Marcus demonstrava bons reflexos, uma habilidade fundamental em seu estilo de luta. Sergey, por outro lado, destacava-se por sua velocidade e destreza nos ataques com pernas e pés. Marcus fazia uso eficaz de tudo ao seu redor como arma ou como meio de impulsionar seus ataques. Enquanto isso, Sergey era rápido e forte o bastante para desviar e bloquear os golpes de Marcus, demonstrando sua habilidade defensiva. Os ataques ágeis de Sergey conseguiram desarmar Marcus, tirando-lhe tanto a Kris quanto os Karambit das mãos. Desarmados, mas igualmente mortais, os dois oponentes só tinham seus corpos e sua arte de luta como arma, de defesa e ataque. Marcus atingiu Sergey no olho, uma lesão que certamente o assombraria em futuros embates. No entanto, antes que pudesse saborear plenamente a vitória, Sergey retaliou, acertando o joelho do agente e forçando-o a dobrar-se diante da dor e da violência do golpe. A resposta do agente veio em seguida, desferindo violentos golpes no fígado de Ser
Na sala, ainda havia muitos homens de Nirkov e de Pedra Santa, seus líderes o olhavam, um com admiração e outro com um ódio mortal. — Eu adoraria ficar para os agradecimentos, mas tenho que terminar uma limpeza. — Marcus falou com uma leve ironia, seus olhos varrendo a sala, captando cada expressão. Seu tom era casual, quase descontraído, mas havia uma tensão subjacente, uma promessa não dita de que ainda havia trabalho a ser feito. Nirkov exalava uma calma controlada enquanto acendia o charuto, suas expressões eram medidas e calculadas, revelando um homem acostumado a lidar com situações de risco. Sua voz era profunda e carregada de autoridade quando ele se dirigia a Marcus, desafiando-o sutilmente com a pergunta: — Espirituoso! Mas, diga-me filho por que devo agradecê-lo? — Que tal esta, eu acabei de matar o assassino de seu filho. — Marcus respondeu com desdém, incapaz de sentir qualquer empatia por alguém como Nikolay Nirkov. — Como ousa — diz Nirkov partindo para cima de Mar
Chegando a El Cairo, Marcus estacionou no lugar de sempre, mas sua condição física debilitada o impediu de sair do carro. Em vez disso, acionou a buzina, esperando que o som pudesse atrair a atenção das pessoas certas, enquanto a chuva oferecia uma cortina de privacidade contra olhares curiosos. Apesar das fortes dores que o afligiam, ergueu a cabeça com dificuldade a tempo de perceber a sombra disforme de duas pessoas se aproximando através da chuva. Seu coração disparou com uma mistura de alívio e apreensão, esperando que essas figuras fossem aliadas que pudessem ajudá-lo em sua luta contra o tempo.— Dios santo, Marcus lo que te pasó? Pepe ayuda aquí, vamos à llevarlo adentro — disse a jovem agoniada. O menino de pele morena, tão parecida com a de Analú, correu até ela, prontamente oferecendo sua ajuda para retirar o ferido do carro. O esforço parecia arrancar gemidos de Marcus, palavras desconexas escapando de seus lábios entre suspiros de dor.— Pepe, por favor, esconda o carro d
Em meio à jornada de trem, que a levaria ao destino indicado no mapa que Ghost deu a ela. Analu lutava contra a exaustão que a acompanhava há dias. Cada batida dos trilhos parecia ecoar em sua mente, lembrando-a da responsabilidade que pesava sobre seus ombros. No entanto, o cansaço implacável finalmente a alcançou, envolvendo-a em seus braços como uma névoa densa e irresistível. Não era sensato deixar-se levar pelo sono em um ambiente desconhecido e possivelmente hostil, especialmente com sua preciosa filha ao lado. A consciência de que qualquer momento de descuido poderia colocá-las em perigo ecoava em sua mente, mas seu corpo, exausto além dos limites, clamava por descanso. Assim, enquanto o trem seguia seu curso, Analu cedeu ao cansaço. Seus olhos se fecharam lentamente, apesar de todos os alertas de sua mente. No entanto, o balanço suave do vagão e o som reconfortante do respirar tranquilo de Lua Rosa em seu peito foram como uma melodia tranquilizadora. Por um breve momento, a
A casa se erguia majestosa diante de Analú, imponente em sua arquitetura vitoriana. Sua estrutura alta e imponente dominava a paisagem, destacando-se em meio aos outros edifícios da rua. Paredes brancas reluzentes refletiam os raios do sol, enquanto detalhes em mármore branco adornavam a fachada, conferindo-lhe uma aura de opulência e elegância. Cada detalhe da casa parecia cuidadosamente planejado, desde as janelas ornamentadas até os arabescos delicados que adornavam as colunas que sustentavam o alpendre. O jardim bem cuidado ao redor acrescentava um toque de serenidade, com suas fileiras simétricas de arbustos e flores coloridas. Apesar da beleza estonteante da residência, Analú sentia uma certa sensação de inquietação ao contemplá-la. Havia algo na atmosfera da casa que a deixava desconfortável, como se houvesse segredos ocultos por trás da fachada imaculada. Um arrepio percorreu sua espinha enquanto ela se preparava para atravessar o limiar e adentrar naquele mundo de mistérios
Analú foi guiada até um quarto de proporções imponentes, que refletia a grandiosidade e o requinte da residência. No centro do aposento, uma cama majestosa se destacava, adornada com lençóis de um branco imaculado que convidavam ao repouso. Sua estrutura robusta emanava uma sensação de conforto e tranquilidade, prometendo um descanso reparador após as turbulências do dia. Uma janela ampla dominava uma das paredes, oferecendo uma vista deslumbrante para um jardim ainda mais deslumbrante, onde cada flor parecia dançar ao ritmo suave da brisa. A paisagem exuberante e serena convidava à contemplação, proporcionando um refúgio de paz em meio ao tumulto do mundo exterior. Analú aceitou a gentil oferta do empregado, que prontamente se ofereceu para encher a banheira para ela, deixando-a a sós logo em seguida. — Essa mulher adora branco. — murmurou para si mesma, observando os detalhes do banheiro, onde o branco predominava em cada canto. Aproveitando a hospitalidade generosa, Analú se en
Analú pensou que seria levada para uma das comunidades do Rio de Janeiro. Já conseguia imaginar-se em um dos morros cariocas. No entanto, não eram esses os planos de Alemão. Ele havia preparado uma casa em um município litorâneo. A imensa casa, situada na ponta da praia, parecia um sonho.— Esta é minha casa de veraneio — Alemão disse, indicando a imponente residência à beira-mar. — Raramente venho para cá, e quando venho, normalmente ninguém fica sabendo. E agora é sua pelo tempo que precisar. Tem tudo o que você e seu bebê precisam: quartos espaçosos, uma cozinha bem equipada e até mesmo um pequeno jardim para Lua Rosa brincar. Não sei se ficou do seu gosto, mas só soube da existência da criança pela ricaça loira, e achei que poderia ser útil oferecer esse lugar para vocês.Analú riu da forma descontraída como ele se referia a Louise, achando graça na descrição. Ela expressou sua gratidão pelo cuidado que ele teve em preparar um quarto especialmente para Lua Rosa, mostrando seu alív
Preso em um pesadelo interminável, Marcus se debatia em desespero, os músculos retesados, os olhos fixos em um ponto além do vidro que o separava daqueles que amava. Gritos rasgavam sua garganta rouca, ecoando no vazio do quarto de hospital como um eco angustiante. — Analú, cuidado! — ele clamava, sua voz impregnada de pânico e impotência. Cada fibra de seu ser ansiava por atravessar aquela barreira invisível, por alcançar suas duas preciosidades e protegê-las do perigo iminente que pairava sobre elas. A mente de Marcus era um turbilhão de pensamentos e emoções conflitantes, enquanto ele assistia, paralisado, à cena que se desenrolava diante de seus olhos. O coração apertava em seu peito, como se fosse explodir a qualquer momento, enquanto homens sombrios, emissários do seu pior pesadelo, se aproximavam de sua amada Analú e da pequena Lua Rosa. — Juanito, eu vou matá-lo! Se tocar nelas, eu vou matá-lo! — Suas palavras soavam como um rugido selvagem, carregadas de uma fúria avassala