Capítulo 52

Pietro Kuhn

Eu saí da casa de Steffano o mais rápido que pude, o som do meu próprio sangue martelando nos ouvidos. Eu sabia que tinha cruzado uma linha, e sabia também que Juan não estava brincando quando me encarou com aquela maldita arma. Ele era o tipo de homem que fazia exatamente o que prometia, e, pela primeira vez em muito tempo, eu me senti acuado.

Eu já tinha feito merda suficiente por uma vida inteira, mas dessa vez… eu sabia que a coisa tinha passado dos limites. Aquela conversa com Steffano e Juan — ou melhor, o soco de Steffano e a arma de Juan — me deixaram com um gosto amargo na boca. Pior, me deixaram com uma sensação de impotência que eu não suportava. E a pior parte disso tudo? Donna. Sempre ela. Ela sequer tinha se dado ao trabalho de me responder.

Meu corpo ainda dói dos socos que levei, mas nada dói mais do que o orgulho ferido. Que merda eu vou fazer agora? Eu penso enquanto dirijo pelas ruas de Florença, o volante apertado entre meus dedos. O brilho das luzes d
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