Naquele instante, de repete, ela pensou em Rubem e naquela chamada.Devido ao problema de sua identidade, Rubem já não era bem visto pelos membros de Família Pimentel. Como havia muitas lutas internas na família, se Rubem realmente voltasse sentado na cadeira de rodas, aquelas pessoas certamente o zombariam.— Pip, pip!O som estridente de um carro atrás dela a acordou.Quando viu que a luz de semáforo havia ficado verde, ela imediatamente ligou o carro. Quando o carro ficou estável, ela ligou para Malena:— Mãe, não espere por mim para comer. Eu vou chegar tarde em casa.— Pra ficar com genro? — Perguntou Malena.Respondeu Mônica, um pouco constrangida:— Não, é pra ajudar ele a tratar de alguns assuntos. Eu volto logo depois de terminar. — Então se lembre de trazer ele com você quando voltar.Mônica ficou em silêncio.Depois de cerca de vinte minutos de carro, ela finalmente chegou à Vila de Pimentel e parou na frente da porta de ferro.Ela estava prestes a parar o carro e pedir para
Reginaldo seguiu e disse: — A propósito, Diretora Mônica é realmente fiel ao Grupo Pimentel. Cuida tão bem do primo. Se alguém não soubesse, pensaria que ela gosta do primo Rubem!As ironias sucessivas fizeram Mônica franzir as sobrancelhas.Essas pessoas pareciam estar se voltando contra ela, mas na verdade o alvo era Rubem. Ela não queria que Rubem ficasse constrangido. Quando estava prestes a falar, Conrado apertou sua mão e disse: — Não se preocupe.Mônica mordeu os lábios e não disse nada.— Diretora Mônica, sua ex-sogra está aqui. Não vai dar um oi? — Reginaldo ficou ainda mais animado. — É uma pena que ninguém saiba onde está Leopoldo. Se ele estivesse aqui, seria mais divertido.Rebeca riu e disse: — Parece que Diretora Mônica guarda rancor! Afinal, foi Leopoldo quem traiu primeiro e a sogra não a apoiou. Se fosse eu, também não diria oi para a ex-sogra.— Basta, fale menos. — Virgínia fez uma falsa tentativa de calmar.— Eu não quero fazer nada. — Rebeca pareceu magoada. —
Rebeca disse: — Eu não tenho medo de Rubem ser enganado...— Você está dizendo que Mônica tem algo de errado?— Tio, se ela tem algo de errado, todos podem ver, não precisa que eu fale. — Rebeca resmungou. — E quando eu estava grávida, não vi você tão feliz.Conrado não deu jeito e disse: — Somos família, mas você é apenas minha sobrinha, Mônica é minha nora. Claro que estou feliz que ela esteja grávida!— Tio, você está maluco? — Não apenas as pessoas da Família Pimentel ficaram com as expressões mudadas, mas Rebeca também. — Ela se casou com Leopoldo antes. Como pode se casar com Rubem agora?Já que os membros da Família Pimentel estavam insatisfeitos com a identidade de Rubem, pois ele não tinha uma posição legítima. Conrado era o chefe da família e tinha dado todos os poderes a Rubem.O que significava se Rubem tivesse um filho, todos sabiam bem.Virgínia disse calmamente: — É verdade, irmão. Além disso, Rubem tem um compromisso de casamento com asenhora da Família Bingham. Se v
Mônica se virou e começou a correr muito rápido, com o coração batendo aceleradamente.Ela realmente gostava de Rubem, especialmente depois de saber o que aconteceu na noite na Turquia. Mas quando Rubem ia dizer aquela frase, ela se assustou e só queria fugir.Quando chegou na frente da casa, Mônica ainda tinha as bochechas quentes. Estendeu a mão e apertou o botão do interfone. De repente, duas mãos apareceram por trás dela, cobriram sua boca e nariz e a puxaram para o canto.— Socorro! — Quando percebeu o que estava acontecendo, Mônica lutou com força, mas a pessoa atrás dela era muito forte.Quando a empregada abriu a porta, não havia ninguém.— Eu realmente ouvi alguém apertando o botão do interfone. — A empregada resmungou, olhou para os dois lados e, como não havia ninguém, achou que era apenas uma ilusão e logo fechou a porta e entrou na casa novamente.Mônica foi arrastada para o depósito de objetos, não muito longe da casa principal.Ela sabia que uma vez dentro, com a porta f
O que aconteceu no clube há algumas semanas, mais o que ela sofreu hoje na Família Pimentel, fez com que ele estivesse cheio de vontade de se vingar. Agora que finalmente conseguiu pegar Mônica, como poderia a deixar escapar tão fácil?Reginaldo tirou seu celular, abriu a câmera de vídeo e apontou para Mônica.Mônica sabia o que ele ia fazer e sua expressão mudou. Tentou se afastar o máximo que podia. Mas Reginaldo deu um chute forte em seu tornozelo e ela gemeu de dor.— Mônica, olhe para a câmera. — Reginaldo pisou e roía o pé dela com a sola da sua sapata, olhando para a expressão de dor de Mônica pela câmera e se sentindo muito orgulhoso. — Quando terminar de gravar, vou enviar uma cópia para você.Mônica cuspiu na câmera e xingou: — Reginaldo, você é um verme! Alguém como você é uma perda de ar enquanto vivo e de terra quando morto!Reginaldo deu um chute no seu abdômen.Mônica ficou com a respiração parada por alguns segundos de dor e se enrolou ainda mais.— Mônica, não adianta
Reginaldo gemeu de dor e soltou Mônica, caindo no chão e se contorcendo enquanto sangrava.Rubem entrou no depósito de rodas de cadeira, e Mônica, que estava deitada no chão, imóvel, com os olhos vidrados. Seu coração pareceu ter sido atingido fortemente por algo. Com esforço, ele a levantou e a envolveu em uma manta.— Não se preocupe, está tudo bem agora. — Rubem acariciou o seu cabelo e a consolou em voz suave. — Eu não vou deixar ele escapar.Ele não olhou para ninguém e saiu carregando Mônica.— Você! Você é tão burro e confuso! — Conrado estava tão bravo com esse sobrinho que parecia que ia ter um ataque cardíaco. Se virou e disse furiosamente para as empregadas. — Chamem um médico logo!Quando Rubem levou Mônica para o banheiro, percebeu que os braços dela estavam frouxos, quebrados. Inmediatamente, sua mandíbula se contraiu e ele até pensou em dar um tiro na cara de Reginaldo, no coração dele.— Vai doer um pouco, pode aguentar? — Disse Rubem.Quando tocou os ossos na mão dela,
A voz de Rubem era baixa e sedutora, cheia de encantamento.Mônica ficou vermelha, sentindo o calor do seu hálito, e gaguejou ainda mais:— Acho que não precisa.Rubem riu baixinho, seus olhos notaram as marcas vermelhas no peito dela e, ao olhar, seu olhar se tornou gélido, cheio de fúria.— Aproveite o banho. — Disse Rubem, acariciando seus cabelos. — Quando você descansar, nós resolvemos essas coisas. Desta vez, nem que o pai dele apareça, ele será salvo.Mônica não pôde deixar de comentar:— E se…— Não. — Rubem interrompeu com firmeza, sem qualquer sinal de afeto em seus olhos. — Da última vez, eu dei uma chance para ele. Mônica, a família Pimentel, mesmo que se desfaça, não tem nada a ver com você.Mônica assentiu com a cabeça.Ela só temia que Rubem fosse duro demais, que a família Pimentel se voltasse contra ele. Mas, como ele estava determinado a fazer justiça por ela, ela não se sentiria culpada. Afinal, pelo seu temperamento, ela também não deixaria Reginaldo escapar no futu
— É mesmo, o cheque ainda está na minha bolsa!Rubem pensou em algo e perguntou à Mônica:— Por que você acha que seu irmão é gay?— Foi da última vez que liguei chamando ele para jantar em casa. — Mônica resmungou. — Quem atendeu estava de muito mau-humor, parecia uma garota, falou que eu estava incomodando. Aí perguntei ao meu irmão se ele estava namorando um cara, e ele disse que era só um colega de quarto, que a voz dele era meio fina, só isso. Depois…Mônica se debruçou sobre a borda da banheira e suspirou:— Perguntei de novo, e ele ficou todo enrolado. Dá para ver que tem coisa aí.— Que dia da semana foi?— Hã? Por que perguntar isso? Acho que foi na quarta-feira.Rubem passou a mão pelo queixo. Na manhã de quarta, Íris havia lhe mandado várias mensagens, reclamando que Lobo, que deveria ser o segurança dela, a largou para sair com outra mulher.Então, naquela hora, ela estava seguindo Lucas e achou que ele e Mônica fossem namorados?O raciocínio de Rubem foi rápido. Em poucos