Enquanto Marcus mergulhava em seus pensamentos, ele compreendia a magnitude dos desafios que aguardavam Não se tratava apenas de uma missão de vida ou morte para capturar seu inimigo, Sergey Polonov. Agora, ele compreendia que sua própria vida era crucial para garantir a segurança de Analu. A jornada pela verdade que já era sinuosa e repleta de perigos iminentes, ganhou mais um obstáculo significativo, no momento em que Pedra Santa apertou o gatilho que matou a mãe de Analu. Sua determinação em proteger Analu permanecia inabalável; ele sentia uma dívida com ela e estava determinado a viver para garantir sua segurança. A medida que se aproximavam da verdade, também se aproximavam do confronto inevitável com as forças sombrias que os ameaçavam. Mesmo diante das incertezas e das ameaças que pairavam sobre eles, Marcus encararia todos os desafios de frente, confiante em sua missão. Enquanto isso, estava determinado a ser o guia seguro de Analu, protegendo-a das garras dos perseguidores.
Após o almoço, Marcus a deixou em um salão de beleza próximo, sob a recomendação de que tinham que ser rápidos. Deixou dois homens para garantir a segurança dela e foi verificar suas mais novas pistas.— Ghost! Tenho algo para você trabalhar, mas você terá que entrar em um sistema bancário. — Marcus chamou o parceiro em seu celular codificado. — A mãe da garota abriu uma conta para ela em um banco internacional, em outra cidade e outro estado. Comece pelos bancos norte-americanos em São Paulo, possivelmente Citibank.— Vou ver se existe a conta e se houver um cofre, eu o encontrarei, mas sem uma senha não poderei fazer muita coisa. — Ghost respondeu irritado. — A menos é claro, que queira que eu acrescente assalto a banco às minhas habilidades.— Como se nunca tivesse feito isso antes, “Ghost, o Ás do Assalto” — Marcus gargalhou, seu amigo às vezes levava seu trabalho a sério demais — encontre a conta e o cofre, eu entro em contato assim que tiver alguma coisa.— E a garota, como ela
“A adversidade desperta em nós capacidades queem circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.”Como Marcus já esperava, ela não decepcionou. Analú dividiu o trecho de volta em três partes: guardou o mapa e o dinheiro em sua mochila, ajeitou a roupa com determinação e ergueu o queixo com confiança. Em passos firmes, dirigiu-se até um táxi que estava parado a poucos metros deles. Sua postura demonstrava uma determinação inabalável, como se estivesse pronta para enfrentar qualquer obstáculo que surgisse em seu caminho.Com sua câmera nas mãos, qualquer um diria que eram apenas um casal de turistas comuns, mas Marcus estava um passo atrás dela, observando atentamente as reações de Analu diante de cada movimento, cada sombra, cada possível ameaça que pudesse surgir.— Por favor, necesito que me lleven urgentemente a Cali. — disse Analu ao condutor.O motorista de táxi assustou-se, desviando os olhos para Marcus como se buscasse permissão. Ele foi rápido, um movimento sutil e quas
Para proteger Analú, Marcus sabia que teria que tirá-la da Colômbia antes da chegada dos russos. Sergey Polonov era um homem perigoso, e capturá-lo exigiria total comprometimento de Marcus. Ele não poderia dividir sua atenção com nada além de sua missão, e isso incluía Analú. Ghost estava certo ao dizer que, se Polonov tivesse conhecimento do interesse de Marcus por ela, ele a usaria contra ele. Marcus precisava ter em mente, o tempo todo, que estava operando em território dominado pela máfia e logo estaria na mira tanto do cartel quanto de Nirkov. Portanto, era essencial que Analú estivesse longe do fogo cruzado. Marcus tinha esperança de que, caso ele e Ghost não conseguissem tirá-la, eles mesmos poderiam contar com a habilidade de Analú em fugir e ganhar vantagem sobre seus inimigos. Ele admirava a capacidade dela de aprender rápido, sua inteligência e sua coragem inabalável, características que ele conhecia bem e valorizava profundamente. Marcus sentia-se preocupado ao sair da c
Marcus guiou Analú pela trilha e, ao chegarem a uma grande pedra, estendeu um pequeno tapete antes de ajudá-la a se sentar. — Você também tem uma pedra de estimação? Adoro seu lugar secreto! — ela disse, olhando para o céu. As nuvens encobriam parte da lua rosada, dando um ar misterioso e sombrio. — Yep! Agora não é mais secreto, visto que eu te contei. — Ele brincou, sorrindo travesso. — Mas talvez eu tenha que te matar agora. — Guarde suas armas, grandão, e não se preocupe, sei guardar segredos. Além disso, — desta vez, foi ela a emitir sua versão mais doce e inocente de sorriso, um daqueles que envolve os olhos e cada músculo da face — o que te faz pensar que seria você e não eu quem vai tomá-lo de você e te expulsar daqui? — Ah, pequena, não precisa. Divido com você. Acredito que este lugar não terá mais sentido se você não estiver junto. — confessou, tocando a pele fina de seu rosto com a ponta dos dedos. Analú sorriu e aninhou a cabeça em seu ombro, e ele a abraçou com cari
Analú entrou em seu quarto e deixou a porta bater atrás de si. Sentia-se rejeitada e dominada pelo medo em relação ao seu futuro. Embora tentasse conter as lágrimas, elas escaparam, traçando um caminho silencioso por suas bochechas. Naquele instante, a consciência de sua solidão e desespero a envolveu como uma sombra densa. Seu coração batia aflito, pulsando uma angústia mais intensa do que o habitual. As palavras de Consuelo ecoavam em sua mente, acrescentando uma camada a mais de perturbação ao admitir ter a mesma intuição. — Idiota! Marcus, será que você não enxerga? Não vê o que está estampado em meus olhos? Droga de homem burro! — murmurou frustrada. Ela dormiu, mas seu sono foi conturbado. Viu imagens desconexas de sua mãe: no sonho, estavam no balanço de pneu que sua mãe havia feito para ela quando era pequena. Analú era elevada ao ar, empurrada por sua mãe. — “Estou tão feliz que você voltou, mamãe! Vamos ficar juntas para sempre agora?” “Vai ficar tudo bem, minha filha. S
Marcus observou a beleza nua de Analú relaxada em sua cama, apenas algumas poucas partes do seu corpo estavam cobertas por um fino lençol. O frio era intenso lá fora, enquanto a lareira aquecia o quarto. No entanto, Marcus podia jurar que o calor acolhedor da lareira não se comparava ao calor intenso que irradiava de seus corpos entrelaçados naquela noite. Após muitas e boas despedidas, Analú dormia exausta. — Minha doce e pequena luz, sinto tanto em ter que te deixar, mas preciso investigar. Tenho que encontrar um jeito de te tirar daqui em segurança — disse em um sussurro e depositou um beijo em sua testa e saiu deixando metade de si mesmo para trás. — Está prestando atenção? — Marcus chamou Consuelo, que o olhava com sorriso nos olhos como se pudesse ler a sua alma, ela sempre o assustava. — Consuelo, para de me olhar desse jeito e me escute! — Sim, menino, não precisa gritar, sou velha, mas não sou surda. — resmungou, batendo-lhe com o pano que carregava nas mãos. — Consuelo,
O atentado ocorrido em um hotel de Nova Iorque anos antes, era um espinho na carne do FBI, um fato indigesto para os agentes envolvidos no caso, uma vergonha para o governo norte-americano, mas sobretudo para Marcus e Ghost, por falharem em pegar Polonov, e pessoas inocentes morreram em decorrência desse erro. Marcus colocou a Kris no lugar e pegou uma nova e pequena faca, do tamanho da palma de sua mão, a lâmina curva como a garra de um felino, possuía um orifício circular por onde Marcus passou o dedo indicador deixando a faca quase invisível em seu punho. — Essa pequena, mas mortal arma é a Karambit, acredita-se que ela foi inspirada nas garras do Tigre de Sumatra. — Marcus falava com orgulho e conhecimento — O que eu mais gosto nela é que meu oponente nem percebe que ela está aqui. E se eu te disser que esta pequena adaga é mais mortal do que a outra e que com apenas três movimentos posso te dar a morte mais dolorosa e lenta do que você possa imaginar? — perguntou chegando perto