O percurso levou apenas alguns minutos. Ele dirigiu em silêncio, sem dizer mais nada para mim, e usei aquele tempo para me recompor.Estranhamente, pensar na ameaça dele me ajudou a controlar as lágrimas. Minha alegria atônita se transformou em umfrio gelado quando processei o fato de que estava sendo levada para algum lugar e só teria uma chance para pedir ajuda e que ele seria a pessoa que me faria pagar, por algo que nem sabia.Será que perceberiam que eu havia sumido?Estava crente que perceberiam, pelo menos Rodrigo, só não queria que alguém ligasse e colocasse todo meu plano a baixo. Na primeira oportunidade que tivesse, iria fugir ou tentar pedir ajuda. Se conseguisse, tentaria os dois. Ele solta a arma, a colocando sobre o banco dopassageiro na frente, mas isso não diminuiu a ameaça que emanava dele.Ele poderia me matar com as mãos nuas, se quisesse.Quando o carro saiu do centro, vi uma casa branca imensa à distância. Era rodeada de gramados bem cuidados que formavam
Não sei quanto tempo demorei para perceber que o que fosse que estava para acontecer, havia sido adiado, mas logo me acalmei o suficiente para parar de tremer.Ele não havia ido até o fim.Ele não me forçou.Ainda não conseguia acreditar. Havia sentido como o pênis estava rígido. Não havia motivo para que ele demonstrasse alguma misericórdia. Eu não era uma mulher que ele encontrou em umbar, era uma pessoa que havia acabado de tentar feri-lo.Ele deveria ter aproveitado minhas súplicas ridículas e usado a fraqueza que demonstrei para me dobrar completamente.Pelo menos, era o que teria esperado que ele fizesse.Abaixando a cabeça, olhei para minhas pernas nuas, tentando entender por que ele parou. Não parecia ser novato naquela vida, longe disso. Assim como Átila, acreditava que fazia a mesma coisa que ele, que estava com o tráfico até no pescoço. Se não fosse por isso, ele não estaria na casa de Átila naquele dia, muito menos me sequestrado. Pelo menos já sa
— Ei.Uma batida leve na janela atraiu minha atenção.Assustada, olho para cima e vejo a jovem de cabelos escuros de antes, a que achei ser a namorada dele.— Ei — Ela repetiu, encostando o nariz no vidro. — Qual é o seu nome?— Me chamo Bruna — digo, decidindo que não tinha nada a perder conversando com a garota. Pelo menos, desta vez eu não estava nua. — Quem é você?— Bruna — Ela repete, como se estivesse gravando meu nome na memória. — Você é a namorada do Átila — diz aquilo como uma afirmativa, não uma pergunta.Olho para ela em silêncio, sem deixar que meus pensamentos transparecessem. Eu não tinha ideia de quem ela era nem do que queria de mim. E não pretendia dizer nada que pudesse me deixar encrencada.Ela assenti, como se estivesse satisfeita com minha falta de resposta.— Por que ele trouxe você para cá?Em vez de responder, pergunto:— Quem é você? O que quer?Esperei que ela também não respondesse, mas pelo jeito estava errada. — Meu nome é Rose. Trabalho pro chefão daqu
Minutos depois com a van ainda em movimento, decido que precisava por a segunda parte do meu plano em execução. Olho para o senhor de meia idade, sorrindo levemente.- O senhor teria um celular? Ele desvia a atenção da estrada, me olhando rapidamente.- Celular? Tenho sim - Ele se inclina um pouco para a frente, pegando sobre o painel do carro, pegando um pequeno celular de botão - É simples, mais tem crédito. Assinto pegando o aparelho, forçando minha mente a lembrar a sequência de números do celular de André. Sabia que era uma sequência boba, fácil de se lembrar e precisei recitar algumas sequências, até meu cérebro cooperar e me ajudar com a sequência certa. Meu dedo indicador tremia, a medida que apertava os pequenos botões e em seguida pressionava o aparelho contra a orelha, pedindo mentalmente que André não achasse que era alguma operadora ligando para ele. Caiu direto na caixa-postal e isso só me fez ligar novam
Pelo menos duas horas se passaram, até que Kevin voltasse e meu estômago estava dolorosamente vazio quando chegou.De acordo com o relógio na parede, era seis horas da tarde quando a porta da frente se abriu, o que significava que já fazia algum tempo que havia conseguido fugir e sido pega antes mesmo de sair daquele lugar.Apesar da fome, um arrepio de autoconsciência dançou sobre minha pele quando ele se aproximou, andando com o passo atlético e despreocupado de um guerreiro.Como horas antes, ele vestia calça jeans e uma camiseta sem mangas. O corpo dele parecia incrivelmente forte e os músculos bem definidos se flexionavam com cada movimento.Acabei por me lembrar, de um herói eslavo antigo, mas a comparação com um viking provavelmente seria mais adequada.Átila me lembrava claramente um viking e Kevin era irmão dele.— Deixa adivinhar — diz ele, se ajoelhando à minha frente. Os olhos pretos brilharam. — Você está com fome.— Não me importaria de comer — respondo enquanto ele desa
- Vai fazer o que com ela? - O cara em minha frente pergunta de repente, mesmo assim, não consigo desviar a atenção de André. Kevin dá de ombros impaciente.- Deixar viva que não vou. O cara me olha com um sorrisinho no rosto.- A gente bem que poderia se divertir um pouco com ela.- Faz o que quiser. Vou ter que dar fim nela mesmo - diz saindo da sala, me deixando com os dois soldados. Minha mente queria que meu corpo estremecesse com a ideia de ser estuprada diante do corpo do meu irmão, mas não consigo. Me sentia paralisada.Ergo os olhos sentindo o pânico surgir lentamente dentro de mim e um grito rouco sai da minha garganta, um grito que foi instantaneamente abafado por uma mãopesada sobre minha boca.— Quietinha — sussurrou ele enquanto eu me contorciahistericamente, tentando afastá-lo. — Não queremos que outras pessoas apareça aqui, não é?A mão dele sobre minha boca esmagava o maxilar. A outra mão apertava meus pulsos com tanta força que meus ossos
Acordei e vi Átila sentado na beirada da cama, me observando. Instantaneamente, as lembranças da noite anterior voltaram e corei, constrangida pelo colapso inexplicável.— Desculpe — murmurei, segurando o cobertor contra o peito ao me sentar. — Não sei o que deu em mim.Átila não se moveu. — Você não precisa se desculpar,querida. — Apesar das palavras reconfortantes, o olhar dele era inescrutável. A expressão dele ainda estava fechada e distante. — Você merecia chorar. Não estava sendo nada fácil ser mãe, muito menos dona de casa em tempo integral.— Sim, bem, certamente chorei. — Sentindo-me constrangida, saí da cama e peguei um roupão.Em seguida, fui para o banheiro adjacente para tomar um banho rápido e escovar os dentes antes daronda matinal das mamadas.Quando saí, vi que Átila ainda estava sentado na cama sem se mover.As cicatrizes no rosto dele por causa da luta com soldados de Kevin tinham quase desaparecido. E, com a luz da manhã batendo nas feições masculinas
Sem dúvida dormir 6 horas por dia, havia deixado de ser suficiente a bastante tempo, já que com o tempo percebi que era uma pessoa noturna, trocando facilmente o dia pela noite. Mas isto não aconteceu por opção, mas sim por necessidade. Desligo o despertador do celular que toca pontualmente todos os dias às 7 da noite, com os olhos semicerrados. Afundando meu rosto no travesseiro, respiro fundo, lutando contra a vontade de voltar a dormir, saindo aos poucos da cama. Ainda sonolenta, pego minha toalha e vou para o banheiro no corredor, ouvindo o som da televisão vindo da sala. O banho sempre era responsável em me acordar parcialmente, depois café. Sentada no sofá velho que tinha na sala, Tati prestava atenção em uma novela.- Tem café pronto - diz quando passo pela sala, entrando na cozinha. Em cima da mesa redonda, estava a garrafa de café bege. Pegando um copo no armário pequeno, me sirvo um pouco de café, pegando bolach