Era perto das três da manhã e eu ainda olhava para o panfleto da Casa Lótus. Esperava por Trevor no estacionamento do hospital com a foto da minha avó aberta no celular, comparando a flor da logo com a do robe de banho que ela usava. Passei o plantão todo checando as duas imagens, como se elas fossem sumir ou mudar de forma se eu não o fizesse.
Me inscrevi como voluntária da Casa Lótus no meu intervalo, ainda sem acreditar no que estava acontecendo. Parte de mim se mantinha racional, lembrando a mim mesma que aquela era uma coincidência grande demais para ser verdade. Mas a outra parte gritava para que eu corresse para o lar de idosos e encontrasse minha avó.
No fim das contas, eu teria que esperar pelo dia d
TrevorAcelerei pela estrada de terra, usando o falatório de Amy como distração. Dava alguns sorrisos aqui e ali, assentindo de vez em quando e fazendo comentários maliciosos, o tipo de atitude que fazia ela continuar a falar, cada vez mais animada. Qualquer um que nos visse, diria que eu estava cem por cento interessado.Mas por dentro tudo o que eu sentia era raiva.Meus ombros pareciam feitos de pedra de tanta tensão, as mãos ainda trêmulas mesmo depois de termos saído há quase meia-hora da mansão. Queria quebrar algo, xingar, descontar minha raiva em algo. Tudo isso porque por pouco eu não ataquei James, arrancando aquele sorriso bobo da sua cara lambida. MaeveRobert: Conto com a sua cooperação amanhã.Reli a mensagem de Robert pela trigésima vez desde que a recebi na noite anterior. Eu havia enviado meu relatório como sempre, e mais uma vez nenhuma foto veio, apenas a mensagem. Eu sabia bem o que significava - Robert viria ao encontro de líderes e esperava que eu seguisse conforme o plano.Passei a noite toda acordada, a ideia de reencontrá-lo me assombrando. Assim que o sol apareceu, desisti de tentar dormir e fui para a cozinha. Estava vazia, James provavelmente já tendo ido para o restaurante preparar tudo para o almoço dos Alfas. Pensar nele me fez corar, a lembrança do nosso beijo aparecendo pela primeira vez depois de ontem. Passamos uma Capítulo 22
MaeveTrevor estacionou seu jipe em frente ao restaurante, me oferecendo um sorriso encorajador. Seus olhos azuis estavam quase pretos, a intensidade de seu olhar roubando meu ar. Respirei fundo, arrumando a postura em uma tentativa de aumentar minha confiança.-Ei, vai ficar tudo bem.Eu fiz que sim com a cabeça, abrindo a porta do carro, mas ele me parou, segurando meu pulso.-Qualquer coisa que você precisar, é só me chamar. Qualquer coisa.Seus olhos encontraram com os meus, roubando um sorriso de mim e me fazendo relaxar um pouco. Ele me observou por um segund
MaeveAinda de joelhos no chão, foquei toda minha energia em me manter calma. Uma única batida descompassada e eles desconfiariam que eu sabia algo sobre o usuário de magia curativa. Ou pior, descobririam que a usuária era eu.E então seria o meu fim.-É impossível. - Lucien declarou, falando pela primeira vez durante a reunião. -Você sabe melhor do que ninguém, Leona, que a cura só se dá pela alquimia, não pela magia.Leona sorriu, desviando o olhar de mim para Lucien.-Não se trata de uma magia comum. -ela cruzou os braços, os olhos desconfiados caindo sobre ele. -Mas não
Capítulo 25MaeveMeu coração parecia que ia sair pela boca.Qualquer controle que eu tinha se evaporou ao ler as mensagens, o medo tomando conta de mim. Olhei ao redor, procurando uma rota de fuga que me levasse a Trevor, sem nem saber se ele conseguiria me ajudar, mas precisando da sua presença.Olhando ao redor, procurei por uma rota que me levasse para longe dali, que me fizesse ganhar tempo antes de encontrar Robert. Sabia que vovó estaria em apuros se eu não fosse, mas adiar o encontro parecia a única opção. Se eu encontrasse Robert sem ter um plano para mim nessa guerra, ele faria o que quisesse comigo.Me levant
MaeveFazendo uma barreira entre mim e Robert, Trevor tremia incontrolavelmente, a raiva alterando sua voz.-Você está bem? - perguntou ele sem se virar, sua atenção completamente em Robert se levantando do outro lado da clareira.Em um pico de adrenalina, me coloquei de pé. A dor em minhas costelas me fez arfar e eu cambaleei um pouco. Dessa vez Trevor se virou ligeiramente para trás, os olhos adquirindo o tom brilhante do lobo. Sorri para ele, segurando minha barriga com uma das mãos para manter o osso quebrado no lugar.-Estou ótima. - respondi enquanto fitava Robert, erguendo o rosto em desafio.-Eu avisei para não tra
MaeveSua boca era exigente contra a minha, demandando que me abrisse para ele. Firmou a mão livre em minha nuca, puxando todo meu corpo contra o dele. O senti por completo, como quando o curei, mas dessa vez ele estava ali de verdade, não apenas no meu subconsciente. Me movi dominada pelo desejo, colando mais nossos corpos, a vontade de tê-lo comigo mandando até a dor embora.Então ele parou.-Vamos.Dessa vez não protestei, deixando que ele me ajudasse a chegar no carro. Para nossa sorte, o estacionamento estava vazio, todos ocupados demais do lado de dentro para nos notar. Entrei no carro, fechando os olhos e me concentrando em minha própria cura. Demorou mais do que o normal, o oss
MaeveEm uma velocidade sobre humana, Trevor me pegou no colo, suas mãos possessivas agarrando minha bunda. Ele avançou comigo para o sofá, me deitando e colando o seu corpo sobre mim. Era estranho pensar que finalmente estávamos naquela posição, depois de eu ter secretamente fantasiado com aquilo. Toda vez que eu o curava, meu subconsciente explorava o seu corpo, me dando amostras tentadoras do que eu estava perdendo.Mas agora tudo era real.Perigosamente real.Me agarrei em seus cabelos, retribuindo o beijo. Cada centímetro de mim urgia por ele, a proximidade só tornando tudo mais intenso. Seus beijos já não eram o suficiente e eu precisava de mais. Me contorci