Perseu
Minha vida na cabana é um paraíso que é interrompido toda vez que preciso deixar meu amor sozinha para ir até a sede da matilha cumprir meu dever de Alfa.Eu queria levá-la comigo, mas suponho que agora ou pelo menos hoje não. Chegando na sede da matilha, vou direto para a sala de reuniões e me sento na minha cadeira.Alguns já estão ali aos cochichos já que essa reunião foi marcada ontem. Sei que eles pensam o pior e sinto vontade de rir, mas me contenho.Quando todos estão aqui incluindo a minha família começo meu discurso. Estou ansioso, Lua não sai da minha cabeça, preciso que os meus a aceitem para que tudo fique em harmonia e o que vou fazer hoje aqui precisa dar certo.— Meus amigos e anciãos da matilha, eu convoquei esta reunião para discutir um assunto que considero fundamental para o futuro da nossa alcateia. — dou uma parada e tento respirar tranquilamente — Eu acredito que é hora de considerarmos nossa posição em relaçãAlyaEu não imaginei as coisas assim, meu pai rejeitando meu companheiro por ele ser filho do seu inimigo. Como eu iria adivinhar que Zhaos era filho de um inimigo do meu pai?Meu pai sempre deixou tudo que era da sede da matilha por lá, nunca trouxe trabalho para casa. Só comecei a saber o que acontecia por lá quando comecei a trabalhar lá.Por que não posso ter o meu felizes para sempre igual ao meu irmão e minha irmã? Halley encontrou seu companheiro na sede da matilha no primeiro dia que colocou seus pés lá e desde então não desgrudaram mais.Acabamos saindo da casa dos meus pais sem jantar, minha mãe olhava para o meu pai bem irritada, mas não quero ser o pivô da briga deles. Assim que Zhaos e eu chegamos perto do carro sou abraçada por trás pelo Perseu e pela frente pela Halley… acabo chorando.— Vou fazer nosso pai ver o quanto está errando em descontar no filho o erro do pai. Logo vocês dois estarão lá naq
PerseuFico olhando o carro do meu cunhado se afastar sentindo bem o que minha gêmea está sentindo, por alguns segundos me coloquei no lugar dela e imaginei toda a situação acontecendo comigo e minha pequena humana, sim eu senti a dor que ela está sentindo nesse exato momento.— Você vai falar com o papai? — Halley abraça minha cintura e coloca a cabeça no meu peito também olhando para o carro que se distancia cada vez mais.— Ele precisa entender que errou e corrigir seu erro! Vamos entrar.Assim que entramos vejo minha mãe conversando com a Lua e o meu pai sentado na sua poltrona favorita com o olhar perdido. Meus olhos voltam para a minha mãe.— Mãe, leve a Halley e a Lua para jantar na sala de jantar. Meu pai e eu teremos uma conversa agora.— Você não vai jantar também? — Lua pergunta preocupada.— Vou sim, amor. Me dê apenas alguns minutos.Elas saem e eu me sento na
Lua Parece que as coisas mudaram por aqui. Ao que entendi, a minha cerimônia com o Perseu não será a primeira, mas sim a da Alya por ela estar em outra alcatéia agora. Estou um pouco fascinada pelas tradições e rituais da nossa matilha, e agora que estou prestes a me casar com o Alfa Perseu, estou ansiosa para aprender mais sobre a cerimônia de acasalamento. Eu li nos livros da sede da matilha que a Alya e a Halley me deram que a cerimônia de acasalamento é um ritual antigo e sagrado que une dois lobos para a vida. É um compromisso profundo e duradouro que vai além da simples união física. A cerimônia começa com a minha preparação e do Perseu que iremos nos casar. Seremos banhados e ungidos com óleos sagrados para purificar e proteger nossa união. Em seguida, eles seremos levados ao local da cerimônia, que é geralmente um lugar sagrado e de grande beleza natural. Lá, nós dois seremos
Alya Não acredito que o momento que esperei por longos catorze anos está mesmo acontecendo. Minha cerimônia com Zhaos, meu Alfa da alcateia Neblina Sombria. Meu gêmeo, Perseu, minha irmã Halley, minha cunhada Lua e minha amada mãe já estão aqui, mas o meu pai acho que não vem. Eu nunca imaginei que esse dia chegaria tão rápido. Depois de tanto tempo de espera, finalmente estou aqui, ao lado do meu amado Zhaos, prestes a nos unirmos em uma cerimônia de acasalamento. A cerimônia está acontecendo em uma clareira na floresta, iluminada pela luz da lua cheia e das estrelas. Os anciãos da sede da matilha estão aqui para nos abençoar e nos unir em uma cerimônia que é mais antiga do que a própria matilha, assim como em outras alcateias. Zhaos está ao meu lado, seu olhar fixo em mim com uma intensidade que me faz sentir como se eu fosse o que o prende a terra. Ele está vestido com uma túnica simples de cor branca
PerseuFiz minha cerimônia de acasalamento num final de semana e no outro Alya fez a dela. Eu insisti que eles não precisavam esperar tanto, mas a minha irmã tem uma teimosia familiar inconfundível.Na cerimônia de acasalamento da minha irmã, decidi conversar logo com o meu cunhado sobre uma aliança, um pacto unindo as alcateias fazendo delas uma só. Não existe mais limites em nossas alcateias, mas ainda preciso conversar com o meu cunhado sobre os humanos.— Como eu prometi, aqui estou, segunda de manhã na sua sede da matilha. — Zhaos fala ao se sentar na cadeira de frente para mim.— Eu esqueci de avisar uma coisa importante sobre o nosso pacto, algo que não sei se vai aceitar na sua alcateia. Mas gostaria de dizer que tudo bem se você não quiser eles lá.— Se você estiver falando dos humanos não tenho problemas com eles. Por mim podem circular na minha alcateia, contanto que não sejam caçadores ou façam mal a u
Lua Depois de passar um tempo necessário com a minha mãe fui falar com as minhas tias, irmãs do meu pai, Letícia e Elena. Minha mãe não tem irmãos e quando ela se casou com o meu pai, minhas tias a adotaram como irmã imediatamente. Na família do meu pai, minha mãe é vista como irmã caçula. — Bença, tias, que saudades. — abraço cada uma que responde ao mesmo tempo: — Deus abençoe, sobrinha. — De onde você tirou aquele duplex maravilhoso, Lua? — minha tia Elena pergunta. — Elena, melhor perguntar no que aquele duplex maravilhoso trabalha. — minha tia Letícia roe a unha olhando para o meu Lobão. — A única coisa que posso dizer é que ele é um ótimo líder e comanda tudo muito bem. — Ele é Ceo? — tia Letícia pergunta. — Ele comanda qual empresa? Nós conhecemos? O que um Ceo bilionário iria fazer num lugar como esse com alguém humil
PerseuTive um dia incrível com a família da Lua, foi engraçado ouvir tantas perguntas sobre mim, sobre o que eu faço e sobre onde moro. Elas me perguntaram se eu era um bilionário excêntrico, dei algumas risadas.Mas o ponto auge desse dia foi estar entre as pernas do meu amor e ouvi-la gemer chamando meu nome mesmo que abafando com o travesseiro. Não queria que ela escondesse o quanto dou prazer para ela, mas tive que compreender que não estamos na nossa casa, que é o único lugar onde só nós dois podemos escutar o que nosso prazer faz com nós dois.A noite cai, tivemos a noite toda para matar a vontade que estávamos um do outro. O dia começava a clarear quando paramos e poucos minutos depois minha Luna precisou ir ao banheiro.Eu até iria com ela, mas ainda estava com tesão e acabaríamos acordando o acompanhamento se eu fosse com ela até lá então adormeci… até ser despertado por um rosnado e um cheiro desconhecido.<
EronSer um alfa aos dezessete anos não era o que eu imaginei para mim, sempre soube que seria o próximo alfa. Minhas habilidades, minha capacidade de liderança e minha agilidade gritavam isso para o meu pai.Mas nunca pensei em perdê-lo tão cedo. Meu pai foi traído e enganado caindo em uma emboscada que quase me custou a vida para defendê-lo e a única coisa que carrego daquele dia horrendo é uma feia cicatriz que começa em meu peito e termina em minhas costas.Lutei bravamente, mas não consegui salvar meu pai. Meu tio, Antunes, é o responsável pelo Alfa que sou hoje. Seguiu ao meu lado me aconselhando junto com o conselho da sede da matilha e meu beta, Lucas.Quando completei dezoito anos conheci a Leona, uma mulher incrível que me fez perder a cabeça… Logo começamos a namorar, quando eu completei vinte anos estávamos acasalados e à espera do nosso primeiro filho.Tudo pareceu um sonho nos meses que se seguiram, apesar da minha preocupação em ela insistir a não ir ao médico na cidade