Parte 1
O sol inclinava seus raios para as ruas de Oásis. O Sultanato acordou em contemplação naquele dia. Do castelo, ao invés da marcha de um exército de alfarazes, apenas um quinteto de personagens se deslocava.
Todo o povo fez um extenso corredor das portas da sede do governo ao portal central.
E todos os oasianos aplaudiam. A Companhia de Libertadores lutaria sozinha por um dia e uma noite contra o próprio rei dos monstros lá fora. Isso era uma demonstração de coragem nunca antes vista.
E por onde passavam, as pessoas retiravam suas túnicas e casacas e as lançavam ao chão, como se fosse em honra a reis conquistadores. As mulheres jogavam flores e perfumes.
Jasmin percebeu que Rachid, embora fosse um alfaraz, estava a pé assim como eles:
— Onde está o seu cavalo ginete?
— Se os meus amigos lutam a pé
Parte 1Enquanto Calumy tentava esganar Penny, a ladina dava língua ao conjurador. A turma do deixa disso se colocou entre os dois. Rachid nunca havia presenciado algo como aquilo.Se eu fosse o rei Fortrek, jamais nos levaria a sério.— Senhor conjurador, minha cara Penny, nosso inimigo está a nossa frente.— Se preocupa não oh da realeza, eu chuto o traseiro desse desgraçado depois.— Tenta a sorte sua inútil.Sem que precisassem dizer mais nada um ao outro, o quinteto tomou suas posições.Ryan e Rachid deram o combate inicial. Ambos se serviam de estocadas. Fortrek se desviava dos ataques de modo tão rápido que parecia se teleportar durante a sua defesa.Penny e a alquimista passaram a dar
Parte 1Meses depoisO Monstrumtelum é um artefacto mágico que purifica a monstruosidade nos seres animados, mas não a dos seres inanimados, e as registra nas páginas do livro através de magia rúnica. Codificado através de uma imagem. A magia rúnica pode ser ativada com emissão de energia mágica do usuário do livro.Isso provoca uma invocação. O monstro contido nas páginas do livro é materializado.A sua personalidade é igual a personalidade do mago. Sua permanência fora do livro depende do nível de experiência e poder de emissão de energia mágica do usuário.Caso o mago fique desacordado ou o monstro seja destruído, ele retorna ao livro. A única forma de destruir a invoc
Numa época de heroísmo e bravura, quando o tempo enxergava seus primeiros milênios, o deus Allifar criou uma raça não humana para desafiar os seus iguais. Devido a sua violência e loucura, suas crias foram chamadas de monstros. Os monstros passaram a atacar o continente de Bralia. Eles destruíam e pilhavam tudo em seu caminho. Os humanos não tiveram outra saída e iniciaram uma verdadeira cruzada contra os seus inimigos. Os combates logo passaram a violentas guerras. Sob a proteção do seu deus, todos os monstros conseguiam usar magia divina, àquela executada pela fé do mago. Cada dia mais os humanos enfraqueciam, o exército de monstros conhecido como Caterva marchava para a conquista da vitória. A desesperança começou a brota nos corações e mentes de muitos que presenciavam o horror da guerra. Mas em meio ao sofrimento e o medo, surgiu um grande guerreiro
Parte 1Ryan apontou a mão direita para o alvo e se certificou de que não erraria. Depois firmou o pé direito no chão, pôs o esquerdo um pouco atrás e respirou fundo.Uma gota de suor escorreu pelo rosto de pele negra. A pedra estava a cerca de trinta metros de distância. Ele deixou a sua energia mágica fluir até a palma da mão. A energia formou feixes de luzes espirais, que vinham para o interior da palma.Logo os feixes se concentraram e formaram uma esfera de energia brilhante. Com um arremesso rápido, ele lançou a esfera de energia gritando a recitação:— Projétil de Luz.Ela provocou uma lufada de vento que lambeu os cabelos cacheados de Ryan. A esfera bamboleou em alta velocidade. Antes de chegar ao alvo, o garoto já festej
Parte 1Passada a rede de esgoto, para admiração de Ryan e Calumy, eles chegaram até o que podia se passar por uma cidade.A iluminação era feita a base de lampiões, o que concedia um clima sombrio e um tanto frio. Mas o odor forte do esgoto já havia passado. Centenas de pessoas estavam acampadas. O acampamento rebelde estava concentrado num bolsão revestido de mármore.— Esse é o nosso refúgio, a Cidade Subterrânea, ela foi construída na Primeira Grande Guerra para proteger os flandinos da Caterva. Agora serve a esse propósito uma vez mais.O espadachim retirou a mordaça de Calumy, e este aliviado sorveu o ar guloso.— Tenho que reconhecer a inteligência dos flandinos, mas não é um pouco pequeno pra tanta gente?— Não meu caro conjurador, este é apenas um dos vári
Parte 1Ryan tinha Index empoleirado no topo da cabeça. Derick e Dumas vasculhavam o alojamento em busca de um misterioso objeto.Quando ele foi finalmente encontrado, o mestre de armas deu um enorme sorriso.Para Calumy que também assistia a cena, não viu nada demais, entretanto ficou em silêncio. Ryan também parecia decepcionado.— Esta será a sua espada de treino.— Uma espada bastarda?Calumy não conteve a língua. Index voou em volta da espada que tinha cabo de madeira, uma guarda em formato de cruz e dois gumes. Ela tinha uma bainha de couro cru.— Não é uma espada comum, ela é uma lâmina de treinamento flandina.Dumas sorriu e a jogou para o garoto que a pegou no ar de modo desajeitado.— Mestre Derick, eu peço desculpas se estou sendo ousado, mas como essa espada irá me ajudar?
Parte 1Na véspera da execução dos cavaleiros flandinos, Leona foi até o seu alojamento na guarda municipal e indo até a sua cama, que por sinal era uma caixa de areia, retirou um objeto transparente e esférico de dentro da areia cinzenta.Era uma esfera maior que um punho de um homem, parecia cristalino e de textura muito lisa. O objeto era um dos artefactos mais usados por magos e conjuradores: o telemago. Com ele, podia-se comunicar a distância criando uma Transmitância Mágica.Os telemagos transmitiam imagem e voz, ou apenas um destes, podia também ser usado como circuito de segurança etc.Ela o alisou com suas patinhas fofas retirando à areia. O objeto se pôs a emitir um brilho e dois olhos apareceram. Leona Prestou uma saudação e posicionou o objeto encima de sua cômoda.— Capit&atil
Parte 1Rapidamente as pessoas foram postas dentro do bueiro que dava para a entrada da Cidade Subterrânea. Index sobrevoava Ryan com ar desesperado.Arnaldo fechou o bueiro e fez um sinal para as pessoas de olhares atônitos.— Vocês todos fiquem ai, e só saiam quando julgarmos seguros, a batalha não vai demorar muito.— Ryan?— Sim Index?— Dinne fugiu em direção à sede da Guarda Municipal de Monstros, Derick está em seu encalço.— E Dumas?Arnaldo abaixou-se na linha dos olhos de Index, a criatura ficou um tanto assustada com aquele olhar penetrante que o esquálido cavaleiro lançava lhe.— E-ele, e-ele está em perigo.— A caveira gigante o derrotou?— Não, é por outro monstro.Ryan e Arnaldo se olharam e passaram a correr. Ryan empunh