- Mas é um sonho, sim - disse, sem hesitação. - Ter acesso a oportunidades, viajar pelo mundo, conhecer pessoas influentes, estar no topo... Tudo isso tem seu lado encantador. Mas como qualquer coisa na vida, também vem com um preço.Ela fez uma pausa, apoiando os cotovelos na mesa e entrelaçando os dedos, como se refletisse.- Mas o que realmente me interessa agora é a história de vocês. - Seus olhos brilharam com curiosidade ao se voltar para Sophia. - Como a cafeteria começou?A pergunta pegou Sophia de surpresa por um instante, mas logo um sorriso nostálgico suavizou seus traços.- Ah... Essa é uma longa história - disse, soltando uma risada baixa. - Mas uma que gosto de contar.Ela trocou um olhar rápido com Nora, que apenas deu de ombros, como se dissesse "vai em frente".- Bom, tudo começou em uma época bem diferente das nossas vidas...Sophia suspirou suavemente, como se mergulhasse em memórias distantes.- Minha vida nunca foi fácil - começou, seu tom carregado de lembrança.
- Isso é incrível! O carro responde na hora, é suave, mas ao mesmo tempo tem uma potência absurda.Emma observava com um olhar divertido.- Você tá dirigindo como se fosse um idoso. Pode acelerar um pouco mais.Liam riu, mas fez o que ela disse, sentindo o carro ganhar velocidade na avenida.- E você tem mais carros assim?- Alguns. - Emma respondeu, casualmente. - Mas o meu favorito é um Porsche Cayenne preto que tá na minha mansão em Nova York.Liam soltou um assobio.- Um Cayenne? Gosto do seu estilo. Sempre quis dirigir um.- É um dos meus xodós. Tem potência, conforto e ainda dá pra usar no dia a dia. Mas gosto de variar... Às vezes um esportivo como esse, outras vezes um clássico restaurado.Liam balançou a cabeça com um sorriso.- Deve ser muito bom ter uma vida assim. Dirigir carros de luxo, viajar pra onde quiser... Ser herdeira de um império bilionário.Emma suspirou, olhando pela janela.- Parece perfeito, né? Mas não é bem assim.Liam lançou um olhar curioso para ela.- Co
Seus corações batiam juntos, sincronizados com o compasso da melodia. Ali, naquele momento, não havia passado. Não havia futuro. Apenas o presente. Apenas eles.E então, a última nota soou.Emma estremeceu.Mas Liam não a soltou.Ele permaneceu ali, segurando sua mão, os olhos buscando os dela como se procurasse uma resposta que ela ainda não sabia dar.Um pequeno sorriso surgiu nos lábios dele, mas havia algo contido no olhar—algo intenso, algo que Emma sentiu vibrar dentro de si. Sem quebrar o momento, ele a conduziu até a mesa.Com uma calma calculada, serviu uma taça de vinho e a entregou a ela.Emma pegou a taça, os dedos roçando de leve os dele, e tomou um gole. O sabor encorpado do vinho deslizava por sua garganta, mas sua mente estava presa ao instante anterior — ao calor da dança, ao toque de Liam, à música que parecia ter deixado algo suspenso no ar entre eles.Algo que jamais poderia ser explicado em palavras.Apenas sentido.O vento fresco da manhã soprava suavemente no to
Emma inclinou a cabeça para o lado, observando Liam por alguns segundos. A brisa da manhã bagunçava levemente seus cabelos, e os raios do sol refletiam em seus olhos, tornando-os ainda mais intensos. Ele parecia distraído, perdido em pensamentos.- E você? - Emma perguntou, sua voz suave, mas curiosa.Liam piscou, saindo do devaneio.- O quê?- Por que um cara como você está solteiro? - Ela arqueou uma sobrancelha, um pequeno sorriso brincando em seus lábios. - Não me diga que ninguém nunca quis roubar esse coração aí.Liam soltou um suspiro e riu baixinho, balançando a cabeça.- Ah, alguém já roubou sim... e depois jogou fora.Emma franziu a testa levemente.- Isso parece uma história interessante...Ele tomou um gole do vinho antes de responder, o olhar perdido no horizonte.- Tudo começou no primeiro ano da faculdade. - Ele começou, com um sorriso nostálgico. - Eu conheci a Hailey.Emma percebeu o jeito como ele disse o nome, um misto de carinho e uma pontada de dor escondida ali.
E naquele instante, tudo ao redor desapareceu.Liam a puxou para mais perto, o toque firme, seguro, mas ao mesmo tempo gentil — como se temesse que ela se afastasse. Seus corpos se moldaram um ao outro, e o primeiro passo foi dado, iniciando um ritmo que parecia feito apenas para eles.A melodia envolvia o ambiente como uma corrente invisível, carregada de desejo e saudade. O piano e os violinos sussurravam promessas não ditas, e cada acorde era como um fio invisível os puxando ainda mais um para o outro.Liam guiava a dança com maestria, como se soubesse exatamente onde ela queria estar, como se antecipasse cada movimento antes mesmo que ela pensasse em fazê-lo. Emma se entregou, deixando-se levar, sentindo o calor da mão dele em sua cintura, os dedos pressionando de leve o tecido fino de sua roupa.Os passos eram lentos, intensos, cheios de algo que ia muito além da própria dança.E então, o momento mudou.A batida da música cresceu, e com ela, a sintonia entre eles se intensificou.
- Eu também vou voltar para Nova York. - Ele disse, com um sorriso calmo. - Mas só depois das minhas merecidas férias.Liam reduziu a velocidade ao se aproximar da pequena cafeteria. A fachada simples e acolhedora parecia como uma extensão da própria essência de Liam, algo familiar e com um toque de aconchego. Ele estacionou o carro na frente e, com um sorriso tranquilo, desligou o motor.Emma suspirou, sentindo que aquele momento marcava uma despedida, ainda que temporária. Assim que saiu do carro, virou-se para Liam e o envolveu em um abraço apertado, sentindo o calor reconfortante.— Se cuida, tá? — disse ela, com um sorriso suave.Liam riu e bagunçou de leve os cabelos dela.— Até logo, vampirinha. — Seu tom era brincalhão, e ele soltou uma risada antes de se afastar.Emma revirou os olhos, mas acabou sorrindo. Então, entrou no carro e, antes de dar a partida, pegou o celular e digitou rapidamente uma mensagem para Chris.Emma: Onde você está? Vou até você.A resposta não demorou
Quando Emma terminou de arrumar tudo, pegou as malas e desceu as escadas, onde Jacob a aguardava. Ela se aproximou dele, um sorriso suave no rosto.- Foi incrível esses dias aqui com você. - Emma disse, tocando o braço dele de maneira afetuosa.Jacob apenas a olhou, sem palavras, mas com um olhar que transparecia um carinho silencioso. Ele abriu os braços para ela e a abraçou.- O almoço está pronto, ma petite. - Ele disse, com um sorriso leve, guiando-a até a sala de jantar.O aroma do almoço francês preenchia o ar. Era uma refeição preparada com cuidado. Quando se sentaram à mesa, Emma sentiu uma sensação de conforto no ambiente acolhedor da casa de seu tio, mas sua mente não conseguia parar de pensar em Nova York, em tudo o que estava por vir.Após o almoço, Emma se levantou e se dirigiu ao campo de treinamento. Não tinha planos, apenas queria sentir o ar ao redor, ficar em silêncio por um momento. Ela se posicionou no meio do círculo, mas não fez nenhum movimento. Ficou ali, olhan
O zunido constante das turbinas do avião preenchia o espaço silencioso da cabine. Emma repousava contra o assento de couro macio, o corpo entregue ao cansaço da viagem. Seus olhos estavam fechados, e sua respiração serena contrastava com a tempestade que estava prestes a se formar em sua mente.A escuridão tomou conta de sua consciência, e, de repente, ela estava em um lugar que já conhecia. O chão sob seus pés era de terra seca e áspera, exalando o cheiro de poeira antiga misturada à umidade do rio que corria ao lado. O som da água era suave, um sussurro no silêncio denso que a envolvia. Ao longe, um banco de pedra solitário emergia da paisagem enevoada, e sobre ele, uma figura imponente aguardava.Varyon estava sentado ali, os cotovelos apoiados nos joelhos, os olhos dourados fixos nela com uma intensidade que a fez prender a respiração. Havia algo de solene naquele momento, como se o próprio tempo hesitasse diante do encontro. Seu coração bateu mais forte.Engolindo em seco, ela av