Emma SmithEmma Smith era uma raridade, um milagre que desafiava todas as leis naturais e sobrenaturais. Nascida de dois vampiros originais - criaturas imortais que até então acreditavam ser incapazes de gerar descendência - Emma carregava em si um mistério que atraía olhares de fascínio e curiosidade, tanto entre humanos quanto entre os próprios vampiros. Sua pele era tão alva e translúcida que refletia a luz da lua como porcelana pura, quase etérea. Seus olhos verdes brilhavam com uma intensidade hipnotizante, como esmeraldas cintilantes que guardavam segredos. E seus cabelos negros, ondulados e compridos, pareciam carvão que dava contraste de sua pele.Seu estilo pessoal era tão cativante quanto ela mesma, com roupas que uniam elegância e modernidade, sempre impecavelmente ajustadas ao seu corpo esguio. Ela era um ícone por si só, conhecida não apenas como a "filha prodígio" dos Smiths, mas também como alguém que exalava carisma natural. Para os humanos, ela era a jovem bilionária
O sol nascente derramava uma luz dourada sobre a cidade, como se até mesmo os céus reverenciassem a majestade de Nova York. A cidade pulsava com vida e caos, mas para Emma Smith, era apenas mais um dia. No entanto, havia algo inexplicável na maneira como a luz solar a abraçava. Enquanto as sombras de arranha-céus se projetavam em linhas duras nas calçadas, os raios pareciam dançar ao seu redor, como se reconhecessem sua singularidade.Smith Enterprises, um ícone de poder e elegância, erguia-se como um monumento de vidro negro e aço, desafiando o céu. A arquitetura imponente não apenas refletia a luz, mas parecia absorvê-la, amplificando sua aura enigmática. Dentro do lobby, o ar era preenchido por um frescor quase sobrenatural. Os lustres de cristal lançavam reflexos caleidoscópicos pelas paredes de mármore branco, enquanto o perfume de flores frescas criava um contraste sutil com o frenesi da cidade lá fora.No subsolo, a chegada de Emma não passou despercebida, mesmo que fosse marca
Emma ergueu o olhar, um sorriso enigmático brincando em seus lábios.—Ah, claro, mamãe. Porque todos nós sabemos o quanto você preza por uma vida equilibrada —, respondeu, sua voz gotejando sarcasmo.—Eu deveria largar tudo para tomar chá com investidores? Ou talvez para passear ao sol como você, graças à sua encantadora runa?Laura inclinou levemente a cabeça, avaliando a filha. — Sempre com essas respostas afiadas, não é? Você é muito parecida comigo e seu pai do que gostaria de admitir, querida.Emma ficou em silêncio, absorvendo as palavras da mãe, como se o peso delas fosse mais forte do que a força de qualquer vampiro. Ela sabia que, por trás da fachada de autoridade e controle, Laura era uma mulher com seus próprios medos e inseguranças. Mas o que mais incomodava Emma era o fato de que sua mãe, sendo uma vampira original, uma criatura tão poderosa, não conseguia entender o milagre que ela própria representava.— Eu não sou como você, nem como o papai, mãe —, Emma disse, a voz cal
Emma sentiu um leve desconforto se formando dentro de si, mas logo percebeu que não se tratava apenas de irritação. Havia algo, talvez a aura de poder que ele emanava, algo que era ao mesmo tempo inquietante e fascinante.— Boa tarde pra você também, Emma—, ele respondeu, inclinando a cabeça de maneira divertida enquanto se aproximava da mesa dela. — Se sou inoportuno, é porque sei que você precisa de uma pausa. Convenhamos, você trabalha demais.Emma bufou, finalmente levantando os olhos para encará-lo.— Não que seja da sua conta, mas eu gosto de trabalhar. E você realmente precisa parar de aparecer aqui sem avisar.Chris se aproximou ainda mais, apoiando as mãos na cadeira em frente à mesa e se sentando com a confiança de alguém que sabia exatamente o que queria. —Se eu ligasse antes, você arrumaria uma desculpa para não me receber. Prefiro arriscar.Ela cruzou os braços, uma expressão desafiadora em seu rosto. —E o que exatamente você quer, Chris? Porque, honestamente, não tenho te
Ela virou-se ligeiramente, um sorriso travesso brincando nos lábios. — Está bem, Chris. Jantar. Mas eu escolho o lugar.O sorriso dele se alargou, e a confiança nos olhos dele ficou ainda mais evidente.— Feito. Oito horas. E não se atrase.Emma revirou os olhos com humor, saindo do escritório sem olhar para trás. Eric a seguiu em silêncio, mas antes de fechar a porta, lançou um olhar curioso para Chris, que ficava para trás, observando a cena com a expressão de quem acabara de ganhar uma pequena vitória.Ao caminhar pelos corredores elegantes, Emma sentia o peso das suas responsabilidades cada vez mais presente. A cada passo em direção à sala de seu pai, um sentimento de autoridade e respeito parecia envolver o ambiente, como se a própria estrutura do prédio estivesse imbuída de poder. Não era surpresa que sua presença fosse sentida com tanta intensidade. Tom, seu pai, era um dos vampiros originais. A menção de seu nome causava reverência, até mesmo um certo temor, no mundo sobrenatur
Emma assentiu, sentindo o peso do dia que a aguardava.— Tudo bem, pai. Reunião com os investidores às 10h e conselho à tarde. Algo mais que eu deva saber?Tom deu um leve sorriso, com um toque de humor, o que aliviou um pouco a tensão.— Sim. Não se atrase para o jantar com Chris. Parece que ele finalmente conseguiu um sim.Emma revirou os olhos, mas não conseguiu impedir que um sorriso pequeno aparecesse em seus lábios. — Eu deveria saber que você saberia disso.—Eu sempre sei, Emma,— ele disse, com a confiança de quem sempre está no controle. —Agora vá. Prepare-se para nossa reunião.Ao deixar a sala, o coração de Emma estava acelerado, dividido entre as responsabilidades que pesavam sobre seus ombros e a ansiedade que ela sentia pelo jantar com Chris.Às 10h em ponto, Emma entrou na ampla sala de reuniões, acompanhada por Tom. O espaço era imponente, luxuoso, projetado para causar uma impressão de poder e inovação. Uma mesa de vidro longo refletia a luz suave que preenchia a sala, e
A reunião terminou com um consenso positivo, os investidores dispostos a financiar as próximas fases do projeto. Emma, ainda absorvendo o peso da aprovação, se virou para seu pai com um sorriso discreto. — Foi melhor do que eu esperava,— ela admitiu.— Você fez muito bem,—Tom disse, seu tom de aprovação contido, mas claro. —Mas a jornada está apenas começando.Ela saiu da sala e percebeu que havia esquecido o celular sobre a mesa. Voltou apressada e, ao pegá-lo, viu várias notificações. A maioria foi ignorada, exceto uma mensagem de Eric, seu assistente, que ela atendeu rapidamente.— Emma, como foi a reunião?—Eric perguntou, sem rodeios.— Foi boa, Eric, mas preciso que você cancele todas as minhas obrigações de hoje à tarde. Tenho algo mais importante para fazer,—ela disse com um tom de autoridade.—Entendido?—Claro, só isso? Ele parecia acostumado com o tom de voz de Emma, sempre firme e decisiva.—Sim, só isso. Obrigada,—Emma finalizou e desligou, já saindo em direção ao estaciona
O bistrô francês, com sua decoração sofisticada, estava iluminado de forma suave, criando uma atmosfera acolhedora e íntima. A fragrância de pratos deliciosos no ar, combinada com a música tranquila, fazia com que Emma começasse a relaxar. Ao entrar, o garçom a cumprimentou com um sorriso caloroso, conduzindo-os até a mesa reservada com vista para o movimento suave da cidade. Chris puxou a cadeira para ela com uma delicadeza que a fez se sentir ainda mais tranquila, e Emma se acomodou, o peso de seus pensamentos começando a se dissipar lentamente.— O que você vai pedir? —Emma perguntou, seus olhos encontrando os de Chris, que estava tão à vontade quanto ela deveria ser.— Eu estou pensando no risoto, e você?— Chris respondeu com um sorriso fácil.— Magret de pato. E vou de vinho branco, para ajudar a relaxar um pouco,— disse Emma, embora soubesse que nada realmente poderia afastar completamente a inquietação que ainda se arrastava com ela.O jantar foi uma mistura de pratos refinados