Capítulo 3
Rd narrando
A gente para o carro na frente do barraco no alto do morro que a gente chamava de Juizo, onde a gente levava todos os merdas , x9 , vermes.
Eu abro o porta mala do carro e ela começa a me bater.
- Me solta – ela fala e eu seguro as suas mãos com força e ela me encara.
- Eu juro que faço você viver um inferno – eu falo.
Eu a pego pelo braço e jogo ela dentro do barraco em cima de um colchão.
- Demoraram – JK dono do morro do alemão fala. Fernanda está do lado dele fumando um baseado. – Essa é filha do Antonio?
- Você conhece meu pai? – ela pergunta para ele.
- Eu lembro de você pequena – ele fala – que merda que você fez da tua vida se envolvendo com o filho da puta do Perigo – ela o encara e depois me encara.
- Estava indo para o Pará – eu falo.
- Eu já disse que eu não ia falar nada – ela fala firme e a gente começa a rir.
- A polícia está te procurando em rede nacional garota – Fernanda fala para ela – em qualquer lugar que você fosse, você seria encontrada você querendo ou não. Eles iriam te prender, te pressionar até que você contasse.
- Você sabe de mais – Eu falo para ela e ela me encara – Eu já te disse você sai daqui morta ou com Perigo.
- Vai demorar – Jk fala – ele foi preso e nem deu entrada na penitenciaria.
- Ele pode ser morto – ela fala nos olhando – pelos policiais.
- É melhor você torcer pra que isso não acontece, porque ai eu te mato – eu falo para ela que arregala os olhos para mim – amarra ela.
- Não – ela fala e Fernanda se aproxima dela – não encosta em mim – ela grita e tenta reagir, mas Jk aponta a arma para ela.
- Eu tenho maior respeito pelo teu pai, mas não tenho paciencia com garota mimada – ele fala olhando para ela – se envolveu com traficante porque quis e você sabia que não poderia largar ele quando bem quisesse, então agora cala a porra da tua boca e vai fazer tudo que a gente mandar sim, se tivesse procurado a nossa ajuda ao invés de fugir, as coisas ficariam tranquilas para você. – Fernanda a amarra.
- Vocês vão me manter aqui até quando? – ela pergunta com raiva.
- Até a gente achar que é necessário – eu respondo para ela.
A gente sai do escritório e Ph nos chama na boca.
- Olha só – Ph fala – acabei de saber por nosso informante na polícia que alguém denunciou dizendo que Perigo estaria fora do morro naquele momento e ele foi preso dentro da casa dele.
- Só pode ter sido a Malu – Fernanda fala.
- Não – Jk fala.
- Foi sim – ela fala – aquela garota sofre horrores na mão dele, a primeira oportunidade ela ia denunciar e ela fugiu muito rápido do morro, não acha? – ela questiona a gente.
MALU narrando
Eles vão embora me deixando sozinha nesse inferno, eu começo a gritar pedindo ajuda, mas de nada adianta, eu tento soltar as cordas que aquele brutamonte amarrou em minhas mãos, mas ela amarrou forte e as cordas nem se mexia do lugar.
- Merda – eu falo gritando – eu odeio você Perigo – eu tiro o colar que ele me deu que eu tinha no pescoço e jogo ele longe dentro daquele barraco, esse lugar era escuro, imundo e fedido.
Eu vejo um rato andando pelo barraco, eu fico de pé e começo a gritar.
- Sai seu bicho horroroso e imundo – eu grito.
Depois de tudo que eu passei com Perigo eu ainda vou ter que ficar aqui sendo prisioneira desse maluco, depois de algumas horas e aquele rato andando de um lado para o outro, a porta é aberta e agora entra apenas Rd.
- Como está sua estadia em nosso hotel 5 estrela? – ele fala com um sanduiche em suas mãos.
- Me tira daqui, tem ratos nesse lugar – eu falo – eu não vou dormir aqui.
- Com saudade do luxo que Perigo te dava? – ele pergunta me olhando. – acabamos de descobrir que foi denúncia. – eu o encaro – foi você que denunciou ele?
- Não – eu respondo rápido.
- Você fugiu muito rápido do morro – ele fala me encarando.
- Eu estava com ele dentro de casa eu vi quando a policia chegou – eu respondo.
- E fugiu como sem que eles enxergasse você? – ele pergunta me olhando.
- Eu pulei a janela do quarto, eu e Perigo a gente estava discutindo e eu fugi dele e nessa hora a policia entrou – eu falo e ele me encara com um sorriso no canto do rosto e segura forte o meu rosto – você está me machucando. – eu falo olhando para ele.
- Foi armação, não foi? – ele fala me encarando nos olhos – uma briga premeditada, uma fuga. Você fez um combinado com a policia? – eu nego – sua piranha desgraçada – ele me j**a contra a parede – Perigo é um imbecil de querer te manter viva.
- Eu não fiz nada – eu falo para ele – você realmente acha que perderia meu tempo denunciando ele? A única coisa que eu queria era fugir dele e eu sei que se ele fosse preso, a policia me caçaria ou vocês – ele me encara – eu sei que eu sei de mais e sei que a policia quer me encontrar para que eu conte tudo a eles por isso a primeira coisa que eu fiz, foi fugir - ele começa a rir.
- Achando que iria conseguir? – ele pergunta.
- Perigo te caçaria até no inferno – ele fala – quando ele sair tu tá ferrada garota, se ele não te manter viva até lá para ele mesmo te matar com as próprias mãos.
- Vocês são todos covardes – eu falo encarando ele – todos covardes, vocês se acha foda só porque tem uma arma em mãos, mas não passa de uns traficantes de merda.
- Quer mesmo me ofender? – ele pergunta me olhando.
- Todos vão ter o mesmo destino, ser presos ou mortos – eu falo – e eu fico feliz cada vez que vejo um de vocês sendo mortos.
Ele se aproxima de mim tirando a sua arma da cintura e apontando na minha cabeça.
- Repete sua vagabunda – ele fala – repete sua vagabunda! – ele grita em meus ouvidos.
- Eu quero vocês todos mortos – eu falo olhando para ele – vocês todos são uns filhos da puta e merece o pior – eu cuspo na sua cara.
Ph entra dentro.
- Ei ei – ele fala segurando a mão do amigo – isso b**e nela e depois Perigo vai cobrar.
Rd me solta com tudo no colchão.
- Enquanto Perigo não volta, tu é minha responsabilidade e se prepara que se você não morrer de fome e sede aqui, tu vai ter sorte – eu o encaro.
- Covarde – eu falo para ele – O dia que você morrer eu vou está viva para sambar em cima do teu corpo.
- Caralho garota, cala a porra da tua boca – Ph fala para mim.
- Não se preocupa, que antes disso eu te mato – ele fala me olhando com raiva.
Perigo narrando- Aqui o celular que você encomendou – um dos agentes da penitenciaria me entrega.Eu pego o celular e a primeira coisa que eu ligo é para o número de Malu mas cai na caixa postal e ela não me atende.Filha da puta!!Eu disco o número de Rd , demora um pouco mas logo ele atende.- É , Perigo – eu falo.- Até que enfim pegou o celular – ele fala no outro lado da linha – tá sabendo do estrago do morro?- Quero saber da minha mulher – eu falo.- Deveria tá tão preocupada com ela assim, não. Ela meteu o pé quando tu foi preso – ele fala.- Que filha da puta, acha ela até no inferno Rd – eu falo.- Relaxa, peguei ela fugindo em um ônibus – ele fala – tá no barraco.- Ela estava fugindo para onde? – eu pergunto.- Pará – ele fala no outro lado – com uma mala de dinheiro, a mesma que te entreguei mais cedo. Você sabe o que significa né?- Como os vermes entraram no meu morro? – eu pergunto.- Denuncia anônima – ele fala. – o que você estava fazendo na hora?- Discutindo com e
Capítulo 5Malu narrandoSe Perigo acha que vou ficar aqui nesse morro trancada porque ele quer, ele está muito enganado! Eu cansei de levar ordem dele, de obedecer a ele e abaixar a cabeça, eu queria me livrar dele e eu tinha que achar uma forma de fugir ou fazer Rd comer na minha mão.A porta do meu quarto está trancada, mas a janela não, eu olho para baixo vendo que a casa era muito alta e se eu pulasse provavelmente eu morreria e tinha vários vapores armados envolta da casa, até porque tinha uma boca bem na frente.A porta do quarto é aberta e era a mulher que trabalhava com eles, eu já tinha visto era algumas vezes conversando com Perigo e até mesmo com o meu pai quando ele ainda era vivo.- A primeira-dama pode sair do quarto – ela fala me olhando – pode andar pelo morro mas se tentar fugir ou alguma gracinha, a ordem é te matar.- Você conhecia meu pai, não? – eu pergunto e ela me encara.- Eu não sei quem é seu pai – ela fala.- Sabe sim, aquele outro traficante falou o nome d
Malu narrandoEu olho para ele e ele me encara de cima a baixo.- Pega a sua camiseta – eu falo- Veste ela – ele fala com raiva – agora que eu estou mandando – eu começo a rir.- E se eu não vestir, você vai fazer o que? – eu falo sorrindo para ele.Ele tira a arma da cintura e aponta para mim.- Veste – ele fala me encarando.- Pedindo com jeitinho, é claro que eu faço – eu falo colocando a camiseta de volta.- Não mexa mais nas minhas coisas – ele fala vindo em minha direção e eu ando para trás – O que você falou para Ana?- Nada de mais – eu respondo – apenas disse que você não tinha me dito que tinha namorada, eu menti? Você me disse que tinha? Ela que levou para outro lado e não me deixou nem explicar – eu bato as costas na parede.- A próxima vez que você abrir a boca para falar com Ana, eu te mato – ele fala.- Eu não estou entendendo, eu sou fiel do seu primo. É só você falar isso a ela – eu respondo – você que não conta as coisas para sua namorada e ai a culpa é minha? – eu
Malu narrandoEu desço as escadas arrumada, Rd me encara de cima a baixo, eu tinha colocado um vestido canelado e um casaco envolta da cintura, o vestido marcava muito bem o meu corpo, nada mais me assustava do que ter que enfrentar Perigo.- Rd, por favor – eu tento implorar pela ultima vez.- Se você abrir a porra da boca mais uma vez, eu te levo arrastada – ele fala – você quer isso? – eu nego com a cabeça – então vamos.Ele me entrega o capacete e eu subo na sua garupa, arrumo o meu vestido para que ele não subisse e entrelaço as minhas mãos na cintura dele.Eu começo a rezar para todos os santos que poderia existir no mundo, pedindo e implorando que Rd desistisse de me levar até lá, ele para a moto atrás da penitenciaria.- Desce – ele fala e um homem vestido de agente sai para fora e eu desço da moto me tremendo por inteiro.- Rd, me tira daqui – eu falo para ele.- A sua marra toda é só longe dele não é princesa? – ele fala me encarando – se acostuma, essa é a vida de fiel quan
Malu narrandoEu estou sentada na calçada nos fundos da penitenciaria, com um saco de gelo em meu rosto. As lagrimas descia em meu rosto sem parar, meu rosto está inchado e dolorido e o sangue escorria no canto da minha boca.Um carro para do meu lado e dar uma buzinada, com dificuldade eu me levanto e abro a porta do carro vendo PH no motorista, eu entro e puxo o cinto, ele me encara, mas não diz nada.- Toda quinta feira depois da meia noite esteja pronta - PH fala – você vai vir até a penitenciaria encontrar ele.Eu não respondo nada, apenas continuo com o saco de gelo em meu rosto, a minha raiva era tanta por Perigo, mas tanta.- Obrigada – eu falo baixo quando ele estaciona na frente da casa de Rd.- Quer um conselho? – ele pergunta – abre as pernas e finja, geme e finge orgasmo, assim você não precisa apanhar dele toda vez. Se não, ele ainda vai te matar na pancada.- Obrigada – eu falo novamente.Eu desço do carro com bastante dificuldade, meu corpo todo dóia , eu entro dentro
Rd narrando- A morena estava toda acabada quando entrou no carro – Ph fala e eu continuo contando dinheiro na mesa.- Perigo nunca foi paciente – Fernanda fala.- Só que Antonio era parceiro do pai dele e dele – Ph fala – ele não deveria machucar ela dessa forma.Eu acendo um baseado e encaro Ph.- Se mete com bandido e quer vida boa – eu falo – se ela não tivesse fugido, ele não a trataria dessa forma.- Você conhece seu primo – Ph fala.- Tá com pena dela? – eu pergunto – confronta Perigo para defender ela – Ph nega.- Vou pegar o dinheiro nas bocas – Fernanda fala saindo .- Recebi informação do nosso informante na policia – eu falo – esse é o policial.- Como é o nome dele? – PH fala.- Kaique torres – eu falo – é esse que está querendo pacificar os morros e nos dar trabalho.- Filho da puta - ´Ph fala.- Deixa eu te dar um aviso – eu falo – Fernanda tá de olho em você e na Julia.- Do nada muda de assunto – eu falo.- É um recado – eu falo – se ela te pegar com a filha dela, ela
Julia narrando Eu subo até o alto do morro e fico esperando Ph, que chega logo depois de mim. - Achei que não iria vir – ele fala. - Minha mãe está marcando encima – eu falo. - Rd me falou que ela está perguntando de mais sobre mim – ele fala se sentando ao meu lado e beija a minha boca. - Se ela descobre ela é capaz de me mandar para o outro lado do mundo – eu falo resmungando – eu não aguento mais ela pegando no meu pé. - Você tem medo dela, mas precisamos enfrentar ela – ele fala. - Ela jamais iria aceitar nosso relacionamento – eu falo. - Você tem 17 anos – ele fala. - Mais alguns meses eu completo 18 e ela não vai mais mandar em mim – eu falo para ele – e ai eu vou enfrentar ela e dizer a ela que eu quero ficar com você. Ele passa a mão pelo meu rosto. - Eu te amo – ele fala. - Eu também amo você – eu falo para ele. A gente começa a se beijar, eu vou para cima dele em seu colo, ele tira o fuzil do seu corpo colocando ao lado e eu tiro a sua camiseta, ele tira a minha
Malu narrando- Você quer me matar? – eu pergunto a ele – você que me trouxe na merda desse baile – eu falo baixo – sua namorada fica me cercando o tempo todo, você que deixa ela pensar que nós temos algo, sendo que a gente não tem nada.- Cla boca, estou cansado de você – ele fala.- Você que me trouxe para essa porcaria de baile, eu estava quieta na minha – eu falo olhando para ele.- Rd – Ana fala chorando. – Me ajuda – ele olha para trás.- Você viu que eu estava quieta, ela que saiu de perto de você para ficar me provocando – eu falo para ele – porque ela acha que estou com você se você não der fim nisso, daqui a pouco cai nos ouvidos de Perigo – ele me encara.- Ela tem razão – Jk fala parando do nosso lado – Ana que foi lá – ele encara Jk.Ele me larga e eu me levanto rapidamente, ele se aproxima de Ana e pega em seus cabelos.- Eu não quero mais você perto de mim – ele fala para ela.- Não precisa machucar ela – eu falo quando vejo que ele segura forte o seu cabelo.- Me solta