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Helena viu todo o mal que suas ações estavam causando, percebeu naquele momento quando o comandante estava sendo forçado a decidir de deixar seu irmão partir antes que ele cometesse um crime, que sua presença em sua vida apenas o lançou em desgraça.Ela arfou enquanto tentava controlar as lágrimas que ameaçavam cair, não poderia se mostrar tão desequilibrada em uma situação tão delicada, não poderia piorar as coisas com sentimentalismo, ela olhou nos olhos de Evy, e percebeu uma coisa.A ausência do medo.Evy estava com raiva, seus olhos ardiam em brasas, e quando falou com o comandante suas palavras eram como chamas.— Não o contrarie comandante, deixe que esse verme me leve e eu o trarei de volta para vocês, apenas não garanto seu estado de saúde ao meu retorno.Dimitri riu alto.— Você ouviu, comandante! A sacerdotisa quer que eu a leve, a vida no templo deve ser entediante!John estava paralisado, olhando para os dois, Helena tentou se aproximar e quando estendeu sua mão para toca
Helena ouviu o grito feminino, em seguida viu como Thomas a soltou de imediato seguindo rapidamente na direção dos gritos terríveis que Helena ainda não sabia de qual porta vinha.Mas Sallow sabia, e no mesmo instante Helena o viu seguir direto para uma porta a poucos metros deles, com apenas um chute ele a derrubou.Quando Thomas invadiu o quarto escuro se deparou com Elise deitada encolhida no chão de pedra, as velas estavam apagadas e apenas a luz do corredor iluminava os aposentos, o macho imediatamente se ajoelhou até Elise, encolhida e trêmula, havia uma trilha de lágrimas em seu rosto aterrorizado.Quando Thomas a tocou ela estremeceu.Helena observou toda a cena da porta, Thomas estava ajoelhado e de costas para ela, contudo ela sabia qual expressão ele deveria ter, preocupação.Helena olhou ao redor da escuridão do quarto e imaginou que Elise não se importava de acender velas, de qualquer maneira já estava na escuridão e aquilo era sua culpa, pensou Helena.Quando olhou para o
— Não a machuquei, então, porque está chorando? — questionou Damian para Gracie, nas primeiras luzes da manhã.Gracie estava chorando o mais silenciosamente possível, ao acordar e se deparar com o corpo adormecido de Damian suas lágrimas foram imediatas, ela se lembrou da noite passada.Ele estava certo ao dizer que não a havia machucado, fisicamente.Contudo, ao se lembrar das mãos dele em seu corpo, do gosto de seus lábios nos seus, Callum foi muito mais delicado do que ela esperava dele, aquilo exigia muita prática e esforço, ainda assim não era certo para ela. Nutria uma profunda sensação de que seu corpo não era mais seu, que embora Damian tivesse sido suave não era como se tivesse alguma escolha sobre os acontecimentos, e seu coração sabia que com Henry teria sido diferente.Porque ele não a procurou?Talvez a lembrança de Henry e a decepção a tenham feito chorar mais alto, porque nesse momento Damian despertou.— Eu a machuquei?Ele perguntava e quando colocou as mãos em seus o
O comandante não queria perder tempo com King e suas reclamações, mesmo que a razão de sua visita já fosse conhecida por ele.John parou seu cavalo e King caminhou até ele, sua expressão era terrível, havia profundas olheiras abaixo de seus olhos, que estavam opacos.Quando King se aproximou John não desceu do cavalo, apenas o encarou: — Está partindo? Preciso muito de uma audiência particular, comandante.— O que você precisa de nada me importa, adeus.O comandante quase jogou seu cavalo em cima de King, que não desistiu, derrubou um de seus guardas do cavalo e montou, seguindo atrás de John, como se sua vida dependesse disso.O comandante ouviu o barulho do cavalo de King atrás dele e o ignorou por vários minutos, até que chegaram a longa estrada que os guiaria para o norte, King conseguiu alcança-lo e John o ignorou por horas seguidas, contudo King não desistiu.Quando o comandante teve que parar para que o cavalo se alimentasse Tibérius aproveitou sua chance.Ele se ajoelhou na f
Helena olhou para seus mantimentos que estavam quase no fim, segundo o mapa de Thomas havia um vilarejo chamado Ronan, a poucos metros de onde estava, descansaria um pouco e se dirigia para comprar algum suprimento para o restante da viagem.Três dias haviam se passado desde que partiu do castelo, seus pensamentos pairavam entre seu bebê e o comandante. Ela desceu de seu cavalo perto de um rio, deixou que o animal matasse sua sede e se sentou para consumir seu último pão, apesar de estar sem fome, comeu, porque estava no fim do dia e não havia comido absolutamente nada, suas forças já diminuíam.Helena se sentou na sombra de uma árvore e enquanto comia percebeu que seus seios estavam inchados, aquilo a fez chorar intensamente.Sentia o leite materno descer, e aquela situação apenas reforçava o quanto Ayla precisava dela...E o quanto ela precisava de Ayla, por mais que amasse John Chase, sentia que ele ficaria bem sem ela, talvez até desejasse a distância, Helena se lembrou de sua cu
— Não vai comer sacerdotisa?Evy olhou para Dimitri enquanto ele bebia todo o vinho que havia comprado na aldeia por onde passaram, ela olhou para o pão velho que ele lhe oferecia e se sentiu enjoada.— Poderia ter comprado alguma carne, ao invés desse vinho barato. — ela resmungou.Estavam acampados no meio da floresta, o fogo da fogueira a aquecia, ainda assim ela puxou mais a manta que haviam arranjado na aldeia, contudo ela sentia precisar de um banho, seria difícil se lavar no rio com ele por perto, esperaria até que chegassem a outro vilarejo, esperava que Dimitri mudasse de ideia, sobre ir ao porto...Ela olhou para Dimitri, que estava deitado de modo relaxado, dormir no chão da floresta parecia não incomodá-lo, e não se importava em ter alguma manta, deixando que Evy ficasse com a única que compraram, ele lhe lançou um olhar cínico e retrucou:— Se usasse joias mais valiosas poderíamos comprar toda a carne que desejasse, receio que o templo não paga bem as sacerdotisas, é por i
Helena sentia o sangue escorrer de seu ferimento, seu coração acelerou, e os homens que haviam atacado o vilarejo Dinar, ela olhou-lhes, caminhando lentamente em sua direção, estavam tão confiantes de sua morte que o mais alto parou para repor sua água, enquanto o outro que a havia ferido na perna continuou seguindo em sua direção, com olhos sanguinários.Helena não conseguia acreditar haver escapado do incêndio na taverna para morrer ali, nas mãos daqueles homens, apenas homens.O homem que não possuí barba e parecia ser mais jovem se inclinou e a puxou pelos cabelos, arrastando seu corpo para longe da água, enquanto ela gritava.Ele a jogou com violência no chão pedregoso e se agachou, seu rosto a centímetros do dela, enquanto a segurava pelos cabelos.— Sua beleza é extraordinária, contudo, pessoas como você não deveria existir, está poluindo o mundo dos humanos.Ele a acertou um tapa, que imediatamente a fez ficar tonta.Então suas mãos se fecharam em torno de sua garganta.Seu ar
Lina caminhou pelo acampamento e sentiu toda a energia de todos aqueles machos a puxando, cada um deles perto de seu limite, sentindo-se sozinhos e perdidos, eram muitos dias conquistando de volta os territórios tomados do clã Taylor, cada um deles tinha seus motivos para seguirem Henry, sua lealdade era preciosa, observou, porque embora se sentissem em seu interior, exaustos e tristes nenhum deles hesitava em seguir Henry, agora que última barreira para chegar na fortaleza de Eiras havia sido destruída.Lina se sentou na beira do fogo, onde o clã de feiticeiras conversava com outros lobos, o supremo comandante as havia enviado para ajudar o exército de Henry, Lina pensou em como estaria a princesa, as últimas notícias que recebera do castelo Chase havia sido que seu bebê havia nascido.Lina lamentou não estar ao seu lado, contudo, não queria retornar aquele castelo, onde viveu o pior.Ela estremeceu ao experimentar involuntariamente lampejos das coisas terríveis que passou, das mãos