Analú foi guiada até um quarto de proporções imponentes, que refletia a grandiosidade e o requinte da residência. No centro do aposento, uma cama majestosa se destacava, adornada com lençóis de um branco imaculado que convidavam ao repouso. Sua estrutura robusta emanava uma sensação de conforto e tranquilidade, prometendo um descanso reparador após as turbulências do dia. Uma janela ampla dominava uma das paredes, oferecendo uma vista deslumbrante para um jardim ainda mais deslumbrante, onde cada flor parecia dançar ao ritmo suave da brisa. A paisagem exuberante e serena convidava à contemplação, proporcionando um refúgio de paz em meio ao tumulto do mundo exterior. Analú aceitou a gentil oferta do empregado, que prontamente se ofereceu para encher a banheira para ela, deixando-a a sós logo em seguida. — Essa mulher adora branco. — murmurou para si mesma, observando os detalhes do banheiro, onde o branco predominava em cada canto. Aproveitando a hospitalidade generosa, Analú se en
Analú pensou que seria levada para uma das comunidades do Rio de Janeiro. Já conseguia imaginar-se em um dos morros cariocas. No entanto, não eram esses os planos de Alemão. Ele havia preparado uma casa em um município litorâneo. A imensa casa, situada na ponta da praia, parecia um sonho.— Esta é minha casa de veraneio — Alemão disse, indicando a imponente residência à beira-mar. — Raramente venho para cá, e quando venho, normalmente ninguém fica sabendo. E agora é sua pelo tempo que precisar. Tem tudo o que você e seu bebê precisam: quartos espaçosos, uma cozinha bem equipada e até mesmo um pequeno jardim para Lua Rosa brincar. Não sei se ficou do seu gosto, mas só soube da existência da criança pela ricaça loira, e achei que poderia ser útil oferecer esse lugar para vocês.Analú riu da forma descontraída como ele se referia a Louise, achando graça na descrição. Ela expressou sua gratidão pelo cuidado que ele teve em preparar um quarto especialmente para Lua Rosa, mostrando seu alív
Preso em um pesadelo interminável, Marcus se debatia em desespero, os músculos retesados, os olhos fixos em um ponto além do vidro que o separava daqueles que amava. Gritos rasgavam sua garganta rouca, ecoando no vazio do quarto de hospital como um eco angustiante. — Analú, cuidado! — ele clamava, sua voz impregnada de pânico e impotência. Cada fibra de seu ser ansiava por atravessar aquela barreira invisível, por alcançar suas duas preciosidades e protegê-las do perigo iminente que pairava sobre elas. A mente de Marcus era um turbilhão de pensamentos e emoções conflitantes, enquanto ele assistia, paralisado, à cena que se desenrolava diante de seus olhos. O coração apertava em seu peito, como se fosse explodir a qualquer momento, enquanto homens sombrios, emissários do seu pior pesadelo, se aproximavam de sua amada Analú e da pequena Lua Rosa. — Juanito, eu vou matá-lo! Se tocar nelas, eu vou matá-lo! — Suas palavras soavam como um rugido selvagem, carregadas de uma fúria avassala
Como Allana havia previsto, Marcus tornou-se o principal alvo dos homens de Nirkov. Uma recompensa substancial foi estabelecida pela captura do agente, uma quantia tão tentadora que circulava entre os herdeiros do império do crime como uma promessa de poder absoluto. Era amplamente reconhecido que aquele que conseguisse pôr as mãos em Marcus estaria a um passo de garantir sua ascensão ao trono do submundo, dominando o império criminoso que antes pertenceu ao russo. Nos meses que se seguiram, Marcus estava constantemente ocupado, alternando entre tirar bandidos do seu encalço e observar Analú e Lua Rosa de longe, garantindo sua segurança sem que elas percebessem sua presença. À medida que o nome de Nirkov caía no esquecimento e seus capangas eram neutralizados, o agente finalmente sentiu um alívio, sabendo que o perigo imediato havia passado. Agora, ele podia finalmente relaxar, pelo menos por um breve momento. Ainda restavam dois. O cerco em torno de Folks e Juanito se apertava a ca
Analú estava mergulhada em uma tristeza profunda, mais intensa do que nunca. A noite mal dormida pesava sobre seus ombros, enquanto os ecos de um sonho atormentador ainda ressoavam em sua mente. Era sempre o mesmo enredo perturbador: ela fugindo desesperadamente com Lua Rosa nos braços, enquanto Marcus enfrentava seu destino nas mãos impiedosas de Sergey ou dos capangas de Pedra Santa. Cada vez que essas imagens assombravam seus sonhos, Analú sentia como se estivesse revivendo o horror do passado, como se estivesse presa em um pesadelo interminável do qual não podia escapar. No entanto, em meio à sua angústia, ela encontrava uma determinação feroz. Ela jurara a si mesma que, acontecesse o que acontecesse, protegeria sua filha, assim como sua mãe a havia protegido no passado. Agora, Analú compreendia o sacrifício e a coragem de sua mãe de uma maneira que antes lhe escapara, e por isso era grata. Essa promessa silenciosa ecoava em seu coração, impulsionando-a a enfrentar o desconhecid
Marcus desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, onde um rosto familiar o aguardava. Embora não fosse a primeira pessoa que ele desejasse ver ao pisar em solo brasileiro, sentiu-se aliviado por saber que era aquela em quem confiara seu maior tesouro. — American Ninja, que bom vê-lo vivo! — ironizou o anfitrião, com um sorriso malicioso nos lábios. — E você parece não ter mudado muito. — Marcus respondeu com um olhar afiado, captando a sutileza do sarcasmo. — São apenas negócios, amigo. Apenas negócios. — O anfitrião deu de ombros, tentando justificar suas escolhas com uma expressão de indiferença calculada. Marcus não se deixava envolver pelas nuances do passado, seus pensamentos estavam totalmente dedicados à gratidão que sentia pelo agente. Ele havia salvado sua vida em momentos cruciais, e agora, em retribuição, Marcus depositava nele a confiança para resgatar seu bem mais precioso. Essa gratidão transcendia qualquer barreira moral ou não, deixando-o cego para
◦•●◉✿Capítulo Especial Ⅰ✿◉●•◦Paul olhou para as armas em suas mãos, tinha munição suficiente para derrubar um pequeno exército. Mas ele sabia que estava em desvantagem. Ele sempre acreditou que morreria por um grande propósito, e que não seria em vão, por um puro capricho do destino, como fora a morte prematura de seus pais.Ao ouvir o leve som da porta de Analú se fechando, ele se prepara, respira fundo. Se era a sua hora de morrer, ele se encarregaria de levar alguns com ele.— Venham desgraçados, eu estou pronto. — disse Paul, começando a atirar enquanto as capsulas deflagradas vazias caiam aos seus pés.Ele podia ver um, dois, três homens caindo, mas eles eram muitos e ele só um. Quando os primeiros tiros atingiram seu peito, mesmo sobre o colete à prova de balas, o desestabilizou, lançando-o para trás.E a última voz que ele gostaria de ter ouvido num cenário daqueles soou grave por entre os sons de tiros e estilhaços.— Não o matem, preciso dele vivo. — disse o homem antes de v
◦•●◉✿Capítulo especial Ⅱ ✿◉●•◦ Epilogo Marcus fitou o campo à sua frente com um sorriso, sentindo-se genuinamente feliz por estar ali, na terra que tanto amava, cuidando da fazenda de seu pai. Brincou com Ruffos, o enorme São Bernardo da família, cuja pelagem escura contrastava com a paisagem verde ao redor. O cão, em vez de correr atrás da bolinha, bufou de forma estranha, soltando um rosnado grave, e direcionou seu olhar para a entrada da fazenda, logo abaixo deles. — Marcus, meu filho, parece que teremos problemas — gritou Angus, chamando a atenção do filho. — Parece que sim, pai — respondeu, seguindo o pai em direção à propriedade. Os dois seguiram direto para o celeiro, onde teriam ferramentas mais úteis naquele momento. Como uma dupla bem treinada, que eram, eles se entenderam por olhares e sinais, sabendo exatamente onde e o que procuravam. Angus alcançou um alçapão em meio ao feno, e uma escada despontou para uma