Perseu
Fico olhando o carro do meu cunhado se afastar sentindo bem o que minha gêmea está sentindo, por alguns segundos me coloquei no lugar dela e imaginei toda a situação acontecendo comigo e minha pequena humana, sim eu senti a dor que ela está sentindo nesse exato momento.— Você vai falar com o papai? — Halley abraça minha cintura e coloca a cabeça no meu peito também olhando para o carro que se distancia cada vez mais.— Ele precisa entender que errou e corrigir seu erro! Vamos entrar.Assim que entramos vejo minha mãe conversando com a Lua e o meu pai sentado na sua poltrona favorita com o olhar perdido. Meus olhos voltam para a minha mãe.— Mãe, leve a Halley e a Lua para jantar na sala de jantar. Meu pai e eu teremos uma conversa agora.— Você não vai jantar também? — Lua pergunta preocupada.— Vou sim, amor. Me dê apenas alguns minutos.Elas saem e eu me sento naLua Parece que as coisas mudaram por aqui. Ao que entendi, a minha cerimônia com o Perseu não será a primeira, mas sim a da Alya por ela estar em outra alcatéia agora. Estou um pouco fascinada pelas tradições e rituais da nossa matilha, e agora que estou prestes a me casar com o Alfa Perseu, estou ansiosa para aprender mais sobre a cerimônia de acasalamento. Eu li nos livros da sede da matilha que a Alya e a Halley me deram que a cerimônia de acasalamento é um ritual antigo e sagrado que une dois lobos para a vida. É um compromisso profundo e duradouro que vai além da simples união física. A cerimônia começa com a minha preparação e do Perseu que iremos nos casar. Seremos banhados e ungidos com óleos sagrados para purificar e proteger nossa união. Em seguida, eles seremos levados ao local da cerimônia, que é geralmente um lugar sagrado e de grande beleza natural. Lá, nós dois seremos
Alya Não acredito que o momento que esperei por longos catorze anos está mesmo acontecendo. Minha cerimônia com Zhaos, meu Alfa da alcateia Neblina Sombria. Meu gêmeo, Perseu, minha irmã Halley, minha cunhada Lua e minha amada mãe já estão aqui, mas o meu pai acho que não vem. Eu nunca imaginei que esse dia chegaria tão rápido. Depois de tanto tempo de espera, finalmente estou aqui, ao lado do meu amado Zhaos, prestes a nos unirmos em uma cerimônia de acasalamento. A cerimônia está acontecendo em uma clareira na floresta, iluminada pela luz da lua cheia e das estrelas. Os anciãos da sede da matilha estão aqui para nos abençoar e nos unir em uma cerimônia que é mais antiga do que a própria matilha, assim como em outras alcateias. Zhaos está ao meu lado, seu olhar fixo em mim com uma intensidade que me faz sentir como se eu fosse o que o prende a terra. Ele está vestido com uma túnica simples de cor branca
PerseuFiz minha cerimônia de acasalamento num final de semana e no outro Alya fez a dela. Eu insisti que eles não precisavam esperar tanto, mas a minha irmã tem uma teimosia familiar inconfundível.Na cerimônia de acasalamento da minha irmã, decidi conversar logo com o meu cunhado sobre uma aliança, um pacto unindo as alcateias fazendo delas uma só. Não existe mais limites em nossas alcateias, mas ainda preciso conversar com o meu cunhado sobre os humanos.— Como eu prometi, aqui estou, segunda de manhã na sua sede da matilha. — Zhaos fala ao se sentar na cadeira de frente para mim.— Eu esqueci de avisar uma coisa importante sobre o nosso pacto, algo que não sei se vai aceitar na sua alcateia. Mas gostaria de dizer que tudo bem se você não quiser eles lá.— Se você estiver falando dos humanos não tenho problemas com eles. Por mim podem circular na minha alcateia, contanto que não sejam caçadores ou façam mal a u
Lua Depois de passar um tempo necessário com a minha mãe fui falar com as minhas tias, irmãs do meu pai, Letícia e Elena. Minha mãe não tem irmãos e quando ela se casou com o meu pai, minhas tias a adotaram como irmã imediatamente. Na família do meu pai, minha mãe é vista como irmã caçula. — Bença, tias, que saudades. — abraço cada uma que responde ao mesmo tempo: — Deus abençoe, sobrinha. — De onde você tirou aquele duplex maravilhoso, Lua? — minha tia Elena pergunta. — Elena, melhor perguntar no que aquele duplex maravilhoso trabalha. — minha tia Letícia roe a unha olhando para o meu Lobão. — A única coisa que posso dizer é que ele é um ótimo líder e comanda tudo muito bem. — Ele é Ceo? — tia Letícia pergunta. — Ele comanda qual empresa? Nós conhecemos? O que um Ceo bilionário iria fazer num lugar como esse com alguém humil
PerseuTive um dia incrível com a família da Lua, foi engraçado ouvir tantas perguntas sobre mim, sobre o que eu faço e sobre onde moro. Elas me perguntaram se eu era um bilionário excêntrico, dei algumas risadas.Mas o ponto auge desse dia foi estar entre as pernas do meu amor e ouvi-la gemer chamando meu nome mesmo que abafando com o travesseiro. Não queria que ela escondesse o quanto dou prazer para ela, mas tive que compreender que não estamos na nossa casa, que é o único lugar onde só nós dois podemos escutar o que nosso prazer faz com nós dois.A noite cai, tivemos a noite toda para matar a vontade que estávamos um do outro. O dia começava a clarear quando paramos e poucos minutos depois minha Luna precisou ir ao banheiro.Eu até iria com ela, mas ainda estava com tesão e acabaríamos acordando o acompanhamento se eu fosse com ela até lá então adormeci… até ser despertado por um rosnado e um cheiro desconhecido.<
EronSer um alfa aos dezessete anos não era o que eu imaginei para mim, sempre soube que seria o próximo alfa. Minhas habilidades, minha capacidade de liderança e minha agilidade gritavam isso para o meu pai.Mas nunca pensei em perdê-lo tão cedo. Meu pai foi traído e enganado caindo em uma emboscada que quase me custou a vida para defendê-lo e a única coisa que carrego daquele dia horrendo é uma feia cicatriz que começa em meu peito e termina em minhas costas.Lutei bravamente, mas não consegui salvar meu pai. Meu tio, Antunes, é o responsável pelo Alfa que sou hoje. Seguiu ao meu lado me aconselhando junto com o conselho da sede da matilha e meu beta, Lucas.Quando completei dezoito anos conheci a Leona, uma mulher incrível que me fez perder a cabeça… Logo começamos a namorar, quando eu completei vinte anos estávamos acasalados e à espera do nosso primeiro filho.Tudo pareceu um sonho nos meses que se seguiram, apesar da minha preocupação em ela insistir a não ir ao médico na cidade
MelinaMinha mãe sempre me chama de branca de neve, mas não se engane, é por causa de meus cabelos brancos. Me disseram que é uma condição genética e que puxei minha bisavó e minha avó paterna.Mas o meu cabelo branco virou alvo de piadas maldosas de outras crianças na alcateia. Contudo, decidi não chatear meus pais amorosos com isso até completar meus dez anos e ver todos os meus colegas passarem pela transformação e eu não.Aquilo acabou comigo, as poucas crianças que se dispuseram a ser minhas amigas se afastaram de mim para brincar com seus amigos lobos. Eu ficava na beira da clareira, escondida nas sombras das árvores o dia todo eles se divertirem.Quando fiz quinze anos decidi que meu lugar não era mais ali. Que eu preciso ter a maior idade e me mudar para a cidade vizinha, nada mais de matilha e nem de lobo para mim.Até que completei dezesseis anos e após meus pais darem uma festa surpresa para mim convidando os adolescentes que eles pensaram serem meus amigos e nenhum aparece
EronO que deu em mim? Por que me aproximei daquela mulher tão intimamente? E o pior de tudo eu gostei, gostei muito. Como se não fosse suficiente tivemos uma ligação, como ela pode ser minha Luna? Pensei que fosse Leona.Estou correndo pela floresta depois de deixá-la dormindo naquela casa velha. Não vou voltar lá, o que aconteceu me deixou confuso, foi só isso. Se foi apenas isso, como ela conseguiu ativar minha bruma?Estou ficando louco. Isso é loucura, continuo correndo até ficar exausto e deitar entre dois enormes arbustos. Durmo ali por um tempo até que me lembro do que me espera na sede da matilha e vou para casa.— Onde você estava? — Lucas pergunta preocupado — Deveria ter me chamado se iria para longe.— Você deveria estar na sua casa se cuidando. Pensa que pneumonia é brincadeira? — falo me jogando no sofá.— Eu nem deveria estar doente. Ainda não sei como isso aconteceu e porque aconteceu.— É simples, somos metade humanos, em algum momento nosso corpo pode vacilar. Não s