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Ethan acordou antes que o sol nascesse e olhando para o lado pôde constatar que Feyre ainda dormia colada a seu corpo, a respiração da morena calma e ritmada mostrava um sono denso e o Collins sorriu a abraçando mais e puxando-a como se quisesse se fundir, os dedos deslizavam pelos cabelos negros em um carinho mudo e mesmo depois que ela abriu os olhos e ainda sonolenta, o carinho permaneceu.

— Dormiu bem? – Ele perguntou preocupado e ela sorriu o abraçando.

— Muito e você, Ethan ? – A voz doce o fez sorrir, a maneira como o nome parecia dançar na voz dela o deliciava, estar com Feyre era como se aproximar de uma fogueira em um dia de neve, era acolhedor e quente, de uma maneira que o fazia se sentir pronto pra guerra, pronto pra derrotar o próprio Alejandro em pessoa.

— Ficará bem? – Perguntou ainda rouco e ela assentiu.

— Feyre. – A voz grossa e sério veio do outro lado da porta e Ethan a segurou firme o que a fez sorrir.

— Ei, ainda estamos dormindo. – O Collins respondeu e Feyre pode ouvir Sorion grunhir do outro lado.

— Também não queria estar aqui. – O Spell falou. – A senhora pede que Feyre vá a seu encontro no salão principal.

Mariana andava de um lado para o outro, tinha ambições maiores do que aquela casa poderia lhe atender e pra alcançar seus objetivos sabia que devia ir além do que Severus acreditava ser necessário, mas em contrapartida ainda tinha em si os ensinamentos distantes que recebera durante toda sua vida. Havia chamado Feyre e era nítido que a escrava tinha algo pelo campeão com o espírito da loba e o pior, era correspondida. Para chegar onde estava Mariana havia aprendido a observar e mesmo que ambos não se dessem conta, ela sabia que os olhares de um seguia o outro. O tempo todo e por mais cruel que fosse, deveria prezar por seus objetivos acima dos de Feyre, mesmo que a morena lhe despertasse qualquer tipo de sentimento de amizade.

— Senhora. – A voz doce veio de suas costas e ela respirou fundo antes de ajeitar sua postura e se virar com um sorriso perfeito para a morena que a encarava. – Mandou me chamar.

— Simonis me fez um pedido e precisarei de sua ajuda. – Mariana falou caminhando elegantemente pela sala.

— Ficarei feliz em atender. – Feyre tinha um pequeno sorriso. Oh minha querida, não ficará não.

— Prepare o quarto com velas e incenso. – Mariana afastou o incômodo presente no peito ao encarar os olhos claros. – Coloque alguns tecidos e incenso e separe óleos de banho.

Feyre conhecia aquele tipo de cerimônia, se é que se podia chamar assim, era feito como um ritual de sedução onde geralmente a mulher preparava tudo pra ter uma noite ardente, era comum organizar para seus senhores e em algumas vezes, outros escravos participavam, mas Mariana e Severus nunca haviam pedido que ela o fizesse e sabia que se um dia pedissem seria morta por recusar.

— Sim senhora, deixarei tudo como deve ser. – Respondeu de imediato e virou-se.

— Feyre. – Mariana a chamou com a voz dura e ela se virou novamente. – Peça para que Lupin prepare Ethan.

As palavras foram ouvidas, claro, mas o sentido demorou a se acomodar aos ouvidos da morena de modo que ela ficou ali, parada encarando a senhora da casa, seu cérebro ainda processa a informação, mas seu coração ( seu tolo coração) já batia frenético em desespero, percebeu que o tempo havia passado quando sentiu a fina lágrima lhe descer pelo rosto, se virou rapidamente sem ver que Mariana não sorria mais. Aquilo era cruel mesmo pra ela.

— Como desejar.

O caminho até Lupin foi curto e falou tão rápido, corada e gaguejando que praticamente correu de volta para a grande casa e chorou no colo de Maria enquanto as amigas se entreolharam com pesar.

— Vamos organizar tudo e já deixamos aquela loira aguada na cama com a garganta cortada. – Soraya falou socando a própria mão e Vanessa respirou fundo.

— Vamos esperar que aquele idiota saiba controlar o pau. – A loira falou e balançou a cabeça negativamente. – Como se algum homem soubesse...

Ethan bufou irritado e entrou no quarto. Tinha que assumir que gostara do banho e dos cuidados, mas não do motivo de estar ali. Severus entrou devagar e olhou tudo com o cenho franzido.

— Sei que não quer isso. – Falou ainda encarando a cama que tinha lençóis de seda. – Mas temos de concordar que essa mulher é importante para nossa casa e devemos agradá-la. – O loiro mantinha o rosto sério. – Ela é influente, se mandasse matar alguém. – Severus finalmente encarou Ethan. – Uma escrava qualquer não seria peso nenhum e fariam fila para cortar a cabeça da pessoa apenas para agradá-la.

Ethan entendeu. Entendeu bem demais a ameaça velada e travou o maxilar sentindo os músculos travarem ao pensar em Feyre, quando estava sozinho naquele cômodo estúpido e ridículo pensou nas promessas tão vazias que aquelas paredes escondiam, nos segredos tão sórdidos que elas guardavam.

— Enfim, sós. – A voz chamou sua atenção e ele se virou encarando a loira que sorria vitoriosa.

Ethan é um homem. E qualquer homem que possua um pau e goste de mulher reagiria àquilo. O corpo feminino era coberto apenas por um fino tecido que lhe mostrava tudo: os seios medianos, o mamilo rosado, a pele da barriga lisa que fazia querer olhar mais abaixo, a fina e rala camada de pelos que cobria a intimidade feminina, as pernas pouco bronzeadas o loiro respirou fundo quando ela se aproximou e sem qualquer pudor, inclusive sendo atrevida demais pra uma pessoa de sua posição social, a loira desceu a fina mão retirando o tecido que cobria o quadril do loiro e envolvendo o membro de Ethan com os dedos macios e o massageando fazendo com o que a reação fosse imediata.

— Preciso de você. – Ela sussurrou o olhando nos olhos e Ethan percebeu por fim que os olhos dela eram claros, mas não tanto quantos os de Feyre.

Feyre...

A mão novamente apertou seu pau com certo cuidado e deslizou subindo e descendo enquanto o loiro fechou os olhos com raiva, sentia ódio por sua fraqueza tão absurdamente humana, os finos lábios pressionaram contra o seu e a língua áspera e úmida passou por seus lábios de maneira sensual e um gemido rouco lhe pareceu rasgar a garganta enquanto ela descia os lábios por seu pescoço e abdômen sem parar de massageá-lo durante o caminho, a boca desceu lentamente enquanto a língua explorava a pele salgada que o loiro parecia possuir, a boca demorava em alguns pontos onde os dentes arranhavam, Ethan tinha as mãos fechadas e sentia raiva, quando a boca alcançou seu pau o loiro abriu os olhos encarando-a, a loira parecia se deliciar ao colocar seu membro em sua boca. Por todos os deuses, aquilo deveria ser pecado, enquanto seu pau adentrava pela boca molhada e quente Ethan sentia o corpo quente de um jeito estranho e gostoso, diferente, não era bom, era gostoso, grunhiu com raiva e a puxou pelos cabelos sem qualquer tipo de cuidado, jogou-a na cama e ela riu o encarando.

— Possua-me meu campeão. – Ela falou sorrindo e ele cerrou os dentes antes de virá-la na cama com raiva, Simonis não se importou, apenas queria-o dentro dela, não se importou quando ele a colocou de quatro, como um animal, não se importou quando ele a invadiu sem nenhum pudor, sem nenhum cuidado e por mais que tenha sido desconfortável o desejo que possuía e sua excitação deixava tudo melhor. Ele era maior do que esperava e aquilo a fazia gemer alto, como quando ele agarrou-lhe a cintura de maneira firme para que ela não fosse pra frente. Ah! Simonis deleitava-se com o fato de Ethan ser rude naquele momento íntimo, deleitava-se com o fato de saber que podia escutá-los pois enquanto ele era silencioso, ela fazia questão de gemer o nome do Collins a cada vez que se sentia preenchida com o pau do loiro. Simonis derramou-se quando as investidas se tornaram mais rápidas e sentindo o corpo todo tremer só não caiu pois o loiro ainda a segurava enquanto a invadia puxando seu corpo com força, o barulho dos corpos se chocando parecia ecoar no quarto enquanto a loira gemia, quando Ethan sentiu o êxtase lhe dominar tirou-se de dentro da loira e masturbou-se sem nenhum tipo de pudor e só parou ao ver a bunda e parte das costas da mulher sujas com seu esperma.

Ainda controlando a respiração o Collins se afastou da cama, caminhou até a bacia de água que havia no canto do quarto em cima de uma cômoda de carvalho e lavou as mãos seguindo para onde sua roupa estava, queria sair dali.

— Ela nunca mais vai te olhar. – Simonis falou sorrindo e ele a encarou com raiva.

A loira sentada na cama não se preocupava com sua nudez, uma fina camada de suor parecia fazê-la brilhar e ele sabia que estava do mesmo jeito, o quarto fedia. Fedia a sexo e a suor. Fedia a Simonis e aquilo parecia sufocar o loiro. A mulher levantou-se da cama com ele ainda no centro do quarto, completamente nu e com o pau duro enquanto segurava o tecido em suas mãos, com um sorriso no rosto a loira abriu as portas do quarto e de pé do outro lado, no centro do corredor havia um pequeno ser de cabeça baixa, sabia-se que chorava pelo brilho das lágrimas que despencavam no chão como pequenos meteoros transparentes. Ethan reconheceu aquele ser miserável no mesmo instante e sentiu o corpo travar, se um dia morresse na arena a sensação seria aquela?

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