Perseu
Fiz minha cerimônia de acasalamento num final de semana e no outro Alya fez a dela. Eu insisti que eles não precisavam esperar tanto, mas a minha irmã tem uma teimosia familiar inconfundível.Na cerimônia de acasalamento da minha irmã, decidi conversar logo com o meu cunhado sobre uma aliança, um pacto unindo as alcateias fazendo delas uma só. Não existe mais limites em nossas alcateias, mas ainda preciso conversar com o meu cunhado sobre os humanos.— Como eu prometi, aqui estou, segunda de manhã na sua sede da matilha. — Zhaos fala ao se sentar na cadeira de frente para mim.— Eu esqueci de avisar uma coisa importante sobre o nosso pacto, algo que não sei se vai aceitar na sua alcateia. Mas gostaria de dizer que tudo bem se você não quiser eles lá.— Se você estiver falando dos humanos não tenho problemas com eles. Por mim podem circular na minha alcateia, contanto que não sejam caçadores ou façam mal a uLua Depois de passar um tempo necessário com a minha mãe fui falar com as minhas tias, irmãs do meu pai, Letícia e Elena. Minha mãe não tem irmãos e quando ela se casou com o meu pai, minhas tias a adotaram como irmã imediatamente. Na família do meu pai, minha mãe é vista como irmã caçula. — Bença, tias, que saudades. — abraço cada uma que responde ao mesmo tempo: — Deus abençoe, sobrinha. — De onde você tirou aquele duplex maravilhoso, Lua? — minha tia Elena pergunta. — Elena, melhor perguntar no que aquele duplex maravilhoso trabalha. — minha tia Letícia roe a unha olhando para o meu Lobão. — A única coisa que posso dizer é que ele é um ótimo líder e comanda tudo muito bem. — Ele é Ceo? — tia Letícia pergunta. — Ele comanda qual empresa? Nós conhecemos? O que um Ceo bilionário iria fazer num lugar como esse com alguém humil
PerseuTive um dia incrível com a família da Lua, foi engraçado ouvir tantas perguntas sobre mim, sobre o que eu faço e sobre onde moro. Elas me perguntaram se eu era um bilionário excêntrico, dei algumas risadas.Mas o ponto auge desse dia foi estar entre as pernas do meu amor e ouvi-la gemer chamando meu nome mesmo que abafando com o travesseiro. Não queria que ela escondesse o quanto dou prazer para ela, mas tive que compreender que não estamos na nossa casa, que é o único lugar onde só nós dois podemos escutar o que nosso prazer faz com nós dois.A noite cai, tivemos a noite toda para matar a vontade que estávamos um do outro. O dia começava a clarear quando paramos e poucos minutos depois minha Luna precisou ir ao banheiro.Eu até iria com ela, mas ainda estava com tesão e acabaríamos acordando o acompanhamento se eu fosse com ela até lá então adormeci… até ser despertado por um rosnado e um cheiro desconhecido.<
EronSer um alfa aos dezessete anos não era o que eu imaginei para mim, sempre soube que seria o próximo alfa. Minhas habilidades, minha capacidade de liderança e minha agilidade gritavam isso para o meu pai.Mas nunca pensei em perdê-lo tão cedo. Meu pai foi traído e enganado caindo em uma emboscada que quase me custou a vida para defendê-lo e a única coisa que carrego daquele dia horrendo é uma feia cicatriz que começa em meu peito e termina em minhas costas.Lutei bravamente, mas não consegui salvar meu pai. Meu tio, Antunes, é o responsável pelo Alfa que sou hoje. Seguiu ao meu lado me aconselhando junto com o conselho da sede da matilha e meu beta, Lucas.Quando completei dezoito anos conheci a Leona, uma mulher incrível que me fez perder a cabeça… Logo começamos a namorar, quando eu completei vinte anos estávamos acasalados e à espera do nosso primeiro filho.Tudo pareceu um sonho nos meses que se seguiram, apesar da minha preocupação em ela insistir a não ir ao médico na cidade
MelinaMinha mãe sempre me chama de branca de neve, mas não se engane, é por causa de meus cabelos brancos. Me disseram que é uma condição genética e que puxei minha bisavó e minha avó paterna.Mas o meu cabelo branco virou alvo de piadas maldosas de outras crianças na alcateia. Contudo, decidi não chatear meus pais amorosos com isso até completar meus dez anos e ver todos os meus colegas passarem pela transformação e eu não.Aquilo acabou comigo, as poucas crianças que se dispuseram a ser minhas amigas se afastaram de mim para brincar com seus amigos lobos. Eu ficava na beira da clareira, escondida nas sombras das árvores o dia todo eles se divertirem.Quando fiz quinze anos decidi que meu lugar não era mais ali. Que eu preciso ter a maior idade e me mudar para a cidade vizinha, nada mais de matilha e nem de lobo para mim.Até que completei dezesseis anos e após meus pais darem uma festa surpresa para mim convidando os adolescentes que eles pensaram serem meus amigos e nenhum aparece
EronO que deu em mim? Por que me aproximei daquela mulher tão intimamente? E o pior de tudo eu gostei, gostei muito. Como se não fosse suficiente tivemos uma ligação, como ela pode ser minha Luna? Pensei que fosse Leona.Estou correndo pela floresta depois de deixá-la dormindo naquela casa velha. Não vou voltar lá, o que aconteceu me deixou confuso, foi só isso. Se foi apenas isso, como ela conseguiu ativar minha bruma?Estou ficando louco. Isso é loucura, continuo correndo até ficar exausto e deitar entre dois enormes arbustos. Durmo ali por um tempo até que me lembro do que me espera na sede da matilha e vou para casa.— Onde você estava? — Lucas pergunta preocupado — Deveria ter me chamado se iria para longe.— Você deveria estar na sua casa se cuidando. Pensa que pneumonia é brincadeira? — falo me jogando no sofá.— Eu nem deveria estar doente. Ainda não sei como isso aconteceu e porque aconteceu.— É simples, somos metade humanos, em algum momento nosso corpo pode vacilar. Não s
MelinaEu só queria uma noite tranquila até me ver na frente da geladeira com a jarra de suco e um copo na mão com meu corpo pegando fogo. Deixo cair o copo e a jarra no chão se estilhaçando próximo aos meus pés, não me ferindo já que dei dois passos para trás no reflexo de tudo à minha volta.Eu me ajoelho, coloco minhas mãos no chão, não estou usando calcinha exatamente para facilitar quando isso acontecesse. Porém algo está diferente dessa vez, sinto minha visão embaçar meu corpo está tremendo e parece febril. A bruma me pegou de jeito, coloco dois dedos no meu clitóris que está inchado e latejando.Dessa vez meus dedos apenas não me satisfazem. Engatinho na direção do meu quarto, no banheiro tem uma banheira com gelo à minha espera e quando chego na sala sinto um cheiro familiar… Tem alguém aqui.Me levanto rápido apenas para ver um homem alto, musculoso e completamente nu na minha frente. Por mais que minha visão esteja embaçada, identifico a figura do homem e sua enorme ereção l
EronEla é desafiadora, não recua e levanta o focinho apenas para me afrontar encarando meus olhos, mas eu gosto da sua falta de amor à vida. Será que ela não sabe que não deve olhar um alfa nos olhos e desafiá-lo?Ficamos nos encarando por um tempo até que eu me lembro que tenho um dia daqueles esperando por mim na sede da matilha. — Espere por mim mais tarde no mesmo lugar em que tivemos nossa ligação. Você não pode fugir já que é a minha destinada.— Nos seus sonhos que eu sou sua destinada, não aconteceu nada entre nós além de sexo e essa marca idiota em mim. — ela rosna alto para mim.— Vai continuar em negação? É melhor você aceitar o que somos um para o outro logo, não tem muito o que se fazer agora além de aceitar. Pensa que estou feliz com isso? — me imponho sob ela com minha figura mais alta — Eu estava bem vivendo o meu luto até você cruzar o meu caminho e me enlouquecer… Eu preciso ir agora, a quero mais tarde no mesmo lugar em que nossa ligação nos uniu.Ela sai correndo
MelinaAquele alfa maldito, como ele ousou me marcar duas vezes? Agora se acha meu dono… Destinada? De onde ele tirou isso? O que aconteceu entre nós foi apenas por causa da bruma. Que incômodo é esse em mim? Parece uma irritação que não é minha… Que emoções confusas são essas?Paro de correr e balanço a cabeça algumas vezes. Preciso voltar para a casa da minha avó para voltar a forma humana e me vestir. Corro de volta para casa e na varanda já volto para a forma humana.Entro e o ambiente tem meu cheiro misturado com o dele, até eu perceber que esse cheiro vem de mim, do meu corpo. Preciso de um banho.Depois de um longo banho com sabão líquido de lavanda, visto uma roupa e me sinto exausta. Correr por aí depois do que Eron e eu fizemos me deixou no limite do cansaço, mas não vou dormir aqui não quero cruzar com Eron tão cedo.Volto para casa depois de quatro dias na casa da floresta e minha mãe vem até mim preocupada, ela me abraça e depois me olha curiosa.— O que foi, mãe? — pergu