Enquanto Mônica preparava o café da manhã na cozinha, Rubem estava parado na porta, olhando fixamente para ela. O olhar dele não desviava por nada. Mônica, ao perceber que ele ainda estava lá, olhou para trás várias vezes. Aquilo estava começando a deixá-la desconfortável. Ela suspirou, sem paciência, e falou: — Tio, por que você não pega um jornal para ler? Dá uma olhada nas notícias, pode ser? Rubem continuava a encará-la, e isso fazia com que Mônica não conseguisse nem mexer direito as mãos. “Será que ele bateu a cabeça? Esse homem tá cada vez mais esquisito...” Ao ouvir o pedido, Rubem deu meia-volta e foi até o sofá. Quando ele finalmente saiu, Mônica sentiu que o ar ao seu redor parecia ter ficado mais leve. Mas a paz não durou muito. Depois de alguns minutos, ele voltou, parou na porta e disse, com uma expressão séria: — Eu li o jornal, mas ele não é tão interessante quanto você. Mônica não conseguiu evitar. Seu rosto ficou vermelho na hora. Desde quando ele ficou
Lavar o cabelo de alguém não era uma tarefa difícil para Mônica. Ela fazia o trabalho com habilidade, perguntando de vez em quando se Rubem queria que ela aplicasse mais força. — Tio, não se mexe. Abaixa mais a cabeça. — Mais um pouco. — Mônica inclinou-se e acabou encontrando os olhos profundos de Rubem. Seu coração deu um salto, mas ela logo disfarçou, falando com um tom levemente irritado. — Fecha os olhos, senão a espuma vai entrar neles. Rubem continuou olhando para ela, com um olhar calmo e cheio de ternura. — Amor, você é tão bonita. Mônica sentiu as palavras atingirem diretamente seu coração. Ela não conseguiu responder. Não tinha resistência nenhuma a ele, e aquela frase simples foi o suficiente para fazer suas orelhas ficarem vermelhas. Sempre que estava diante de Rubem, parecia que ela perdia o controle de si mesma. Uma única palavra dele tinha o poder de fazer seu coração bater tão rápido que parecia querer escapar do peito. Depois de terminar de lavar o cabelo
— Rubem, você está exagerando! Eu nunca mais vou te visitar! — Íris disse furiosa e largou essas palavras, se virando para sair.Antes mesmo de chegar à porta, porém, ela voltou.— Íris, não se abale comigo. — Mônica ficou alerta quando viu ela se aproximando. — Essas palavras foram ditas por Presidente Rubem, não tenho nada a ver com isso.Íris simplesmente tirou um cheque do bolso e o jogou em seus braços:— Mônica, você acha que vou te chamar de cunhada? Continue sonhando! Nunca vai acontecer!— Além disso, Lobo já terminou com você. Não continue o prendendo.— Aqui está a indenização pelo término!Íris balançou seus cabelos e saiu com ar altivo, batendo saltos altos no chão.Mônica olhou para esse cheque. Era o mesmo valor que da última vez, vinte milhões de reais. Mas ela ficou confusa, pensando em quem ao lado de Íris estaria a usando como escudo.Quando viu Rubem tão calmo, Mônica balançou o cheque e perguntou: — Você acredita que eu esteja namorando dois homens ao mesmo tempo?
Então, através das gravações, Francisco viu Rubem, bêbado e meio tonto, conversando com Mônica, colocando sua cabeça na barriga dela e, em seguida, Conrado abrindo a porta.Depois disso, eles foram para o restaurante jantar.Em seguida, alguns executivos do Grupo Pimentel chegaram e todos foram para a sala de reuniões....Francisco assistiu ao monitoramento com Rubem o tempo todo. Ele fez um som de aprovação, com um sorriso malicioso para Rubem:— Olha, irmão, você foi muito bom. Mônica já está grávida!Rubem olhou para ele com desprezo:— Quer que eu costure sua boca?Francisco imediatamente desviou seu olhar para outro lugar.Só depois de terminar de assistir às gravações, Rubem olhou para a tela parada, com a expressão no rosto ficando desconfortável.Ele também tinha acabado de acordar do efeito do álcool na sala de estar, percebeu que Francisco estava zombando dele, mas não conseguia se lembrar do que tinha feito. Então foi ver as gravações. Não imaginava que... houvesse tanto co
Mônica ficou confusa.O que seria que Francisco havia dado para ela, para ser tão misterioso assim?Rubem perguntou: — O que foi?— Nada, sistema de celular me enviou notícias sem valor. — Mônica jogou seu celular no bolso e começou a empurrar ele para frente. — Tem muita gente na beira do lago. Vamos lá dar uma olhada!Quando chegaram ao lago artificial, Mônica viu mais de uma dúzia de donas idosas, vestidas com vestidos de dança iguais, dançando à música, com tamborins nas cinturas, os batendo enquanto dançavam. Parecia muito alegre.Mônica empurrou Rubem para encontrar um lugar para sentar e tirou uma laranja da bolsa para descascar.— Essas donas são tão animadas. Quando eu chegar à idade delas, com certeza não vou ter forças para dançar. — Ela disse e colocou um gomo de laranja na boca de Rubem. — Coma mais laranja. É saudável.Rubem deu uma olhadela para ela.As donas dançaram por muito tempo, estavam todo suadas, mas o sorriso em seus rostos não diminuiu nem um pouco. Algumas b
Mônica deu uma olhada casual e, ao ver boné que ele estava usando, achou familiar:— Gabriel?O menino olhou para cima, ainda com a máscara, e quando viu Mônica, seus olhos brilharam:— Mônica, que coincidência! Disse ele, começando a tirar a máscara.— Não, não! Deixa aí! — Mônica o impediu de tirar a máscara e olhou para Rubem. Ela temia que Rubem pudesse ver o rosto de Gabriel.Gabriel fez um som de compreensão e não pôde evitar:— Mas eu preciso tirar máscara para comer sorvete.Mônica ficou sem palavras.Depois de pegar sorvete, os dois foram para trás, e Gabriel finalmente tirou sua máscara.Na verdade, Gabriel estava lá para fazer um exercício ao ar livre. Passava por ali e pensou em correr algumas voltas no lago artificial antes de voltar. Não esperava encontrar Mônica enquanto comprava sorvete.— Por que você faz tanto exercício ao ar livre? — Mônica perguntou. — Essas coisas são para adultos, não exagere. Senão quando crescer não vai mais ter altura.— Não é nada, só duas ou
Aeroporto da Cidade NMaitê usava um longo casaco de vento branco que envolvia sua silhueta esguia. Parecia eficiente e bonita. Depois de terminar a chamada com filho, um sorriso gentil apareceu no rosto dela. Ela empurrou a mala e saiu do hall.Esse presente, seu filho adorável certamente ia gostar.Havia muitas pessoas no hall do aeroporto. Maitê se movia entre a multidão e, de repente, ouviu alguém chamando:— Maitê?Ela se virou e viu aquela dama elegante carregando uma bolsa de luxo roxa. Vários recordações do passado vieram à sua mente de repente e ela apertou mais forte o cabo da mala.Maitê parou e acenou educadamente: — Ana, faz muito tempo.— Eu pensei que era você pelo perfil. É mesmo você. — Ana parecia elegante, mas as suas palavras eram bem afiadas. Enquanto se aproximava, olhava Maitê de cima para baixo, com um ar de superioridade.Depois de olhar ela, Ana deu um risinho sarcástico: — São apenas quatro anos. Nunca imaginava que você se tornasse tão capaz. Você consegui
Mônica ficou paralisada.Merda, era tão cruel assim?Rubem se recostou elegantemente na cadeira de rodas, com seus olhos fixados em Mônica: — Mônica, essas suas palavras me parecem estranhas.— Ahahaha, não tem nada. Eu só estava perguntando. — Mônica tentou passar batido. — Meu irmão também é amigo deles. Ele me perguntou o que fazer e eu não sabia, então perguntei a você.— Seu irmão deveria entender como os homens se relacionam entre si. — Depois de dizer isso, Rubem ficou pensativo. — Eu esqueci que seu irmão é gay. Talvez a maneira de pensar dele seja diferente.Mônica ficou furiosa e deu um chute na cadeira de rodas dele.— Presidente Rubem, o que você quer dizer? Está discriminando os gays? Eu vou te dizer, meu irmão não tem nada de errado. Eu ficarei feliz com quem quer que ele goste. Se ele quiser ter um filho no futuro, eu vou adotar um filho para eles!— Eu não tenho intenção de discriminar eles. — Rubem explicou, um pouco frustrado, e deu uma olhadela no abdômen dela.— Po