-Foi seu primo.
Pisquei algumas vezes, olhando-o como se ele fosse maluco.
-Do que você está falando?
Trevor me olhou, linhas de expressão aparecendo em sua testa.
-Ethan. Passei a manhã toda com ele, qualquer um saberia dizer que ele esteve no seu quarto. - eu não respondi, mantendo os olhos na estrada. -Ele é filho de Lucien. - ele completou vendo minha confusão.
Agora que ele tinha mencionado o parentesco, os dois realmente se pareciam.
-Eles estão nos monitorando. -declarei, ainda sem olhá-lo. - O cheiro no quarto,
MaeveEu estava pronta para dar uma cotovelada, quando um burrito surgiu na minha frente. Encarei o enrolado por alguns instantes, até sentir uma risada rouca em meu pescoço.-Nunca pensei que era só te dar comida para mandar em você.Pisei com tudo em seu pé.-Caralho, Maeve! - Trevor xingou, me soltando.-Me dá isso aqui. - peguei o burrito da sua mão, me virando para ele. -Precisava ter me assustado assim?Ele parou, os olhos azuis brilhando com satisfação.-O que você teria feito se eu não estivesse aq
MaeveEntrei no quarto, trancando a porta atrás de mim. Isso não manteria nem o lobisomen mais fraco longe, mas quem quer que tentasse invadir a minha privacidade teria que fazer um estardalhaço para isso.Deitei na cama, pegando meu celular para me focar em qualquer coisa que não fosse Trevor. Digitei “Ryan Smith e Robert Daniel Smith” no buscador, me perguntando se Ryan teria apenas o sobrenome da mãe, como Robert tinha feito comigo, porém logo descobri que estava errada.Ryan aparecia em várias fotos ao lado do pai, sempre com um sorriso galante e o cabelo preto perfeitamente penteado para trás. Ele era apenas três anos mais novo que e
MaeveO toque dos seus lábios me fez estremecer. Eram incrivelmente macios e habilidosos, tomando minha boca na sua com urgência, explorando-me sem piedade. Demorei apenas um segundo para me acostumar com a proximidade entre nós, intensificando o beijo à medida que Trevor me puxava para si.Suas mãos exploraram meu corpo, agarrando meu cabelo com firmeza enquanto abria caminho para meu pescoço. Ele depositou beijos por toda a pele exposta, dando pequenas mordidas até chegar ao lóbulo da orelha. Ele se demorou ali, fazendo um gemido escapar de meus lábios.-Se você quebrar a maldição, prometo te recompensar ainda mais. - ele disse, sua risada grave quente em meu ouvido. MaeveEra perto das três da manhã e eu ainda olhava para o panfleto da Casa Lótus. Esperava por Trevor no estacionamento do hospital com a foto da minha avó aberta no celular, comparando a flor da logo com a do robe de banho que ela usava. Passei o plantão todo checando as duas imagens, como se elas fossem sumir ou mudar de forma se eu não o fizesse.Me inscrevi como voluntária da Casa Lótus no meu intervalo, ainda sem acreditar no que estava acontecendo. Parte de mim se mantinha racional, lembrando a mim mesma que aquela era uma coincidência grande demais para ser verdade. Mas a outra parte gritava para que eu corresse para o lar de idosos e encontrasse minha avó.No fim das contas, eu teria que esperar pelo dia dCapítulo 20
TrevorAcelerei pela estrada de terra, usando o falatório de Amy como distração. Dava alguns sorrisos aqui e ali, assentindo de vez em quando e fazendo comentários maliciosos, o tipo de atitude que fazia ela continuar a falar, cada vez mais animada. Qualquer um que nos visse, diria que eu estava cem por cento interessado.Mas por dentro tudo o que eu sentia era raiva.Meus ombros pareciam feitos de pedra de tanta tensão, as mãos ainda trêmulas mesmo depois de termos saído há quase meia-hora da mansão. Queria quebrar algo, xingar, descontar minha raiva em algo. Tudo isso porque por pouco eu não ataquei James, arrancando aquele sorriso bobo da sua cara lambida. MaeveRobert: Conto com a sua cooperação amanhã.Reli a mensagem de Robert pela trigésima vez desde que a recebi na noite anterior. Eu havia enviado meu relatório como sempre, e mais uma vez nenhuma foto veio, apenas a mensagem. Eu sabia bem o que significava - Robert viria ao encontro de líderes e esperava que eu seguisse conforme o plano.Passei a noite toda acordada, a ideia de reencontrá-lo me assombrando. Assim que o sol apareceu, desisti de tentar dormir e fui para a cozinha. Estava vazia, James provavelmente já tendo ido para o restaurante preparar tudo para o almoço dos Alfas. Pensar nele me fez corar, a lembrança do nosso beijo aparecendo pela primeira vez depois de ontem. Passamos uma Capítulo 22
MaeveTrevor estacionou seu jipe em frente ao restaurante, me oferecendo um sorriso encorajador. Seus olhos azuis estavam quase pretos, a intensidade de seu olhar roubando meu ar. Respirei fundo, arrumando a postura em uma tentativa de aumentar minha confiança.-Ei, vai ficar tudo bem.Eu fiz que sim com a cabeça, abrindo a porta do carro, mas ele me parou, segurando meu pulso.-Qualquer coisa que você precisar, é só me chamar. Qualquer coisa.Seus olhos encontraram com os meus, roubando um sorriso de mim e me fazendo relaxar um pouco. Ele me observou por um segund
MaeveAinda de joelhos no chão, foquei toda minha energia em me manter calma. Uma única batida descompassada e eles desconfiariam que eu sabia algo sobre o usuário de magia curativa. Ou pior, descobririam que a usuária era eu.E então seria o meu fim.-É impossível. - Lucien declarou, falando pela primeira vez durante a reunião. -Você sabe melhor do que ninguém, Leona, que a cura só se dá pela alquimia, não pela magia.Leona sorriu, desviando o olhar de mim para Lucien.-Não se trata de uma magia comum. -ela cruzou os braços, os olhos desconfiados caindo sobre ele. -Mas não