Uma mão no meu ombro me fez sobressaltar, despistando meus pensamentos, por alguns poucos segundos, sobre incapacitar Liam Harrison de reproduzir – vai, era uma ideia encantadora. A mulher apertou os dedos um pouco em meu ombro. Não era Marcela. Não que eu fosse tão maníaco a ponto de reconhecer o seu toque para saber, mas...
Talvez eu fosse e daí?
Eu me virei para ver quem era e Margot estava ali com um sorriso enorme. Que bom, dessa vez ela estava vestida. Eu me deixei fazer uma careta cética. Margot era a última coisa que eu precisava hoje. Ótimo, tudo já está muito confuso, vamos colocar a ex-noiva traidora com a qual ele transou no dia anterior junto a ele e ver no que dá?
Quem aposta que o condenado irá ruir? Quem aposta que ele não vai aguentar por muito tempo? Muito obrigado humanidade e seu m
Marcela Gear WhiteHá pouco mais de um mês que aquilo estava acontecendo. Eu estava cansada de pairar ao seu redor como se fosse o seu satélite, cansada de fingir para todos aquela situação e fingir para mim que tudo ficaria bem, mesmo quando eu fingia o que sentia para que ele "esquecesse". Eu estava extremamente cansada.Ninguém entendia. Rick há tanto que não falava comigo, como se tivéssemos nos tornado estranhos por eu ter tomado uma má decisão. Ela achava que eu tinha ignorado tudo o que ele tinha falado e continuado com aquela insanidade, mesmo que isso lhe traísse, que lhe contrariasse. Ele me achava tão ou mais tola do que Samuel tinha afirmado que eu era.Não tinha cabimento. Um acordo com o demônio seria menos cruel, por certo. Além disso, havia aquele sentimento opressor dentro de mi
- Marcela White. – ele falou irônico. – A última pessoa que eu apostaria em ver. – eu fiz careta enquanto saia do elevador e ouvia o barulho do mesmo fechando. – Espero que não esteja aqui porque o seu namorinho terminou de novo. Eu não estou com paciência para sexo de consolo hoje, acredite. – ele falou de mau humor.- Pode apenas me escutar por um momento? – falei com urgência, ignorando as suas palavras ofensivas. Ele me observou por um momento ou dois e abriu a sua porta, fazendo menção com a cabeça para que eu entrasse.Entrei no apartamento organizado. Não encontrei lá dentro qualquer mulher e achei aquilo um momento raro.Dirigi-me ao sofá, lembrando-me da última vez que estive no mesmo, mas em uma situação bem mais agradável. Ele respirou fundo e se sentou à poltrona, olhando-me friamente.Eu conte
Quarta feira à tarde. Eu andava de um lado para o outro a frente do prédio de Liam. Não tinha conseguido falar com ele, afinal, queria Samuel comigo durante aquele momento e a universidade não era mesmo um bom palco para aquele tipo de show que poderia mesmo vir a ser horrendo.Não que me sentisse despedaçando o seu coração – em partes, eu o estava fazendo sim –, apenas sentia que não ia ser algo agradável e não queria mesmo passar por aquilo sozinha, não quando eu me sentia bem mais segura com Samuel e a sua certeza muda de que ele podia cuidar de tudo.Mas ele estava atrasado. E eu quase fazia um buraco no chão, ferindo-o com meus passos duros e exigentes que iam de lá para cá com constância. Sentia-me meio enjoada enquanto outra parte de mim dançava a “Macarena” por aquilo acabar. C
- Não seja um covarde! – Samuel bradou. – Ameace direto a mim. Acha que vai conseguir que ela fique por quanto tempo ao seu lado por medo? Satisfaz a você que ela deite ao seu lado pensando em mim? – ele era tão convencido... Podia ser verdade, mas podia mostrar menos as minhas falhas não?- Você se acha muito... – Liam desprezou.- Eu tenho muitos motivos. – Samuel rebateu com um sorriso orgulhoso. – Afinal, é a mim que sua garota ama.- Você é burra, Marcela? Ele não liga para você. Ele só quer te ter em sua cama. – ele a lançou para mim.- Não acho que isso seja sua jurisdição. – Samuel falou duro. Sem negar, porém. – Era o que tínhamos para falar, Harrison. – Liam abriu a boca para protestar. – Faça o que desejar. Eu não vou deixar que fira Marcela no caminho
As minhas unhas se cravavam na cadeira em que eu me sentava, por debaixo do estofado. Eu me sentia meio nauseada com os olhos da diretora Green, do reitor da universidade, o senhor Collins, e de Liam sobre mim. A porta atrás de mim foi aberta e eu pude ouvir os seus passos entrando na sala.– Bom dia, senhores. – ele falou, polido. – Senhorita Green. – eu sentia os seus olhos pesando sobre mim. – Marcela...Eu me senti grunhir. Esperava não o ter externado como pensava ter feito. Não tinha tido um boa noite de sono por causa dele e aquilo deixava o meu humor ainda pior do que deveria estar ao descobrir que o homem que você supostamente ama, que não é certo para você de modo algum – e mesmo assim o ama – é incapaz de te amar de volta, mesmo que minta sobre fazê-lo. Que ele está com outras como você estava a esper
– Eu não tenho nada para ouvir. – falei, voltando-me contra a porta para poder sair. Ele se colocou a minha frente.– Vou precisar fazer escândalo para sair daqui?– Você não quer me ter longe, Marcela. – ele falou convicto.– Estranho. Não acho que leia a minha mente tão bem assim. – na verdade, era assustador que soubesse daquilo. – Agora, se me dá licença...– Eu não dou. Você vai me ouvir antes de sair dessa sala. – ele falou mandão.– Não acha que estranharão quando nos virem aqui sabendo de nosso antigo relacionamento, professor? – perguntei pirracenta. – Estamos terminados, lembra?– Não precisamos estar. – ele falou baixo.&nda
Samuel Lewis Morris.Ela me olhava pasma, como se esperasse que ao beliscar o seu braço eu fosse apenas sumir. Ela fechou a expressão quando lhe sorri e imaginei que estava mesmo odiando que eu estivesse ali. Mas em que outro lugar estaria? Em meu apartamento que parecia tão vazio, sobre corpos de outras mulheres – que não eram nem mesmo um décimo do quanto ela era minha – ou ainda em meu querido laboratório que era onde tudo aquilo tinha começado?Na verdade, não imaginava estar em outro lugar senão com ela naquele exato momento. Não queria estar. Claro que ela tinha sido clara, perfeitamente clara ao me negar por mais uma vez. Claro que ela tinha sido clara quanto ao fim daquilo, de nós. Mas desde quando levava com seriedade algo que Marcela me dizia? Desde quando eu a obedecia, aceitava os seus nãos?Ela a
Agora, ele estava lá embaixo. Eu ouvia o som de suas risadas em um papo bem animado com minha mãe enquanto o meu coração disparava. Claro que o meu pobre coração estava disparado. Seu professor que é um deus grego da beleza, insuportável, canalha, cafajeste, egoísta, mentiroso e manipulador está em sua casa. O problema?Você está perdidamente apaixonada por ele. O problema maior? Ele é um filho da puta que não consegue se manter dentro das calças e que não conseguiu se manter fiel a alguém como você e decidiu se casar com outra mulher enquanto diz te amar. Ele é a droga do filho dos seus padrinhos, alguém que foi criado ali naquela casa, alguém que você tinha como um ídolo, como o planeta ao qual você servia de satélite.Lá estava eu, sentindo o meu estômago doer e tendo a certeza que n&a