Avalie o livro para mais capítulos.
Helena sentia o sangue escorrer de seu ferimento, seu coração acelerou, e os homens que haviam atacado o vilarejo Dinar, ela olhou-lhes, caminhando lentamente em sua direção, estavam tão confiantes de sua morte que o mais alto parou para repor sua água, enquanto o outro que a havia ferido na perna continuou seguindo em sua direção, com olhos sanguinários.Helena não conseguia acreditar haver escapado do incêndio na taverna para morrer ali, nas mãos daqueles homens, apenas homens.O homem que não possuí barba e parecia ser mais jovem se inclinou e a puxou pelos cabelos, arrastando seu corpo para longe da água, enquanto ela gritava.Ele a jogou com violência no chão pedregoso e se agachou, seu rosto a centímetros do dela, enquanto a segurava pelos cabelos.— Sua beleza é extraordinária, contudo, pessoas como você não deveria existir, está poluindo o mundo dos humanos.Ele a acertou um tapa, que imediatamente a fez ficar tonta.Então suas mãos se fecharam em torno de sua garganta.Seu ar
Lina caminhou pelo acampamento e sentiu toda a energia de todos aqueles machos a puxando, cada um deles perto de seu limite, sentindo-se sozinhos e perdidos, eram muitos dias conquistando de volta os territórios tomados do clã Taylor, cada um deles tinha seus motivos para seguirem Henry, sua lealdade era preciosa, observou, porque embora se sentissem em seu interior, exaustos e tristes nenhum deles hesitava em seguir Henry, agora que última barreira para chegar na fortaleza de Eiras havia sido destruída.Lina se sentou na beira do fogo, onde o clã de feiticeiras conversava com outros lobos, o supremo comandante as havia enviado para ajudar o exército de Henry, Lina pensou em como estaria a princesa, as últimas notícias que recebera do castelo Chase havia sido que seu bebê havia nascido.Lina lamentou não estar ao seu lado, contudo, não queria retornar aquele castelo, onde viveu o pior.Ela estremeceu ao experimentar involuntariamente lampejos das coisas terríveis que passou, das mãos
Lina seguiu Leon até sua barraca, quando entrou viu ser um espaço pequeno, porém organizado.Carecia de objetos pessoais, tendo apenas uma bacia com água fria, uma cama improvisada no chão e duas mantas dobradas, Leon entrou e pareceu constrangido.— A cama não é tão macia, mas vai ficar mais quente aqui, do que lá fora. — disse-lhe.Ela olhou-lhe, na barraca não havia luz suficiente, apenas duas velas em um canto isolado, a luz da lua era fraca ali dentro, contudo ainda era possível ver o rosto dele.Seus olhos eram tão claros, pensou ela.Pareciam estrelas.— Você já comeu algo?Ela assentiu.Ele esfregou as mãos parecendo nervoso então disse: — Estarei aqui fora, então não se preocupe, meu sono é leve se precisar de mim.Ele lhe entregou a manta e estava saindo da barraca quando ela se deu conta do que estava acontecendo.Ela caminhou até ele puxou sua mão.— Fique aqui, Leon, apenas fique aqui comigo. — sussurrou-lhe.Leon imaginou que talvez seu coração parasse, batia tão rápido
O comandante ainda sentia o cheiro de sangue em suas mãos, não importava quantas vezes lavava suas mãos o cheiro de sangue daquele jovem estava impregnado nele, John fechou os olhos e as imagens dele mesmo por cima do jovem, o golpeando no rosto repetidamente...John arfou ao perceber como as palavras dele haviam despertado em si uma besta sem controle, ele estava disposto a matar aquele jovem, por suas palavras ofensivas, e ele não era assim.John não podia ser como seu pai, pensou.— Melhor comer.Ele abriu os olhos e viu King o oferecendo um pedaço de carne, a noite estava ventando bastante e estavam partindo do vilarejo.John o encarou.King que o estava seguindo desde o castelo o havia impedido de matar o garoto. — Pode comer, estou sem fome.O comandante se voltou para o seu cavalo, antes de subir disse para King:— Pare de me seguir.King o segurou pelo braço, John se voltou para ele ficando possesso com sua ousadia de toca-lo.— Se eu não tivesse aparecido naquele beco, certa
O comandante cavalgou em até que as primeiras luzes do sol surgissem, quando finalmente chegou no vilarejo viu toda a destruição ao redor.Casas incendiadas, tavernas e corpos espalhados, John desceu do cavalo e caminhou pelo lugar coberto em cinzas, ele olhou para corpos pequenos e grandes carbonizados e teve que se controlar para não se transformar, seu coração estava pesado com toda a dor daquela cena de horror.Enquanto caminhava ouviu um barulho, puxou de imediato sua espada e se voltou para a figura que se aproximava.A lâmina pressionava a garganta de King, que o encarava perplexo.Ele levantou as mãos em sinal de rendição, John o encarou e lentamente baixou sua espada a recolocando na bainha.— Pensei ter dito para não me seguir King. — exclamou John.King respirou fundo então olhou ao redor, para todo o horror diante deles.— Quem faria isso? — se perguntou King, em seguida tossiu violentamente.John deu as costas a ele e continuou caminhando, observando tudo ao redor, não ha
Helena arregalou os olhos.Sempre acreditou que não houvesse caçadores na ilha do corvo.— Pensei que não houvesse caçadores na ilha.— disse a Mary.— Quando Kael o Conquistador encontrou a Ilha ela já era habitada, os caçadores viviam aqui, Kael e seus aliados os derrotaram e mataram, todos, ou assim pensamos, Noah sempre disse que a ilha era grande demais para que nenhum deles tenha conseguido sobreviver, aparentemente ele estava certo.Muitas perguntas pairavam na mente de Helena, contudo ela as guardou para si.Mary ficou algum tempo falando, Helena percebeu que a mulher parecia sentir falta de companhia feminina, pela quantidade de coisas das quais ela falava, contou-lhe que sua casa era no alto de uma montanha, isolada porque Noah acreditava ser mais seguro, e isso se mostrou certo.Helena a ouviu em silêncio, enquanto ela dizia que ele havia saído para caçar, voltaria apenas no dia seguinte, estava rastreando um animal grande.— Como ele sabia serem caçadores? Poderiam ser qualq
— Precisa retornar ao castelo. Lina. — disse-lhe Leon.Eram as primeiras horas da manhã, estava uma manhã gélida e todos desmontavam o acampamento para seguirem para a fortaleza Eiras.Lina o encarou, então disse categórica.— Vou com você.Leon bufou, então desviou o olhar para seu próprio cavalo. — Estou indo para uma fortaleza conhecida por ser inexpugnável, não será um passeio Lina, e eu preciso que você esteja segura. Ela o olhou, e suavemente se aproximou dele sentindo toda a preocupação dele em sua voz e seus olhos, então tocou seu rosto com ternura. — Não tenha medo Leon, mas eu preciso ir. Ele segurou suas mãos e indagou:— Por quê? Ela suspirou então percebeu que teria que explicar de modo que ele entendesse.— Meus instintos de Oriska me dizem para estar aqui, eu tentar ir embora é como nadar contra a correnteza, é difícil e doloroso, é exatamente aqui que devo estar.Lina sentia toda a energia negativa, toda a tristeza e caos emanando deles, e ela era como uma luz que
— É melhor se sentar um pouco, querida. — sugeriu Mary, e Helena olhou nos olhos suaves e ternos dela, parecia uma boa pessoa, Mary estava cuidando dela a cerca de dois dias.Sua perna ainda doía, contudo, já conseguia caminhar e precisava partir para as montanhas atrás de Astaria imediatamente.Se o que Mary e Noah que já havia retornado de sua caçada falava era realmente real, que havia caçadores Minkovi na ilha, quanto antes encontrasse a velha Banshee, mais rápido poderia retornar para o comandante e Ayla.Mesmo que o comandante estivesse distante, e possivelmente perdido para ela, não o abandonaria e se uma guerra estava vindo. — Mary, estarei em dívida com vocês, por terem cuidado de mim, para sempre. — disse-lhe.Mary se voltou para ela, seus cabelos estavam com uma única trança que se alongava por suas costas, ela estava mais radiante naquela manhã, ficava assim perto de Noah.O homem a olhou e Helena viu preocupação em seus olhos.— É muito perigoso nas montanhas, para uma m