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O inverno de Sandara não passava de uma estação marcada no calendário, em nada seu clima mudava. O calor constante castigava os mais pobres pela falta de recursos ou mesmo de água e a cidade fedia. Uma mistura de mijo, suor, fezes, sangue e putrefação. Os corpos resultantes da guerra ainda que fossem jogados em campos fora da cidade ainda deixavam o rastro de fedor que o vento insistia em trazer e com isso as doenças também assolavam o lugar. As crianças tinham barrigas maiores que as cabeças, ainda que não comessem quase nada e os adultos tinham feridas que se espalharam pelo corpo, isso era mais comum nos pedintes das ruas e nos escravos, o saneamento não existia e os excrementos corriam pela cidade em pequenas valas que passavam nos cantos das ruas.

— As pessoas estão morrendo. &ndash

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