Capítulo 22

Analú entrou em seu quarto e deixou a porta bater atrás de si. Sentia-se rejeitada e dominada pelo medo em relação ao seu futuro. Embora tentasse conter as lágrimas, elas escaparam, traçando um caminho silencioso por suas bochechas. Naquele instante, a consciência de sua solidão e desespero a envolveu como uma sombra densa. Seu coração batia aflito, pulsando uma angústia mais intensa do que o habitual. As palavras de Consuelo ecoavam em sua mente, acrescentando uma camada a mais de perturbação ao admitir ter a mesma intuição.

— Idiota! Marcus, será que você não enxerga? Não vê o que está estampado em meus olhos? Droga de homem burro! — murmurou frustrada.

Ela dormiu, mas seu sono foi conturbado. Viu imagens desconexas de sua mãe: no sonho, estavam no balanço de pneu que sua mãe havia feito para ela quando era pequena. Analú era elevada ao ar, empurrada por sua mãe. — “Estou tão feliz que você voltou, mamãe! Vamos ficar juntas para sempre agora?”

“Vai ficar tudo bem, minha filha. S
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