Madelaine passou a mão em seus cabelos longos, virando um pouco na frente do espelho, vendo se o comprimento de seu vestido não estava muito curto. Estava vestida pra se encontrar com Christopher, Thomas e a namorada do rapaz, Sarah. Brandon e Darla deveriam ir também. Ao menos era o que Christopher achava que ia acontecer. Seus amigos tinham fechado o restaurante predileto do príncipe para comemorarem sua defesa com uma festa surpresa, já que todos imaginavam que o momento da tarde seria algo mais formal e ele só iria dar as caras por conta da educação e etiqueta. A ideia partira dela e foi bem simples fazer com quem todos os amigos mais íntimos do príncipe topassem a ideia.
Quem o conhecia, sabia que ele era um cara simples, sem grandes ambições, se não fosse um príncipe herdeiro. Era o cara que gostava de cerveja e ver futebol, era quem Mady defendia com todas as forças quando via alguém falar mal por aí, como se ele não fosse nada além de impecável na frente de qualquer câmera ou meio midiático. O dia tinha começado com um grande holofote nele e respigava nas pessoas ao redor. Pela manhã, tinha acordado ansiosa para ir assistir a defesa de Christopher . Quando o viu subir no palanque e fazer a defesa de seu trabalho, não conseguia parar de sorrir. O loiro transparecia confiança, mas Madelaine , por todos os anos de amizade, sabia que ele estava nervoso, ao nota-lo limpar a mão, que provavelmente estava suada, na calça que usava. Após Christopher encerrar sua apresentação de defesa, mesmo ela não entendendo muito de economia, sabia que ele tinha sido excelente em seus argumentos, quase não cabia em si de orgulho quando todos o aplaudiram pela incrível apresentação de seu melhor amigo. Era mais um momento da vida dele que ela acompanhava, pois seu vínculo tinha sido formado na infância. Ficou pouco tempo na “festinha” que a Imperatriz tinha preparado Como a moça tinha ajudado na organização, sabia que todas aquelas pessoas não deveriam estar ali. Sabia também que os bons costumes audrelianos impediriam qualquer pessoa de expulsar os convidados que não foram chamados, mas isso seria uma grande falta de educação, principalmente vindo da família real.Agora, conferência seu batom vinho e a maquiagem com bastante iluminador, do jeito que gostava, para irem se divertir naquela noite. Não esqueceu de passar seu hidratante preferido, obviamente combinado com o perfume, antes de sair de seu espaçoso quarto, que estava uma grande bagunça por ela ter demorado horrores para enfim escolher uma roupa legal para a festinha que prometia ser ótima!Ouviu o som de uma buzina e sabia que Christopher tinha chegado para busca-lá. Ele havia mandando uma mensagem para Madelaine , avisando a moça de sua ida até a casa dela. A jovem pegou sua bolsa e telefone, saindo rapidamente de seu quarto e indo em direção as escadas. Sua casa tinha sido projetada por um amigo de seu pai, em estilo norte americano, saindo um pouco do tradicionalismo. Seus irmãos, Brandon e Eva, tinham ido ao cinema ver algum filme de terror que Madelaine provavelmente odiaria, pois o rapaz precisava cumprir sua parte numa aposta que tinha feito com a irmã caçula e seus pais estavam em um evento beneficente naquela noite. O pai de Mady era um líder comunitário que ascendeu na carreira política, o que o levou a ser chamado para participar do Conselho que acompanhava o Imperador Marcus.Quando seu pai entrou na política, além do status social de sua família ter mudado, o econômico também mudou, com sua mãe saindo do emprego de professora em uma pequena cresceu e tendo condições de cuidar dos três filhos diretamente em casa. Eles ficaram conhecidos na região pelo bom trabalho do pai e hoje, tinham uma condição financeira confortável. Tanto ela quanto o irmão estudavam na mesma universidade que Christopher, a melhor do império é uma das mais renomadas da Europa. Mady tinha ralado para conseguir sua vaga no curso de letras, porque herdou não só os cabelos cor de cobre de sua mãe, mas o gosto pela leitura e a vontade de trabalhar com livros foi alimentada por todo o acesso que teve desde a infância. Ela escrevia livros para plataformas de fãs para fãs quando era adolescente, com todos os membros da banda McFly sendo o alvo de suas peripécias românticas, dos onze anos até os dezesseis, coisa que ela negaria até a morte, mesmo que o HD de seu computador ter guardado as fanfics.Ao abrir a porta, viu Christopher montado sobre sua moto, um modelo esportivo que Madelaine nunca lembrava como se chamava,mesmo ele já tendo explicado inúmeras vezes. Era preta com laranja, as cores favoritas do rapaz. A moça o viu retirando o capacete, passando a mão no cabelo loiro. Madelaine sabia que tinha ouvido a buzina certa de seu quarto. Olhou para seu vestido rodado. Aquilo não daria certo. Ela trancou a porta, guardando suas chaves na bolsa e caminhando em direção à seu melhor amigo. Suas sandálias baixas faziam um barulho suave nas pedras de mármore que formavam um caminho até a rua.— Hey, Chris! — cumprimentou Madelaine, abraçando Christopher meio de lado, por ele estar na moto esportiva. O cheiro da colônia dele era forte, algo com um toque de frescor e sândalo, numa combinação muito boa. — Como vai meu novo economista favorito?— Oi, Mady! — Disse ele sorrindo e estendendo um capacete em sua direção. — Já estamos um pouco atrasados. Thomas já ligou enchendo a porra do meu saco. Ele disse pra irmos pro Bombs. Uma boa notícia. Dia da liberdade! — Ele riu em comemoração, o que a fez se sentir alegre também. Dia da liberdade era o código que eles usavam quando o jovem não estava sendo seguido ou vigiado pelos seguranças da família. Mesmo que protegido de longe, Christopher não gostava de ser vigiado.— Maravilhosa, então vamos logo! — Mady vidrou com a notícia e colocou o capacete. Era bem comum andar de moto com Christopher. Mesmo depois das mães de ambos quase morrerem do coração quando o jovem começou a colecionar veículos e a insistir de pilotar quando fez 18 anos. Mady teve um pouco de medo no início, mas Christopher não era nenhum louco, mesmo gostando de correr. A ruiva segurou nos ombros de Christopher e subiu na rabeta, ajeitando - se sobre a moto. Acabava ficando um pouco inclinada sobre Christopher por conta do design inteligente do transporte. Seu vestido subiu drasticamente, deixando as coxas de Madelaine a mostra.— Posso ir? - Perguntou o loiro, após recolocar o capacete e enfiando a chave na ignição de novo.— Ahn… acho que eu vou trocar de roupa. - Disse Madelaine , ouvindo sua voz abafada por causa da pressão nos ouvidos e de sua viseira, que já estava abaixada. - Esse vestido está muito curto... - E ficaria mais por causa do vento quando estivessem em movimento. Madelaine viu Christopher virar um pouco a cabeça, olhando sua perna, onde o vestido deixava um pouco mais da metade da coxa de Mady descoberta. O rapaz colocou a mão sobre a pele dela, fazendo a moça arregalar os olhos, coisa que ele não viu, claro. As pontas dos dedos dele puxaram um pouco o tecido verde claro, entretanto o pano não foi tão longe por simplesmente não ter mais pano.— Não está tão curto assim. Nós vamos chegar logo. — Ele virou-se pra frente e girou a chave na ignição, ligando a moto e fazendo o motor roncar debaixo deles. Não tinha achado que ela estava tão descoberta assim. Estavam atrasados e Christopher estava com fome. Madelaine estava estranhamente paralisada. Aquele toque tinha sido tão despretensioso e .. estranho.Christopher girou o punho, acelerando a motociclieta. Madelaine apenas colocou as mãos na cintura do loiro. Não sabia porque, mas não queria abraçar ele, como sempre fazia quando estava em sua garupa. O rapaz baixou a viseira de seu capacete, suspirando e puxando os braços da ruiva para seu redor, fazendo-a abraça-lo e se inclinar sobre ele.— Bem forte,Mady — ordenou como já fizera tantas outras vezes. — Se não, você pode cair.Christopher saiu com a motocicleta, fazendo Madelaine aperta-lo um pouco. A saída sempre era a parte mais chata. Encostou a cabeça no ombro do loiro, sentindo ele acelerar e seguir um caminho que era comum pra eles. A moça queria que sua cabeça, como em outras vezes que aproveitara a viagem, reaprendesse o caminho que sempre faziam, mas o caminho no qual estava pensando era algo novo e totalmente ou quase totalmente desconhecido para ela.Estava pensando no caminho que os dedos de seu melhor amigo havia traçado em sua pele.O que era completamente estranho para ela , por não ter pensando nisso em outros momentos. O que estava acontecendo ali?Os braços de Madelaine estavam firmes ao redor de Christopher , mas estranhamente, ele sabia que ela não estava muito atenta. Não conseguia ver pelo retrovisor seu rosto, apenas o cabelo longo voar com a velocidade. O caminho ao Bombs foi bem rápido. Aquele era um trajeto que o loiro poderia fazer de olhos fechados, se não houvesse nenhum outro veículo nas ruas. As mesas do lado de fora do restaurante estavam todas ocupadas, mas a moça sabia que seus amigos só reservaram a parte de dentro, para que Christopher não desconfiasse. O loiro parou em frente ao restaurante, fazendo com que algumas pessoas olhassem, tanto pelo barulho que o motor quanto por causa do modelo, um lançamento para poucos. Parou também para que Madelaine descesse da moto e ele estacionasse. Não era algo que precisavam combinar, era hábito. Ela tomou cuidado para não “pagar calcinha”, ao descer, passando as mãos pela barra de seu vestido para deixá-lo alinhado. Christopher levou a moto até o meio fio, estacionando e desligando o veículo. Desceu e viu Mady arrumar a franjinha sobre a testa com a pontas dos dedos, esperando-o.O vento da noite de outono fazia o cabelo longo e acobreado de Madelaine esvoaçar, fazendo-a rir sozinha. Ela não percebia, mas esses faziam parte dos momentos favoritos de Christopher ao observar a ruiva, quando Mady era ela mesma.— Vamos entrar? O pessoal deve estar esperando a gente lá dentro.Madelaine estava fazendo sua melhor cara de paisagem, demorando como quem não queria nada demais, mesmo sabendo que o restaurante estava cheio com os amigos do príncipe e a festa toda pronta para recebê-lo.— Vamos! — Christopher foi andando na frente e Madelaine fez questão de atrasar o passo, para que ele abrisse a porta. Mesmo seu amigo sendo sempre um verdadeiro príncipe quando se tratava de gentilezas, ela queira que ele tivesse a surpresa genuína. — Sabe... — Começou ele,tirando o capacete, colocando a mão na maçaneta da porta. — Eu estou morrendo de vontade de irm-— SURPRESAAAAAAAA!!! — Gritaram todos os amigos de Christopher , jogando confete e glitter nele e consequentemente em Madelaine , que vinha logo atrás. Thomas, Sarah, Brandon, Tina, Taylor e até mesmo Kurt, seu antigo segurança, estava lá. O rapaz viu vários deles com celulares nas mãos, para registrarem o momento de sua chegada. Vários assobios e salva de palmas também soavam no local, por conta da alegria por
Não era, mas Mady sabia que não tinha nada a ver com aquilo, mesmo que ela tratasse o pessoal com certo desdém em alguns momentos. — Enfim, você está linda demais com esse vestido! Eu falei que seria uma boa compra! — Disse Tina convencida, abraçando a amiga pelos ombros. Tina era amiga de Mady há algum tempo e como nos clichês românticos dos livros que Mady adorava ler, sua melhor amiga evoluiu para cunhada e claro que foi Madelaine que serviu de cupido pra ea e Brandon, quando se conheceram na época do ensino médio. Foi nessa época que Tina veio para a capital com sua família de mudança, por causa do emprego de seu pai, que era gastrônomo e iria dirigir um restaurante com uma estrela Michelin lá. Já a loira de cabelos longos era uma design de interiores que amava moda e mesmo às vezes preferindo um estilo mais sexy e casual, era muito doce, o que conquistou o coração de Brandon, irmão mais velho de Madelaine. — Linda tá você com esses sapatos! — elogiou a amiga e foi sincera. T
Não era, mas Mady sabia que não tinha nada a ver com aquilo, mesmo que ela tratasse o pessoal com certo desdém em alguns momentos. — Enfim, você está linda demais com esse vestido! Eu falei que seria uma boa compra! — Disse Tina convencida, abraçando a amiga pelos ombros. Tina era amiga de Mady há algum tempo e como nos clichês românticos dos livros que Mady adorava ler, sua melhor amiga evoluiu para cunhada e claro que foi Madelaine que serviu de cupido pra ea e Brandon, quando se conheceram na época do ensino médio. Foi nessa época que Tina veio para a capital com sua família de mudança, por causa do emprego de seu pai, que era gastrônomo e iria dirigir um restaurante com uma estrela Michelin lá. Já a loira de cabelos longos era uma design de interiores que amava moda e mesmo às vezes preferindo um estilo mais sexy e casual, era muito doce, o que conquistou o coração de Brandon, irmão mais velho de Madelaine. — Linda tá você com esses sapatos! — elogiou a amiga e foi sincera. T
— Fiquei muito feliz quando o vi aqui. — Disse Christopher para Kurt, seu antigo sensei. Estavam sentados sozinhos, parte dos convidados já estava indo embora. O karaokê já tinha sido desligado e o restante do pessoal estava terminando os trabalhos.— Claro que eu não perderia algo assim, Christopher -sama. - Disse o outro. Kurt tinha trabalhado para a família real, era professor de karatê de Christopher . Durante toda a infância e adolescência do príncipe, tinha treinado o jovem, algo que só acabou quando o mais velho casou. Christopher treinava com outro mestre, David Samone.— Você sabe que não precisa me chamar assim. - Lembrou Christopher . Já estava um pouco alterado, mas ainda bem consciente. Kurt sorriu.— É um hábito que demora a morrer. Kareni não veio por causa que teve que ficar com Ayla que está resfriada, mas mandou parabéns. - Falou referindo-se a sua esposa e filha.— Ayla está bem? - Perguntou Christopher , olhando a feição de seu antigo mestre com atenção. A f
Brandon deixou Tina no apartamento que morava com o pai no centro da cidade e após, os irmãos Carter fizeram um caminho rápido e silencioso até sua casa. Madelaine subiu rapidamente as escadas para não acordar seus pais e Eva. Desejou boa noite ao seu irmão e entrou em seu quarto. Tirou suas sandálias baixas e desceu o zíper de seu vestido, porque tinha dançado mais do que achava que faria e estava suada, mesmo com a noite dando sinais de tempo mais frio, precisava tomar um banho para dormir. Talvez debaixo d'água seus pensamentos ficassem mais claros. Christopher estava muito estranho. Antes de tirar suas lingeries, certificou-se de fechar e travar as janelas de seu quarto. Chris tinha entrado por sua janela na semana anterior na madrugada. Enquanto entrava debaixo do chuveiro, mesmo com a certeza de que agora, diferente do dia em que eles dormiram juntos, o príncipe estava escoltado, era melhor previnir um susto do que remediar, como fez antes. Madelaine dormia, mas a vibração d
Christopher rolou em sua cama, tirando o travesseiro do rosto de seda. Mais uma noite ruim de sono, não importava quantos malditos fios egípcios tivessem seus lençóis, tem momentos que a cabeça de um homem é sua maior inimiga e a principal aliada da insônia. Essa coisa de arrumar uma noiva estava mexendo com sua sanidade. Também, não era para menos, porque acabou abrindo sua boca grande demais e falou uma besteira enorme para sua mãe.— Como a Senhora não sabe se eu tô com alguém? Nunca perguntou, fica só imaginando o que quer… — questionou-a, erguendo uma das sobrancelhas e dando a entender que estava namorando.Sua mãe quase deu pulinhos no lugar, dizendo um simples, “tudo bem”. Ela tinha virado o corredor e saiu gritando por Marcus, fazendo os empregados correrem para encontrar o Imperador pela grande casa real. O clima entre ele e sua mãe tinha sido completamente diferente na noite anterior. Se soubesse que ela iria reagir assim, talvez tivesse dito algo do tipo há algum tempo.
Madelaine caminhava pelo departamento de Letras com calma. Trocava um aceno ou outro com algum colega ou amiga. Estava próxima de terminar seu curso, então conhecia muitos estudantes que frequentavam as dependências. Muitos como ela, que cursavam letras, começaram por serem apaixonados por livros. Era comum que os alunos lotassem as aulas sobre estudos literários, escrita criativa, análise de clássicos e outras que conversavam com essa parte do programa de estudos. O sonho de Mady era dar aulas, quando começou a faculdade, mas agora, ela se sentia super impulsionada a tentar vagas em editoras, para ajudar na disseminação da leitura pelo reino. A jovem até pretendia estudar como caso um livro que foi sucesso de vendas na área do infantojuventil. Precisava só conseguir um orientador, mas sabia que talvez tivesse a resposta da senhora Gomez em breve. — Madelaine! — Chamou uma voz conhecida, fazendo a moça virar seu corpo em direção à garota. Quem estava chamando era Minzy, uma coleg
As costas de Christopher eram mais rígidas do que pedra. Ele tentava ao máximo se concentrar no trânsito que estava um pouco agitado por conta do horário. Tinha parecido fácil pensar em como falar com Madelaine sobre seu plano de fingirem estarem juntos e ela aceitar se casar com ele para valer, mas quando ele a viu, não conseguiu disfarçar um nervosismo que não sabia que iria sentir. Por isso estava tão calado. Com ela na garupa de sua moto, iam em direção a um dos parques da capital. Pela manhã, tinha dado ordens de prepararem um almoço para eles comerem juntos e solicitou que entregassem os quitutes lá. Tinha pedido também que a área onde iriam comer fosse isolada, uma das regalias de ser o príncipe herdeiro do império.Não sabia como aquela conversa iria acontecer e era algo completamente restrito a sua vida e a dela. Seria uma catástrofe se alguém ouvisse e outra aida maior se fosse flagrado o momento de Mady tirar suas bolas com as unhas, opção que o príncipe ainda não havia d