Absorvi o olhar de admiração de Maeve, como se fosse uma droga. Seus lábios levemente separados, a respiração ofegante, o coração disparado… e o seu cheiro. Eu sabia que ela me queria. E por Deus, como eu a desejava.
A atração sempre existiu, mas depois de ter visto ela em perigo no mercado, algo em mim mudou. Provavelmente eram meus instintos protetores confundindo as coisas. Afinal, esse era o meu trabalho agora.
Independente do que eu sentisse, quando eu olhava em seus olhos, eu via Robert. E lembrava que Blake estava refém dele.
-Aqui. - enchi minha mão de sangue, me aproximando dela. -Agora só precisamos fazê-los acreditar que você me ajudou.
Ela tocou minha mã
MaeveEu vi pelo modo como seus olhos brilharam que algo estava errado. Com a mesma intensidade que ele me cercou, ele me deixou, a sensação de vazio já se apossando de mim. Ignorei-a, me voltando para Trevor. Ele invadiu meu quarto como se fosse atacar alguém e eu não tinha dúvidas de que era isso que ele queria.-Trevor.Chamei e recebi só um grunhido como resposta. Seu corpo estava de costas para mim, trêmulo, no mais completo descontrole. Fui até ele, tocando de leve em seu braço e enviando as descargas de cura para que ele se acalmasse.Um minuto depois ele se afastou, irritado mas já mais controlado.-T
Maeve-Foi seu primo.Pisquei algumas vezes, olhando-o como se ele fosse maluco.-Do que você está falando?Trevor me olhou, linhas de expressão aparecendo em sua testa.-Ethan. Passei a manhã toda com ele, qualquer um saberia dizer que ele esteve no seu quarto. - eu não respondi, mantendo os olhos na estrada. -Ele é filho de Lucien. - ele completou vendo minha confusão.Agora que ele tinha mencionado o parentesco, os dois realmente se pareciam.-Eles estão nos monitorando. -declarei, ainda sem olhá-lo. - O cheiro no quarto,
MaeveEu estava pronta para dar uma cotovelada, quando um burrito surgiu na minha frente. Encarei o enrolado por alguns instantes, até sentir uma risada rouca em meu pescoço.-Nunca pensei que era só te dar comida para mandar em você.Pisei com tudo em seu pé.-Caralho, Maeve! - Trevor xingou, me soltando.-Me dá isso aqui. - peguei o burrito da sua mão, me virando para ele. -Precisava ter me assustado assim?Ele parou, os olhos azuis brilhando com satisfação.-O que você teria feito se eu não estivesse aq
MaeveEntrei no quarto, trancando a porta atrás de mim. Isso não manteria nem o lobisomen mais fraco longe, mas quem quer que tentasse invadir a minha privacidade teria que fazer um estardalhaço para isso.Deitei na cama, pegando meu celular para me focar em qualquer coisa que não fosse Trevor. Digitei “Ryan Smith e Robert Daniel Smith” no buscador, me perguntando se Ryan teria apenas o sobrenome da mãe, como Robert tinha feito comigo, porém logo descobri que estava errada.Ryan aparecia em várias fotos ao lado do pai, sempre com um sorriso galante e o cabelo preto perfeitamente penteado para trás. Ele era apenas três anos mais novo que e
MaeveO toque dos seus lábios me fez estremecer. Eram incrivelmente macios e habilidosos, tomando minha boca na sua com urgência, explorando-me sem piedade. Demorei apenas um segundo para me acostumar com a proximidade entre nós, intensificando o beijo à medida que Trevor me puxava para si.Suas mãos exploraram meu corpo, agarrando meu cabelo com firmeza enquanto abria caminho para meu pescoço. Ele depositou beijos por toda a pele exposta, dando pequenas mordidas até chegar ao lóbulo da orelha. Ele se demorou ali, fazendo um gemido escapar de meus lábios.-Se você quebrar a maldição, prometo te recompensar ainda mais. - ele disse, sua risada grave quente em meu ouvido. MaeveEra perto das três da manhã e eu ainda olhava para o panfleto da Casa Lótus. Esperava por Trevor no estacionamento do hospital com a foto da minha avó aberta no celular, comparando a flor da logo com a do robe de banho que ela usava. Passei o plantão todo checando as duas imagens, como se elas fossem sumir ou mudar de forma se eu não o fizesse.Me inscrevi como voluntária da Casa Lótus no meu intervalo, ainda sem acreditar no que estava acontecendo. Parte de mim se mantinha racional, lembrando a mim mesma que aquela era uma coincidência grande demais para ser verdade. Mas a outra parte gritava para que eu corresse para o lar de idosos e encontrasse minha avó.No fim das contas, eu teria que esperar pelo dia dCapítulo 20
TrevorAcelerei pela estrada de terra, usando o falatório de Amy como distração. Dava alguns sorrisos aqui e ali, assentindo de vez em quando e fazendo comentários maliciosos, o tipo de atitude que fazia ela continuar a falar, cada vez mais animada. Qualquer um que nos visse, diria que eu estava cem por cento interessado.Mas por dentro tudo o que eu sentia era raiva.Meus ombros pareciam feitos de pedra de tanta tensão, as mãos ainda trêmulas mesmo depois de termos saído há quase meia-hora da mansão. Queria quebrar algo, xingar, descontar minha raiva em algo. Tudo isso porque por pouco eu não ataquei James, arrancando aquele sorriso bobo da sua cara lambida. MaeveRobert: Conto com a sua cooperação amanhã.Reli a mensagem de Robert pela trigésima vez desde que a recebi na noite anterior. Eu havia enviado meu relatório como sempre, e mais uma vez nenhuma foto veio, apenas a mensagem. Eu sabia bem o que significava - Robert viria ao encontro de líderes e esperava que eu seguisse conforme o plano.Passei a noite toda acordada, a ideia de reencontrá-lo me assombrando. Assim que o sol apareceu, desisti de tentar dormir e fui para a cozinha. Estava vazia, James provavelmente já tendo ido para o restaurante preparar tudo para o almoço dos Alfas. Pensar nele me fez corar, a lembrança do nosso beijo aparecendo pela primeira vez depois de ontem. Passamos uma Capítulo 22