AméliaO corpo dela estremecia ao toque daquele monstro. Amélia queria reagir, queria cuspir na cara dele e socar seus testículos. Mas a vida de Ícaro estava em perigo e ela não se perdoaria se ele morresse.Deitava de costas sobre o colchão, ela permanecia inerte enquanto aquele demônio explorava seu corpo por cima da roupa. Seus olhos estavam fixos no teto e ela tentava pensar em boas lembranças para escapar desse momento abominável.O sorriso de Ícaro se materializou em seus pensamentos, como um amuleto que espantava todo mal. Ela só queria esquecer que Fernando beijava seus ombros, seu pescoço e seu colo, expondo cada vez mais a sua pele de seus seios. As mãos dele agarraram suas coxas impiedosamente, subindo seu vestido. As pernas dele se intrometiam entre as dela, forçando ao toque ainda mais íntimo e obsceno.As lágrimas brotaram de seus olhos, e ela permitiu que rolassem livremente. - Eu prefiro morrer do que ser tocada por você desse jeito. – ela disse friamente. – Va
Fernando saiu do escritório falando no celular. Ela ficou parada olhando para aquela cena sem piscar por vários minutos. O carpete luxuoso começava a ser tingido de vermelho.Amélia queria não sentir nada, mas algo havia se partido em seu interior. Olhar para a mulher que lhe deu a vida morta dessa forma, era algo impensável e irreal.Leonora era a herdeira da família Martins, ela disputava a presidência com sua irmã mais velha, tia Laura, a mãe biológica de Samanta. E depois de assumir o controle da fortuna dos Martins, ela triplicou o patrimônio e se casou com o único filho dos multimilionários Rockfellers. Se lembrava de perguntar constantemente ao seu pai, porque sua mãe não demonstrava nenhuma emoção, nem mesmo quando estavam juntos na casa de seu avô, antes dele falecer. Ela era forte e impenetrável. Nem mesmo tinha sentimentos banais. A única pessoa que conseguia se aproximar um pouco, era seu pai, Aurélio. Da maneira dela, acreditava que Leonora tinha sentimentos verdadeiro
ÍcaroEstavam observando a mansão Rockfeller há horas. Quando o carro oficial do procurador geral entrou na propriedade, ele saiu do carro pronto para entrar naquele lugar de qualquer jeito.Mas Alberto o deteve, pontuando com uma merda de lógica o que aconteceria se tentasse entrar na casa sem nenhum plano, sem nenhuma força tática.Ghost havia hackeado o sistema de segurança da casa, e o servidor principal, acessando a comunicação de Leonora Rockfeller. As coisas começaram a ficar muito estranhas à noite. Alguns homens foram chamados por Alberto, eles trabalhavam com segurança de alta patente e sabiam se infiltrar silenciosamente em qualquer lugar. O pai de Amélia saiu da mansão por volta das dez, ele estava sozinho e não retornou. Quinze minutos depois de sua partida, o telefone de Ícaro tocou. Era Aurélio Rockfeller. O homem que praticamente abandonou a filha nas mãos da mãe narcisista, ligou para falar que precisava de ajuda para tirar Amélia daquela casa. Segundo ele, L
Passar pelos seguranças foi fácil. O amanhecer estava chegando, e ele precisava entrar dentro da mansão antes do dia clarear. Depois de nocautear os três homens, e os arrastar para debaixo de uma árvore, longe das vistas de todos, Ícaro seguiu para os fundos da casa. A entrada da despensa estava aberta, e alguns empregados estavam organizando algumas caixas de alimentos variados. Evitando a presença de cada um deles, conseguiu se esgueirar para a área social. Quase foi pego por dois seguranças, quando finalmente conseguiu subir para o segundo andar, já sentiu o cheiro de sangue no corredor. Muitos passos vinham da escada e a conversa girava em torno da morte de Leonora Rockfeller. O legista e a polícia tinham chegado. Ícaro entrou em um quarto vazio e esperou que passassem pelo corredor. Infelizmente demoraram um bom tempo antes de se afastarem na direção oposta.Foi nesse momento que ouviu a voz de Amélia. A súplica implícita em sua voz entrecortada impulsionou Ícaro para f
AméliaAlguém estava segurando sua mão. Era um toque quente, firme e um pouco áspero. Reconheceria aquele toque em qualquer lugar, em qualquer momento de sua vida. Mesmo que sua mente estivesse lhe pregando uma peça, ela ficou feliz com esse consolo.Pensar na mão de Ícaro apertando a dela dessa forma era tão reconfortante, que ela não pode evitar sorrir dolorosamente.- Pequena.... – a voz profunda de seu amor chegou aos ouvidos. Amélia abriu os olhos lentamente, com medo de estar sonhando. Os olhos acinzentados encontraram os dela, a expressão preocupada e marcante provocou lágrimas nos olhos de Amélia.- Você está aqui... você... você está mesmo comigo... – ela murmurou entre soluços.- Estou, estou ao seu lado, minha pequena. – Ícaro levou a mão dela que estava segurando, aos seus lábios e a beijou carinhosamente. – Você está comigo, na nossa casa. Está segura. Ela olhou ao redor, procurando por qualquer sinal de familiaridade no ambiente, mas não encontrou nenhum. Es
Assim que ele saiu, Sam se aproximou e se sentou na poltrona em que Ícaro estava acomodado antes. - Ele não saiu do seu lado desde que te trouxe de volta. Estava furioso, eu até fiquei com pena dos médicos que estavam te atendendo. – Sam comentou eufórica. – Nunca vi um homem tão desesperado e ao mesmo tempo tão cheio de sangue no olho. - Você sabe o que aconteceu? – ela perguntou a Sam apreensiva.- Mel, a casa caiu para aquele doente do caralho. – ela teclou algumas vezes na tela do celular e abriu um vídeo de tabloide. – Olha isso, amiga.As imagens mostravam uma operação da polícia federal entrando na mansão do Jardim Botânico, apreendendo computadores e arquivos do escritório. Em seguida o repórter mostrava o quarto que ela ocupou, e alguns dos brinquedos que Fernando usou para tortura-la, como aquela armadura que a sufocava. Os agentes se dirigiram a casa colonial na extremidade da propriedade, onde duas adolescentes estrangeiras estavam presas nas correntes de escravos no po
*Atenção! Este capítulo contem cenas de violência e tortura. Ícaro O depósito de containers de uma das empresas que pertencia aos Darius, ficava em uma área afastada, onde somente pessoas autorizadas poderiam entrar. A segurança foi triplicada depois da chegada daquela “carga”. Para todos os efeitos, o conteúdo dos dois contêineres que chegaram do Rio de Janeiro dois dias atrás era um grande carregamento de madeira nobre, proveniente de Marapanim, no Pará. Abaixou o vidro escuro do carro para que os seguranças o identificassem. Em seguida dirigiu por mais setecentos metros até a porta do depósito. Os homens de Alberto estavam a seus postos, e o cumprimentaram com um aceno de cabeça. Tiago se aproximou e entregou o tablet com as filmagens das últimas doze horas. Viu os gêmeos nas imagens se divertindo com o procurador, e devolveu o aparelho ao segurança de elite. - Os gêmeos ainda estão lá dentro? – ele perguntou se aproximando do container preto com o logo da empresa afili
*Atenção! Este capítulo contem cenas de violência e tortura.Segurando a mandíbula de Fernando aberta, o homem enfiou o membro de Fernando dentro da boca dele. O som de sufocamento era realmente interessante para Ícaro, quantas vezes ele sufocou Amélia totalmente indefesa. Quantas vezes quebrou seus ossos só para ouvi-la gritar. Quantas vezes ela acreditou que ia morrer nas mãos desse monstro, que agora não passava de um lixo imprestável.Ícaro acenou, mandando Tiago retirar aquela coisa nojenta antes que ele morresse sufocado. Fernando tossiu, fazendo sangue e urina espirrarem por toda parte.- Que imundície, procurador. – Ícaro disse irritado. – Eu devia fazer você limpar essa merda com a sua boca. Mas sabe, eu tenho uma família para cuidar. A minha mulher está me esperando e ela ficou ainda mais impaciente depois que eu a engravidei. Fernando fez um som grotesco, pretendendo gritar novamente. Mas Tiago o silenciou mais uma vez, enfiando o membro decepado dentro de sua boca.-