Mônica se virou e começou a correr muito rápido, com o coração batendo aceleradamente.Ela realmente gostava de Rubem, especialmente depois de saber o que aconteceu na noite na Turquia. Mas quando Rubem ia dizer aquela frase, ela se assustou e só queria fugir.Quando chegou na frente da casa, Mônica ainda tinha as bochechas quentes. Estendeu a mão e apertou o botão do interfone. De repente, duas mãos apareceram por trás dela, cobriram sua boca e nariz e a puxaram para o canto.— Socorro! — Quando percebeu o que estava acontecendo, Mônica lutou com força, mas a pessoa atrás dela era muito forte.Quando a empregada abriu a porta, não havia ninguém.— Eu realmente ouvi alguém apertando o botão do interfone. — A empregada resmungou, olhou para os dois lados e, como não havia ninguém, achou que era apenas uma ilusão e logo fechou a porta e entrou na casa novamente.Mônica foi arrastada para o depósito de objetos, não muito longe da casa principal.Ela sabia que uma vez dentro, com a porta f
O que aconteceu no clube há algumas semanas, mais o que ela sofreu hoje na Família Pimentel, fez com que ele estivesse cheio de vontade de se vingar. Agora que finalmente conseguiu pegar Mônica, como poderia a deixar escapar tão fácil?Reginaldo tirou seu celular, abriu a câmera de vídeo e apontou para Mônica.Mônica sabia o que ele ia fazer e sua expressão mudou. Tentou se afastar o máximo que podia. Mas Reginaldo deu um chute forte em seu tornozelo e ela gemeu de dor.— Mônica, olhe para a câmera. — Reginaldo pisou e roía o pé dela com a sola da sua sapata, olhando para a expressão de dor de Mônica pela câmera e se sentindo muito orgulhoso. — Quando terminar de gravar, vou enviar uma cópia para você.Mônica cuspiu na câmera e xingou: — Reginaldo, você é um verme! Alguém como você é uma perda de ar enquanto vivo e de terra quando morto!Reginaldo deu um chute no seu abdômen.Mônica ficou com a respiração parada por alguns segundos de dor e se enrolou ainda mais.— Mônica, não adianta
Reginaldo gemeu de dor e soltou Mônica, caindo no chão e se contorcendo enquanto sangrava.Rubem entrou no depósito de rodas de cadeira, e Mônica, que estava deitada no chão, imóvel, com os olhos vidrados. Seu coração pareceu ter sido atingido fortemente por algo. Com esforço, ele a levantou e a envolveu em uma manta.— Não se preocupe, está tudo bem agora. — Rubem acariciou o seu cabelo e a consolou em voz suave. — Eu não vou deixar ele escapar.Ele não olhou para ninguém e saiu carregando Mônica.— Você! Você é tão burro e confuso! — Conrado estava tão bravo com esse sobrinho que parecia que ia ter um ataque cardíaco. Se virou e disse furiosamente para as empregadas. — Chamem um médico logo!Quando Rubem levou Mônica para o banheiro, percebeu que os braços dela estavam frouxos, quebrados. Inmediatamente, sua mandíbula se contraiu e ele até pensou em dar um tiro na cara de Reginaldo, no coração dele.— Vai doer um pouco, pode aguentar? — Disse Rubem.Quando tocou os ossos na mão dela,
A voz de Rubem era baixa e sedutora, cheia de encantamento.Mônica ficou vermelha, sentindo o calor do seu hálito, e gaguejou ainda mais:— Acho que não precisa.Rubem riu baixinho, seus olhos notaram as marcas vermelhas no peito dela e, ao olhar, seu olhar se tornou gélido, cheio de fúria.— Aproveite o banho. — Disse Rubem, acariciando seus cabelos. — Quando você descansar, nós resolvemos essas coisas. Desta vez, nem que o pai dele apareça, ele será salvo.Mônica não pôde deixar de comentar:— E se…— Não. — Rubem interrompeu com firmeza, sem qualquer sinal de afeto em seus olhos. — Da última vez, eu dei uma chance para ele. Mônica, a família Pimentel, mesmo que se desfaça, não tem nada a ver com você.Mônica assentiu com a cabeça.Ela só temia que Rubem fosse duro demais, que a família Pimentel se voltasse contra ele. Mas, como ele estava determinado a fazer justiça por ela, ela não se sentiria culpada. Afinal, pelo seu temperamento, ela também não deixaria Reginaldo escapar no futu
— É mesmo, o cheque ainda está na minha bolsa!Rubem pensou em algo e perguntou à Mônica:— Por que você acha que seu irmão é gay?— Foi da última vez que liguei chamando ele para jantar em casa. — Mônica resmungou. — Quem atendeu estava de muito mau-humor, parecia uma garota, falou que eu estava incomodando. Aí perguntei ao meu irmão se ele estava namorando um cara, e ele disse que era só um colega de quarto, que a voz dele era meio fina, só isso. Depois…Mônica se debruçou sobre a borda da banheira e suspirou:— Perguntei de novo, e ele ficou todo enrolado. Dá para ver que tem coisa aí.— Que dia da semana foi?— Hã? Por que perguntar isso? Acho que foi na quarta-feira.Rubem passou a mão pelo queixo. Na manhã de quarta, Íris havia lhe mandado várias mensagens, reclamando que Lobo, que deveria ser o segurança dela, a largou para sair com outra mulher.Então, naquela hora, ela estava seguindo Lucas e achou que ele e Mônica fossem namorados?O raciocínio de Rubem foi rápido. Em poucos
— Hm, ah. — Mônica hesitou, um pouco nervosa, e murmurou: — Mas não pense besteira, só estou ajudando o Presidente Rubem a resolver umas coisas, não tem nada demais.Lucas ficou em silêncio por um momento antes de dizer:— Mana, descansa cedo.E desligou.Do outro lado do mundo, em Paris, num canto do local onde acontecia determinada cerimônia.Lucas olhava para o celular, os olhos sombrios.Quarenta minutos antes, seu celular disparou um alerta. Ele percebeu que o rastreador de Mônica tinha sido ativado e ligou para ela imediatamente.No início, uma empregada atendeu. Depois, a chamada foi transferida.Ao ouvir a voz de Rubem, ele estranhou, mas, por conta da urgência da situação, pediu que Rubem verificasse o estado de Mônica. Mais tarde, quando se acalmou e pensou melhor, algo lhe pareceu estranho.Foi só agora, depois da ligação com Mônica, que ele percebeu que sua irmã sempre teve uma relação próxima com Rubem. Ele também fez uma breve investigação e descobriu que, no departamento
— Volta! Volta! — Íris gritou, aflita.Os saltos eram finos demais, e ela demorou para conseguir se levantar. Descalça, apressou-se para alcançá-lo.Quando chegou na rua, olhou para os lados, mas não viu Lucas. A grande avenida estava deserta e ela, com seu vestido de alças finas, ficou ali sozinha.— Seu Lobo ruim, por que não me deixou explicar? — Íris olhou para o cenário sombrio da noite e, ao falar, as lágrimas começaram a cair. Ela soluçou, com a voz embargada: — Eu não fiz por mal.Ela não sabia que eles eram irmãos.Íris foi se sentindo cada vez mais injustiçada, e sem se importar com sua aparência, se agachou e começou a chorar descontroladamente.Ele era insuportável!Foi embora sem nem olhar para ela, deixando-a sozinha naquele lugar horrível, sem nenhum cuidado!Alguns jovens loiros, rindo e conversando, passavam pela rua. Inicialmente iam embora, mas ao verem a pele clara e delicada de Íris no chão, se entreolharam e se aproximaram.— Ei, por que você está chorando? — Um d
Não importa o que Lucas dissesse, Íris o abraçava com força, como se temesse que ele fosse embora. No final, Lucas não teve escolha a não ser carregá-la nos braços e caminhar de volta para o hotel.Quando chegaram no quarto, Lucas tratou do ferimento no pé dela e deixou os remédios e a água morna sobre a mesa de centro.— Aqui estão os remédios, tome depois. Mandei uma mensagem para o Bruno, ele vem amanhã de manhã.— Eu só quero você! — Íris agarrou imediatamente o braço dele e disse: — Não vai embora, por favor, eu te imploro! Posso pedir desculpas para sua irmã agora mesmo, posso passar a noite inteira pedindo desculpas.Ela já estava pegando o celular para ligar.Lucas segurou a mão dela.— Srta. Íris, não há necessidade disso.— Todo mundo comete erros, você não pode simplesmente condenar alguém por um erro. — Íris deixou as lágrimas rolarem sem aviso, soluçando enquanto falava: — Além disso, ela também me fez sofrer.— Eu não te xinguei, por que está chorando? — Lucas, incomodado