- Bem, não espero muitos problemas com relação a isso. Elas costumam tirar boas notas. – claro, todas dormiam com ele mesmo. Sim, eu estava atônita ainda. – É, tudo muda. – fitava as minhas mãos como se elas estivessem diferentes. Não estavam. De fato, se ousasse fita-lo, acho que encararia a marca bem definida que logo ficaria púrpura com uma expressão total de repreensão e nojo. Para alguém que não parecia ser muito meu fã, não era um bom movimento. – Nunca imaginei que passaria tanto tempo em um laboratório de Química.
- Seria interessante ver essa mudança. – minha mãe riu, animadamente. O que tinham colocado em seu café?
Drogas? – Tenho certeza que você é ótimo no que faz, querido. Você era muito dedicado ao que gostava. – como um estalo ela pareceu se tocar da palavra
Três dias depoisOs outros dias tinham se passado tranquilamente. Os meus outros professores eram tranquilos e bons no que faziam. Já tinha uma tonelada de trabalhos para fazer, o que ditava que o ritmo ali seria alucinante e bem diferente da época do colégio – eu já sentia falta dos trabalhos em grupos de dez, sério.Liam não tinha mais ido naquela semana e eu acreditei que só o tinha feito no primeiro dia para ajudar os novatos. Era péssimo. Como se já tivesse se acostumado a tê-lo por perto mais uma vez, eu parecia frustrada toda vez que eu entrava naquele refeitório e não o via na mesa mais ao canto. Bem, eu estava sendo grudenta, eu sei.Mas deixando Liam de lado, agora eu estava frente ao laboratório de Química sem saber o que fazer a seguir.Para piorar tudo, à
- Bem, não vou estragar meu dia por causa de alguém como ele. – falei quase determinada, enquanto observava a minha casa a menos de uma quadra.- Se eu fosse você, não estragaria mesmo. – ela falou em meio a devaneios.Eu só entendi o que queria dizer quando a vi acenando para alguém que estava encostado junto a um carro parado em frente a minha casa. Eu senti o meu corpo se aquecer em uma animação muda quando percebi que era Liam. Sim, era tudo que eu precisava para deixar meu dia alegre.As passadas foram se tornando compridas – porque não seria legal correr até ele – até chegar a minha casa e, consequentemente a ele. Ele me abraçou apertado como se fizesse tempos que não nos víamos e eu me perguntei desde quando éramos tão próximos, mesmo que eu não esti
Uma semana depoisE aqui estava eu, à sombra de uma das árvores mais longes no estacionamento, enroscada em seu abraço gostoso. Era impressionante como eu podia sentir falta dos momentos que nunca antes tinha tido, como se passar mais algum segundo de minha vida sem aquele pedacinho de paraíso fosse o maior sacrilégio de todos.- Não é um lugar muito inteligente para nos agarrarmos, sabe Maddie? – ele riu enquanto colocava o meu cabelo para trás de minha orelha. – Se o que dizem sobre o melhor esconderijo ser à vista de todos, então estamos mesmo fazendo isso certo.- Está com medo de Rick, Li? – eu pirracei e recebei um rolar de olhos de volta.- Bem, meu olho roxo ainda dói, sabe? – ele deu de ombros e eu ri, passando os meus dedos pelo local ainda meio arroxeado. Os &oacut
Eu não merecia aquilo! Tinha um alvo em minhas costas? Eu tenho certeza que minha passagem para o céu estava garantida, então tinha o direito de expressar minha revoltada e manda-lo para um lugar desagradável? Eu esperava que sim, afinal, minha mente já não respondia aos meus comandos antes de amaldiçoá-lo.- Engula seus pontos de presença, Samuel. – eu falei irada e dei as costas para ele. Eu quase podia afirmar que em seu rosto bonito surgira um meio sorriso.Não sabia como alguém podia ter prazer em azucrinar tanto a vida do outro, mas, com certeza, tornar a minha vida um inferno era o melhor passatempo dele. Ele parecia gostar, fazer até de propósito. Sério, ele não tinha mais nada para fazer na vida não? Se me livrasse de seu comportamento bizarro, que ficasse à vontade em olhar os decotes alheios, dar em cima das alunas ou fazer qualquer co
Samuel Lewis Morris, Oryon CityEla descia e subia em meu corpo em um ritmo frenético. Nossos corpos se chocavam com voracidade, com fome um do outro. Ela tinha a cabeça voltada para trás, deixando as pontas de seus cabelos encaracolados e castanhos roçando em minhas pernas nuas. Os seus olhos da cor do mel estavam cerrados com força e um sorriso surgia entre os seus lábios e se revezava entre caretas e gemidos altos.Suas coxas bem definidas estavam uma em cada lado de meu corpo e se tencionavam toda vez que ela subia, deixando entre nossos corpos um espaço não antes existente. Seus músculos se tencionaram e por seu corpo espasmos se passaram como se ela sofresse uma forte descarga elétrica. Respirou profundamente, tentando controlar a respiração ofegante, enquanto os gemidos seriam ouvidos por meu vizinho.Eu nã
- Por que não revisa a matéria? – falei sem ideias e ela me fuzilou com o olhar de um verde infindo. Certo, ela queria me matar. Ótimo, assim poupava o trabalho de meu corpo que me torturava e queria fazer o mesmo só que aos pouquinhos.- Seb... Professor Morris, nós dois sabemos que eu já sei essa matéria. – ela falou certa de si. Era verdade, ela sabia. – Por que não me aplica logo essa prova e nos libera da situação desagradável? – era também para ela?Espera, por que era para ela?- Não acho que eu possa fazer isso pelas regras da universidade. – era verdade. Ótimo, tinha armado para mim mesmo uma armadilha. Genial mesmo, Samuel. – Está com pressa, White? Não acho que o seu namoradinho vai querer muita conversa com você hoje. – o que? Eu prec
Marcela Gear WhiteEra um universo totalmente paralelo. Na verdade, parecia uma bolha particular, uma parte de um mundo inexplorado que compreendia apenas os nossos corpos. Não sentia os meus pés no chão, eu me sentia levitar, leve como uma pena. Era como cair de uma nuvem, sem parada e eu nunca tinha me sentido daquela forma antes.Não era um beijo, era um mundo inteiro. Tudo se passava por minha cabeça, milhões de sensações diferentes que eu nem posso descrever. Era como ver o mundo pela primeira vez, sentir a chuva pela primeira vez, ouvir, ver, sentir como algo inédito. Era tudo para lá de inédito e todas as sensações que me abrasavam imploravam para que aquele momento nunca acabasse, nunca partisse.Maldição! Estava enfeitiçada, só podia. Seus lábios nos meus dançavam
Não consegui desgrudar meus olhos do professor até que o carro de Liam em movimento me impedisse a visão.Em seu rosto se formou um sorriso sarcástico como se também me culpasse por mentir, por fingir que tudo estava bem.Eu estava mesmo me sentindo a pior das criaturas do universo naquele momento.Fomos para o seu apartamento, para a minha total infelicidade. Seguíamos o combinado de assistirmos algum filme mais tarde, mas eu esperava que tivesse algum tempo sozinha para conseguir digerir aquilo, para não ter que mentir para ele como agora mentia. Eu não era mesmo boa em mentir.Nós entramos pela garagem e subimos até o décimo andar. Liam ali conversava sobre coisas banais, divertidas, como se para esquecermos o nosso momento anterior. Ele tinha enterrado aquele seu ciúme, a sua crítica, a s