde cada flor parecia dançar ao ritmo suave da brisa. A paisagem exuberante e serena convidava à contemplação, proporcionando um refúgio de paz em meio ao tumulto do mundo exterior. Analú aceitou a gentil oferta do empregado, que prontamente se ofereceu para encher a banheira para ela, deixando-a a sós logo em seguida. — Essa mulher adora branco. — murmurou para si mesma, observando os detalhes do banheiro, onde o branco predominava em cada canto. Aproveitando a hospitalidade generosa, Analú se en