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Evy caminhou até o leito de Dimitri e olhou para o rosto dele, embora seus olhos azuis estivessem abertos ele, contudo não estava ali, sua alma era uma prisioneira no mundo dos mortos, e somente o deus das almas poderia reaver aquilo, ou Helena.Já haviam se passado dois meses desde o nascimento e Evy estava evitando a princesa.Enquanto Evy penteava os cabelos translúcidos de Dimitri a porta do quarto foi aberta, Evy imaginou que fosse o curandeiro para lavar Dimitri e alimentar ela não se virou.— Evy?A sacerdotisa se virou no instante que ouviu a voz da princesa, ela vestia um vestido branco e seu cabelo longo e escuro estava trançado, uma trança longa e escura descia por suas costas, ela olhou nos olhos de Evy e lentamente seu olhar recaiu sobre a mão da sacerdotisa que segurava a escova que penteava os cabelos de Dimitri.— Está cuidando dele todo esse tempo?Havia toda uma surpresa no olhar de Helena, considerando como a sacerdotisa e Dimitri haviam se tratado na biblioteca.—
Helena não podia acreditar, diante dela estava Isaac Carter, o curandeiro que Lance havia matado na noite em que tudo aconteceu, ela ficou paralisada olhando-lhe até que suas pernas falharam e Evy a segurou, olhar para o curandeiro lhe trazia trágicas memórias daquela época tão sombria.Evy a levou para um pequeno sofá e o curandeiro imediatamente se aproximou, tentando examina-la até que Evy e percebeu o que estava acontecendo.— Helena esse é Charleston Carter, irmão gêmeo de Isaac Carter.Helena engoliu em seco, seu rosto provavelmente estava pálido e seu coração batia forte, durante alguns minutos ambos cuidaram dela lhe oferecendo um chá calmante e Charleston contou sua história.Recém-chegado na ilha do Corvo, estava vivendo em Shivia fazendo suas pesquisas até acordar uma noite sentindo como se seu coração fosse explodir, seu irmão estava morto.Ele retornou para a ilha e decidiu pedir uma chance como curandeiro no castelo Chase, seu irmão amava aquele lugar e ele gostaria de vi
Gracie não olhou para ele, pegou seu próprio copo e começou a beber compulsivamente o vinho, desejando ficar bêbada o suficiente para não temer o que certamente viria naquela noite.Quando de repente Callum segurou sua mão e a impediu de beber mais, ela olhou em seus olhos claros e percebeu haver uma determinação ali.— Não faça isso. — exigiu ele e pegou seu copo.— Apenas aproveitando meu casamento, marido.Damian a olhou alguns segundos se passaram até que ele respondeu entredentes:— Não me trate como se estivesse possuindo o que é de outro, desde sempre fomos prometidos um ao outro, posso perdoa-la por ter por alguns dias olhado para outro, mas não me desafie tentando me manter longe de sua mente e coração, eles me pertencem.Gracie engoliu em seco, ela desejava dizer-lhe que não pertencia a ninguém, muito menos a ele, um garoto bonito e desprezível, contudo estavam no meio da festa de casamento e não poderia criar um alvoroço ali, então se conteve.Algumas horas se passaram até
Helena não conseguia acreditar naquela pergunta.— Você tem alguma dúvida em seu coração que nunca desejei ferir ninguém?— Você diz que não controla esses dons, contudo olhou nos olhos de Lance e o matou, facilmente. O que devo pensar?Ela o olhou horrorizada com suas palavras, de alguma forma ele acreditava que Helena possuía total domínio sobre aqueles poderes tão sombrios, ela arfou e disse:— Não sei explicar como faço algumas coisas e outras não.— Mentiras! Porque olha-me e destila mentiras?O Comandante gritou tão alto que Helena estremeceu, ela recuou diante daquilo e John pareceu perceber o que fizera.Contudo, já era tarde demais.— Eu não quis gritar, estou me sentindo na beira de um precipício.Helena engoliu em seco e lhe deu as costas, caminhou até o bebê e observou seu sono por alguns segundos, então colocou um casaco e se dirigiu a porta, quando estava prestes a abrir o comandante a segurou pela cintura a puxando para ele.— Solte-me. Agora.John ignorou e a apertou ma
Os olhos incrivelmente azuis de Dimitri se focaram na mulher que o tocava, ele viu nos olhos cinza dela um medo profundo se pronunciando.— Não me reconhece? — perguntou a mulher.O homem tirou as mãos dela de seu rosto, e em seguida se levantou da cama, olhando confuso ao redor, estava em um quarto com paredes de pedra, havia uma lareira acesa e os únicos sons eram do coração da mulher que batia rápido.Tudo ao seu redor era completamente desconhecido, ele olhou para suas mãos, repletas de anéis de ouro e os tirou imediatamente, ele olhou para si mesmo por um espelho gigante na parede, sua moldura era de bronze.Seus cabelos louros estavam um pouco bagunçados e seus olhos inchados, sua pele estava ainda mais pálida que o habitual, então a mulher voltou a chama-lo.— Dimitri? Não se lembra de mim?Ele se voltou para ela e a encarou, era uma mulher de estatura mediana, com longos cabelos escuros e traços delicados, ela o olhava com nítida preocupação e Dimitri mesmo confuso soube que el
Helena viu todo o mal que suas ações estavam causando, percebeu naquele momento quando o comandante estava sendo forçado a decidir de deixar seu irmão partir antes que ele cometesse um crime, que sua presença em sua vida apenas o lançou em desgraça.Ela arfou enquanto tentava controlar as lágrimas que ameaçavam cair, não poderia se mostrar tão desequilibrada em uma situação tão delicada, não poderia piorar as coisas com sentimentalismo, ela olhou nos olhos de Evy, e percebeu uma coisa.A ausência do medo.Evy estava com raiva, seus olhos ardiam em brasas, e quando falou com o comandante suas palavras eram como chamas.— Não o contrarie comandante, deixe que esse verme me leve e eu o trarei de volta para vocês, apenas não garanto seu estado de saúde ao meu retorno.Dimitri riu alto.— Você ouviu, comandante! A sacerdotisa quer que eu a leve, a vida no templo deve ser entediante!John estava paralisado, olhando para os dois, Helena tentou se aproximar e quando estendeu sua mão para toca
Helena ouviu o grito feminino, em seguida viu como Thomas a soltou de imediato seguindo rapidamente na direção dos gritos terríveis que Helena ainda não sabia de qual porta vinha.Mas Sallow sabia, e no mesmo instante Helena o viu seguir direto para uma porta a poucos metros deles, com apenas um chute ele a derrubou.Quando Thomas invadiu o quarto escuro se deparou com Elise deitada encolhida no chão de pedra, as velas estavam apagadas e apenas a luz do corredor iluminava os aposentos, o macho imediatamente se ajoelhou até Elise, encolhida e trêmula, havia uma trilha de lágrimas em seu rosto aterrorizado.Quando Thomas a tocou ela estremeceu.Helena observou toda a cena da porta, Thomas estava ajoelhado e de costas para ela, contudo ela sabia qual expressão ele deveria ter, preocupação.Helena olhou ao redor da escuridão do quarto e imaginou que Elise não se importava de acender velas, de qualquer maneira já estava na escuridão e aquilo era sua culpa, pensou Helena.Quando olhou para o
— Não a machuquei, então, porque está chorando? — questionou Damian para Gracie, nas primeiras luzes da manhã.Gracie estava chorando o mais silenciosamente possível, ao acordar e se deparar com o corpo adormecido de Damian suas lágrimas foram imediatas, ela se lembrou da noite passada.Ele estava certo ao dizer que não a havia machucado, fisicamente.Contudo, ao se lembrar das mãos dele em seu corpo, do gosto de seus lábios nos seus, Callum foi muito mais delicado do que ela esperava dele, aquilo exigia muita prática e esforço, ainda assim não era certo para ela. Nutria uma profunda sensação de que seu corpo não era mais seu, que embora Damian tivesse sido suave não era como se tivesse alguma escolha sobre os acontecimentos, e seu coração sabia que com Henry teria sido diferente.Porque ele não a procurou?Talvez a lembrança de Henry e a decepção a tenham feito chorar mais alto, porque nesse momento Damian despertou.— Eu a machuquei?Ele perguntava e quando colocou as mãos em seus o