— Aonde vamos agora? — Carol pergunta, mudando uma das várias sacolas, de mão. — Estou faminta.
— Eu também.
— Somos três. — digo. — Mas ainda preciso comprar um vestido super chique e ir ao salão. Liam quer me levar para jantar hoje.
Elas se entreolham.
— Por que eu não tenho uma sorte dessa? — Gabi bufa. — Tudo o que eu precisava, era de um homem assim.
— Eu adoro o Liam, mas não vejo futuro no que temos.
— Você precisa parar de ser negativa e deixar as coisas rolarem. Liam é um cara tão maravilhoso. — Carol diz. — Olha o que tem na sua mão. Um cartão sem limites. Ele te deixou gastar com duas amigas. Que tipo de homem faria isso conosco?
Dou de ombros, mesmo sabendo que ela tem razão.
Desde criança, eu me vi como um objeto. Se todos me viam assim,
Liam estava sentado na minha cama, e eu, andando de um lado para o outro, completamente furiosa.— Você está me deixando tonto.— Eu quero matar aquela...Ele ergue uma sobrancelha.— Ela estragou o vestido. — digo, com a tristeza me corroendo. — Ele tinha ficado lindo em mim. E ainda foi muito caro.Liam suspira.— Vem aqui.Seguro sua mão e me sento em seu colo.— Qual sua maior preocupação? — ele arrasta os dedos na minha perna nua, causando-me um certo formigamento. — Em não ficar bonita para mim ou o preço do vestido?— Os dois.— Então fique despreocupada. — ele pousa sua mão no meu rosto e acarinha-me com o polegar. — Você sempre estará bonita para mim, pois você é. O vestido era apenas um apetrecho para sua beleza. E quanto o valor, não
Fico breves segundos imóvel, sem conseguir esboçar uma reação sequer. Afinal na minha frente estava novamente o homem que me estuprou por anos e matou minha gêmea.— Não vai falar nada? — pergunta, com um sorriso irônico estampado naquele horrível rosto. — Você já foi mais falante.— O que quer?— Me certificar de que não serei denunciado.Solto uma risada.— Você só pode ser burro. — ele fecha o sorriso. — Se eu fosse denunciar você, já o teria feito.— E por que não fez?— Para que? Por mais que eu amasse minha irmã, como eu poderia provar tudo? Já não aconteceu? Já não estou aqui? Só desaparece.— Isso é meio impossível. Estou devendo um dinheiro a um pessoal barra pesada e eles querem me matar.
— Quer que eu vá a uma festa com você?— Claro. Tenho que ter a minha mulher do meu lado.Meu corpo estremece.— Liam... quero te perguntar uma coisa...— Fica à vontade, amor.— O que temos? Porque você me comprou e...— Não comprei você. Decidi pagar aquilo à Marta, para que você não fosse mais obrigada a dormir com quem você não quer.Sorrio marota.— E com você eu quero?Ele ri.— Me responde você. Quer?Ele se apoia nos cotovelos e me encara com um sorriso malicioso.Solto uma risada e me debruço sobre ele, para beijá-lo.— Você é a melhor coisa que poderia me acontecer. O que você fez e faz por mim, não é algo que qualquer um faria. Você é único e...— Seu?&md
Assim que adentramos o apartamento de Liam, Julieta observa tudo ao seu redor com muita admiração. Liam abraçado a mim, me pergunta aos sussurros, se eu acho que ela vá se adaptar à nova mudança.— Nós duas vamos.Ele sorri e deposita um beijo na minha testa.— Aqui é tão lindo. — Juli diz. — Posso ver a cozinha?— Claro, mas antes quero mostrar o seu quarto.— Meu?— Claro que sim. Venha.Liam caminha na frente e eu agarro na mão de Julieta, para que ande ao meu lado.— Ele está falando sério? — sussurra. — Eu vou ter um quarto? Com uma cama de verdade?Sorrio, ao ver a sua empolgação.— Vai sim.Liam para diante de uma porta e faz menção para que Julieta se aproxime.— Quero que abra e desfrute do seu quarto. Se n&ati
— Não sei o que fazer. — Liam diz, assim que nos sentamos a mesa do seu restaurante preferido. — Ela não deve agir assim.— Está tudo bem, Liam.— Não, não está! Sophia precisa entender, que não é melhor que ninguém. E que nosso relacionamento acabou. Há muito tempo.— E como acha que vai fazê-la entender?— Não sei. Só estou bem cansado dela e de suas investidas.— Ela dá em cima de você?Liam abandona o cardápio que olhava, e me observa com um sorriso de lado.— Você está com ciúmes?— Eu? Que? Imagina. Só estou perguntando.Ele ri.— Sabe o quão fofa você está nesse momento?— Não estou com ciúmes! — exclamo e começo a brincar com meu cabelo. — Po
DIAS DEPOIS— Ai... acho que precisa de mais um ponto. — digo, ajeitando o vestido no meu corpo. — Como pude emagrecer tanto?— Você se exercita muito.— Mas eu não... — observo seu sorriso malicioso, através do espelho. — Julieta! HAHAHA.— Desculpe.— Está tudo bem. — tombo minha cabeça, observando minha imagem no espelho. — Amei esse vestido. Espero que Liam goste e que seja a altura daquela festa.— Ele ainda não viu? Por que?— Eu disse que queria fazer uma surpresa e ele ficou empolgado.— Tudo o que envolve você, o empolga.Suspiro.— Por que? — ela me olha. — Por que ele me achou?— O que?— Toda vez que pergunto a ele, o porquê de... nós, Liam desconversa. Tudo bem que sou muito grata por tudo. Ningu&eac
— Que calor. — reclamo, quando saímos do carro. — E, meu Deus!Estávamos de frente para um dos mais maravilhosos hotéis que eu já havia visto na vida. As pessoas que caminhavam por ali, vestiam apenas roupas leves. Biquínis, shorts, tops. Ninguém usava um vestido de grife como o meu. E isso fazia com que eles me olhassem.— É só a fachada do hotel. Espere até ver lá dentro. E vamos logo, que estou derretendo nesse terno.Liam passa o braço pela minha cintura e entramos no hotel.— Sejam bem-vindos ao Havaí. — uma mulher trajando apenas biquíni e um cordão havaiano, nos recepciona e se estica para nos colocar um daqueles cordões. — Quanta roupa. De onde os senhores vem?— Londres.— Está explicado o porquê de tudo isso. — ela ri. — O check-in se faz naquele balc
DIAS DEPOIS— Senhorita Jones? — ergo minha cabeça, tentando inutilmente tapar o sol com a mão e olho para a mulher a minha frente. — Seu suco.— Colocou aquilo?— Meio dedo de vodca.Suspiro e sento-me na cadeira ao meu lado, pegando o copo em seguida.— Eu precisava era de meio copo de vodca, só para aguentar o abandono.Ela ri.— Desculpe pelo que vou dizer, mas é o trabalho dele.— Eu sei, Emma. — bebo um pouco do suco adulterado. — Mas nós viemos até aqui, para que ele pudesse fugir do trabalho. E só no primeiro dia que nos livramos. Na manhã seguinte, quando eu quis vir para a praia com ele, o celular tocou e ele disse que era muito urgente. É tão urgente, que voltamos para Londres hoje à noite e ele continua branco como um papel.Emma reprime o riso.&mdas