Taramir sempre teve tudo o que queria, até o que não queria era dele e Simonis era a prova disso. Ele nunca a quis, mas a princesinha dos nobres fora designada a ele e era quase uma obrigação que se casassem, depois do banho de sangue ocorrido na casa de Severus o próprio Alejandro o aconselhou a se casar com a loira e ele o fez, Simonis contou sobre como os senhores foram mortos por Ethan e Feyre, mas o albino não acreditou muito que a morena de olhos claros pudesse matar a senhora Mariana com uma espada, mas tudo bem o próprio Alejandro acreditou.
— Feyre solicita a sua presença. – Um guarda parou a porta do quarto fazendo com que Simonis levantasse o olhar.
— A escrava passará a dar ordens no General? – Perguntou em tom zombeteiro, mas a mágoa prese
A espada que o loiro trazia abriu a barriga de um guarda e Ethan sorriu ao vê-lo tentar segurar as próprias tripas, um outro jogou a espada no chão quando Storm o olhou, mas não havia rendição, não haviam qualquer um que pudesse se arrepender e ele sabia que aqueles homens jurariam fidelidade a Hades se fossem para poupar sua vida, não conheciam de honra, não conheciam sobre proteger pessoas que amam de verdade.— Onde elas estão? – Storm perguntou com raiva, os olhos escuros analisavam toda e qualquer expressão, todos os barulhos, os olhares.— Estão nas ruínas, existe uma passagem que leva pra lá, Taramir as levou. – O de cabelos castanhos respondeu e Storm suspirou cravando a espada no peito do homem.<
O corpo de Tiana estava estendido no chão e Storm tinha total consciência de onde ela estava, planejava levar aquela luta para mais distante, mesmo na morte cuidaria da loira, mas o ódio parecia falar mais alto que o bom senso e o sentia em cada célula de seu corpo. O primeiro homem parecia uma criança segurando uma espada de madeira, mal conseguia erguê-la na altura de seu próprio quadril, o Storm o chutou no estômago e ele pareceu não saber como respirar enquanto estava caído no chão, o segundo foi rápido e socou o rosto de Storm, o moreno caiu para o lado e sorriu o encarando. Não se importava em morrer, abraçaria a morte e levaria mais almas consigo e sorriria ao encontrar Tiana onde quer que ela estivesse esperando por ele. O gosto do sangue preencheu sua boca com a mesma velocidade que ele girou no chão agarrando a
Feyre não ousou abrir os olhos, a dor na lateral do corpo praticamente não existia mais e isso lhe dava quase a certeza de que havia morrido. Sorion aparecera enquanto Ethan e Taramir se enfrentavam e logo depois tudo escureceu, certo. Havia mesmo morrido e a morte não era nada como as pessoas falavam. Não era fria ou quente, era morna. Não havia nenhuma luz no fim de tudo, só havia escuridão e solidão. O calor morno que sentia ao seu lado pareceu se mover e ela continuou quieta, alguns barulhos se misturavam e ela ainda parecia não ter acordado completamente para a nova vida, ou a morte.— Mama. – Ela quase riu de si mesma, Boyce estava bem e acreditava que seu amor por Ethan os uniria na morte, se ele não estava com ela ali era porque de alguma forma estava vivo e tudo bem, valia a pena viver
Tiana olhava para o horizonte enquanto o céu se coloria de laranja em tons claros e quentes. O telhado da casa era solitário, mas não era silencioso. Podia escutar Feyre ensinando Boyce a falar algo relacionado a Ethan, o menino insistia em chamá-lo de Loba dandara o que saía mais ou menos como um idioma na voz do bebê e o Collins sempre acabava irritado enquanto Sorion ria, na verdade quem ensinava o pequeno a chamar o pai assim era Vanessa, mas o loiro nem desconfiava. A Santoro suspirou deixando que o ar saísse devagar de seus pulmões. O braço, ou pedaço que sobrara dele, estava completamente cicatrizado mas ainda sentia pontadas doloridas que se espalhavam até os ombros, Soraya falava que era apenas seu cérebro se acostumando com a falta de um membro, Feyre sempre procurava conversar com si e mesmo com seu silêncio a morena ainda
O inverno de Sandara não passava de uma estação marcada no calendário, em nada seu clima mudava. O calor constante castigava os mais pobres pela falta de recursos ou mesmo de água e a cidade fedia. Uma mistura de mijo, suor, fezes, sangue e putrefação. Os corpos resultantes da guerra ainda que fossem jogados em campos fora da cidade ainda deixavam o rastro de fedor que o vento insistia em trazer e com isso as doenças também assolavam o lugar. As crianças tinham barrigas maiores que as cabeças, ainda que não comessem quase nada e os adultos tinham feridas que se espalharam pelo corpo, isso era mais comum nos pedintes das ruas e nos escravos, o saneamento não existia e os excrementos corriam pela cidade em pequenas valas que passavam nos cantos das ruas.— As pessoas estão morrendo. &ndash
Soraya mordia o lábio apreensiva, o baixo ventre doía e ela sabia que não estava longe de ter o bebê em seus braços. Desejava que as contrações fossem leves, sabia que as meninas a ajudariam, mas qualquer complicação ela seria a única capaz de cuidar de si mesma e do bebê e não conseguiria se houvesse alguma complicação em seu parto. Vanessa a havia ajudado com o parto de Boyce e a Soraya explicara da melhor maneira todas as maneiras de retirar o bebê, as possíveis complicações que poderiam ocorrer e mesmo confiando plenamente em Vanessa, Feyre e Tiana, era difícil confiar no próprio corpo quanto a gestação. Era forte de fato, mas sentia a gravidez lhe tirar boa parte das forças.— Logo isso acaba. – Vanessa apareceu ao se
Soraya acordou com a primeira pontada e acordou Vanessa, que dormia próxima si, com o grito de dor quando as contrações começaram. Não sabia quantas horas eram, Sorion havia saído assim que anoiteceu e agora a noite era escura e densa, ela olhava pela janela, não pensou no silêncio que Sandara estava ou na claridade que as lamparinas colocadas por Vanessa, Feyre e Tiana. Durante a gravidez é normal sentir alguns tipos de dores, mesmo não reclamando a Rosada havia sentido muitas dores diferentes, mas tinha o conhecimento necessário para não se alarmar a ponto de colocar tudo em risco, mas aquilo ali não podia ser normal. Os urros vinham rasgando a garganta e não entendia o que as mulheres falavam ao seu redor, via o rosto assustado de Vanessa e sabia que se não fosse aquela sensação de ter o corpo sendo ra
— Onde está Feyre? – Hiatos perguntou novamente e Ethan franziu o cenho.— Está segura. – Respondeu simplesmente e se falasse? O Fortnight a buscaria? Seria melhor pra ela ficar com o pai? Feyre queria ir embora? A simples possibilidade de qualquer uma das respostas ser sim fazia seu interior gelar. – Se ela quiser, ela voltará. – Respondeu sentindo Sorion levantar ao seu lado. – Não sou esse tipo de homem. – Falou baixo.— Que tipo? – Hiatos o encarava.— Que a obrigaria a ficar comigo. – Respondeu sério e encarou o Fortnight, Feyre não gostaria que ele brigasse com seu pai.— Você não conseguiria que ela fic