A brisa tocava suavemente minha face, trazendo-me uma infinita sensação de familiaridade. Respirei fundo, soltando lentamente o ar por meus lábios. Não seria eu, uma simples semideusa, capaz de descrever tal sentimento que se apossou do meu coração. Ao apertar firmemente minhas mãos, surpreendi-me inteiramente ao sentir minhas duas espadas sobre minhas palmas. E, por mais inacreditável que parecesse, uma energia extremamente forte correu por meu corpo, alcançando rapidamente meu coração, aquecendo-me diante de tal familiaridade. Era indescritível. Por míseros segundos, pensei ter visto pequenos flocos de neve espalhando-se por minha visão, lembrando-me da bela e gélida garota que de certa forma, ainda seria a causa da minha felicidade ou... a razão da minha destruição. Não saberia opinar diante de t&atil
Meus passos eram firmes sob a lama que se agarrava cada vez mais em meus sapatos. Finalmente ao dirigir meu olhar para trás, não fui mais capaz de ver o acampamento que havia deixado em meu passado. Acariciei suavemente minhas pálpebras, suspirando pesadamente. Limpei meu rosto em minha blusa ao tê-lo sujado devido a sujeira presente em meus dedos.— O que eu faço agora? — Questionei completamente perdida, sem rumo. Observei ao meu redor, não vendo nada além de árvores e uma longa estrada pela frente. Segurei firmemente os cabos das espadas, tirando-as rapidamente da minha cintura ao escutar um breve ruído ao meu lado. Virei naquela mesma direção, surpreendendo-me completamente ao ver alguém que pensei jamais ver novamente.— Meu Deus! &
Uma pergunta ainda insistia em vagar incansavelmente por minha mente.Por qual motivo Allyson haveria de ficartãomagoada com uma simplesvisita?Nunca pude vê-la tão enraivecida pelo simples mencionar de um nome.Jason.Quem haveria de ser? Um parente? Uma visita? Ou apenas mais um inimigo?Silêncio.Como sempre, sem respostas.Continuei caminhando a passos lentos pelo mesmo caminho em que achei ter visto Amy pela última vez. Apenas o brilho da lua cheia se fazia presente diante daquela bela e iluminosa noite. Observei o céu, lembrando-me das perdas com as quais fui obrigada a presenciar.— Priminha! Como está? —
"Uma forte pontada se fez presente em minha cabeça, me fazendo sobressaltar rapidamente do lugar em que eu me encontrava deitada. Suspirei pesadamente, locomovendo minha mão sobre o colchão macio em que acordei naquela manhã chuvosa.Me movimentei vagarosamente sobre o colchão, pôndo meus pés sobre o chão de madeira, ouvindo um leve ruído do assoalho assim que me levantei. Observei ao redor, lembrando-me perfeitamente daquela casa. Eu me lembrava daquele lugar, já havia sonhado com aquilo.Eu estava na mesma casa com a qual sonhei pela primeira vez, a mesma morada em que
Ao acordar novamente naquele lugar, mal conseguia me lembrar de como havia chegado até ali. Meu único desejo era poder me livrar da maldita dor de cabeça que percorreu até minhas pálpebras. Meus pulsos latejavam com a minha inútil tentativa de me mexer. Mordi meu lábio inferior ao sentir uma intensa fisgada na região dos meus recentes ferimentos.— Deveria ter aceitado minha ajuda quando lhe ofereci ontem a noite. — A mesma voz masculina se fez presente por ali, ecoando por entre as paredes. Brian se sentou na cadeira que encontrava-se de frente para a minha atual cela.— Já disse que não preciso da sua ajuda! — Disse firmemente, referindo-se aos meus machucados. Ele ajeitou rapidamente a sua postura quando um homem de aparentemente trinta anos adentrou sem nenhuma delicadeza o cômodo em que estávamos. Reparei que sua expressão também havia mu
Acordei sentindo um peso sobre a minha barriga. Busquei ignorar tal sensação, mas me sobressaltei levemente ao sentir uma mão tocandoo meu rosto. — Desculpa, não queria te assustar. — A garota sobre mim murmurou brincalhona. Um sorriso terno enfeitava os seus lábios. Suspirei pesadamente, esfregando suavemente minhas pálpebras. — Merda, não foi um sonho. — Comentei aliviada, observando novamente a garota sobre mim. Ela riu perante minhas palavras. — Não sabia que costumava sonhar comigo, amor. — Revirei os olhos com a ironia embutida em sua voz. Era uma idiota. Só podia ser. — Cala a boca, Verônica! — A empurrei suavemente para longe do meu corpo, ouvindo sua risada ao meu lado. — Nossa. Isso tudo são saudades da minha pessoa? — Ri com o quanto a minha melhor amiga conseguia ser uma idiota,
Poderia arriscar a dizer que não suportava mais acordar naquele maldito lugar. Era o quinto dia desde a última e estranha visita de Thomas à nossa cela. Mas as torturas não haviam parado. Dia após dia eles buscavam arrancar alguma informação útil de nós duas, porém sem obter qualquer êxito. A demora em achar alguma saída daquele lugar estavam fazendo-me enlouquecer aos poucos. Eu já não enxergava uma saída plausível diante daquele inferno. As marcas em meu corpo falavam por si mesmas. Cicatrizes de uma época que jamais seria esquecida.— Eliza, está me ouvindo? — Uma voz ecoou quase sem som perante aos meus ouvidos. Como um sussurro leve e calmo da brisa que costumava tocar nossos rostos. Como o sol brilhante e renascido que tocavam nossos corpos através de uma brecha presente na maldita cela em que estávamos apodr
"Lindos olhos esverdeados olhavam diretamente para mim, enquanto braços me esquentavam do frio que se encontrava naquela bela noite. Os cabelos daquela que me abraçava firmemente possuíam um tom de castanho escuro, com pequenas mexas rosas, caindo perfeitamente sobre suas costas. Sua pele extremamente alva apenas a tornavam mais bela. Parecia irreal tal beleza diante de mim.Aquela da qual o nome ainda me era desconhecido, pegou minha mão e beijou suavemente o dorso da mesma, olhando intensamente em meus olhos e se possível, despindo minha alma apenas com aquele olhar. Passei meus braços sobre seu ombro, juntando mais nossos corpos no processo. Ela sorriu em minha direção assim que juntei nossas testas, fechando meus olhos como consequência. Eu podia não fazer ideia de quem ela fosse, porém sua presença me fazia bem, como há m
E lá estava eu novamente, porém, aquele lugar era diferentedetodos os outros em que já estive em meus sonhos. Eu me encontrava em uma montanha que não seria capaz de afirmar o lugar com exatidão.Anevecaia livremente por ali, formando um belo caminho de gelo. Caminhei vagarosamente por aquela estranha montanha, até ouvir uma voz conhecida por mim:—Henry, o que faremos? — Segui aquela voz meio sussurrada, parando em frente à uma assustadora caverna. A escuridão predominava por ali, me sendo capaz apenas de ouvir suas vozes.Porém, apesar do medo que senti em relação a aquele lugar, entrei por e