Laura colocou a mão sobre a de Emma, os olhos cheios de esperança. — Vai ser bom para você, querida. Jacob é família, e eu estarei com você o tempo todo.Emma respirou fundo, o olhar perdido na madeira polida da mesa. — Eu... vou pensar.Tom assentiu, seu tom paciente, mas firme. — Pense, mas não demore. Quanto mais tempo você fica assim, pior será.Os momentos que se seguiram foram preenchidos por um silêncio pesado, carregado de sentimentos não ditos. Emma sabia que precisava tomar uma decisão, mas cada opção parecia igualmente assombrosa.Finalmente, ela ergueu os olhos para seus pais. — Tudo bem, eu vou. — Sua voz era hesitante, mas havia uma firmeza subjacente que eles reconheceram.Laura sorriu suavemente, enquanto Tom parecia aliviado. — Ótimo. Vamos cuidar dos detalhes. — Ele se levantou, ajeitando o casaco. — Voltamos mais tarde para te levar ao aeroporto.Emma os acompanhou até a porta, sentindo um misto de gratidão e ansiedade. — Obrigada... pelos conselhos.— Somos seus pa
O barulho do carro parando na entrada a trouxe de volta à realidade. Tom e Laura estavam de volta, prontos para levá-la ao aeroporto. Emma pegou sua mala e desceu as escadas, o coração acelerado enquanto Maya a observava com um olhar tranquilizador.— Boa sorte, senhorita. — Maya disse, segurando a porta aberta. — E lembre-se, qualquer tempestade é mais fácil de enfrentar com um guarda-chuva na mão.Emma sorriu levemente. — Obrigada, Maya. Cuide da casa pra mim.Entrando no carro, Emma notou o silêncio que dominava o ambiente. Laura sentou-se ao lado dela, enquanto Tom dirigia. O caminho até o aeroporto foi tranquilo, mas cada quilômetro parecia pesar no peito de Emma.Ao chegarem ao aeroporto, o jato particular da família já os aguardava, imponente sob o céu azul. A tripulação deu boas-vindas, carregando as malas enquanto Laura e Emma subiam as escadas do avião.Quando se acomodaram, Laura lançou um olhar curioso para a filha. — Emma, Paris será o nosso momento. Você precisa disso...
Emma SmithEmma Smith era uma raridade, um milagre que desafiava todas as leis naturais e sobrenaturais. Nascida de dois vampiros originais - criaturas imortais que até então acreditavam ser incapazes de gerar descendência - Emma carregava em si um mistério que atraía olhares de fascínio e curiosidade, tanto entre humanos quanto entre os próprios vampiros. Sua pele era tão alva e translúcida que refletia a luz da lua como porcelana pura, quase etérea. Seus olhos verdes brilhavam com uma intensidade hipnotizante, como esmeraldas cintilantes que guardavam segredos. E seus cabelos negros, ondulados e compridos, pareciam carvão que dava contraste de sua pele.Seu estilo pessoal era tão cativante quanto ela mesma, com roupas que uniam elegância e modernidade, sempre impecavelmente ajustadas ao seu corpo esguio. Ela era um ícone por si só, conhecida não apenas como a "filha prodígio" dos Smiths, mas também como alguém que exalava carisma natural. Para os humanos, ela era a jovem bilionária
O sol nascente derramava uma luz dourada sobre a cidade, como se até mesmo os céus reverenciassem a majestade de Nova York. A cidade pulsava com vida e caos, mas para Emma Smith, era apenas mais um dia. No entanto, havia algo inexplicável na maneira como a luz solar a abraçava. Enquanto as sombras de arranha-céus se projetavam em linhas duras nas calçadas, os raios pareciam dançar ao seu redor, como se reconhecessem sua singularidade.Smith Enterprises, um ícone de poder e elegância, erguia-se como um monumento de vidro negro e aço, desafiando o céu. A arquitetura imponente não apenas refletia a luz, mas parecia absorvê-la, amplificando sua aura enigmática. Dentro do lobby, o ar era preenchido por um frescor quase sobrenatural. Os lustres de cristal lançavam reflexos caleidoscópicos pelas paredes de mármore branco, enquanto o perfume de flores frescas criava um contraste sutil com o frenesi da cidade lá fora.No subsolo, a chegada de Emma não passou despercebida, mesmo que fosse marca
Emma ergueu o olhar, um sorriso enigmático brincando em seus lábios.—Ah, claro, mamãe. Porque todos nós sabemos o quanto você preza por uma vida equilibrada —, respondeu, sua voz gotejando sarcasmo.—Eu deveria largar tudo para tomar chá com investidores? Ou talvez para passear ao sol como você, graças à sua encantadora runa?Laura inclinou levemente a cabeça, avaliando a filha. — Sempre com essas respostas afiadas, não é? Você é muito parecida comigo e seu pai do que gostaria de admitir, querida.Emma ficou em silêncio, absorvendo as palavras da mãe, como se o peso delas fosse mais forte do que a força de qualquer vampiro. Ela sabia que, por trás da fachada de autoridade e controle, Laura era uma mulher com seus próprios medos e inseguranças. Mas o que mais incomodava Emma era o fato de que sua mãe, sendo uma vampira original, uma criatura tão poderosa, não conseguia entender o milagre que ela própria representava.— Eu não sou como você, nem como o papai, mãe —, Emma disse, a voz cal
Emma sentiu um leve desconforto se formando dentro de si, mas logo percebeu que não se tratava apenas de irritação. Havia algo, talvez a aura de poder que ele emanava, algo que era ao mesmo tempo inquietante e fascinante.— Boa tarde pra você também, Emma—, ele respondeu, inclinando a cabeça de maneira divertida enquanto se aproximava da mesa dela. — Se sou inoportuno, é porque sei que você precisa de uma pausa. Convenhamos, você trabalha demais.Emma bufou, finalmente levantando os olhos para encará-lo.— Não que seja da sua conta, mas eu gosto de trabalhar. E você realmente precisa parar de aparecer aqui sem avisar.Chris se aproximou ainda mais, apoiando as mãos na cadeira em frente à mesa e se sentando com a confiança de alguém que sabia exatamente o que queria. —Se eu ligasse antes, você arrumaria uma desculpa para não me receber. Prefiro arriscar.Ela cruzou os braços, uma expressão desafiadora em seu rosto. —E o que exatamente você quer, Chris? Porque, honestamente, não tenho te
Ela virou-se ligeiramente, um sorriso travesso brincando nos lábios. — Está bem, Chris. Jantar. Mas eu escolho o lugar.O sorriso dele se alargou, e a confiança nos olhos dele ficou ainda mais evidente.— Feito. Oito horas. E não se atrase.Emma revirou os olhos com humor, saindo do escritório sem olhar para trás. Eric a seguiu em silêncio, mas antes de fechar a porta, lançou um olhar curioso para Chris, que ficava para trás, observando a cena com a expressão de quem acabara de ganhar uma pequena vitória.Ao caminhar pelos corredores elegantes, Emma sentia o peso das suas responsabilidades cada vez mais presente. A cada passo em direção à sala de seu pai, um sentimento de autoridade e respeito parecia envolver o ambiente, como se a própria estrutura do prédio estivesse imbuída de poder. Não era surpresa que sua presença fosse sentida com tanta intensidade. Tom, seu pai, era um dos vampiros originais. A menção de seu nome causava reverência, até mesmo um certo temor, no mundo sobrenatur
Emma assentiu, sentindo o peso do dia que a aguardava.— Tudo bem, pai. Reunião com os investidores às 10h e conselho à tarde. Algo mais que eu deva saber?Tom deu um leve sorriso, com um toque de humor, o que aliviou um pouco a tensão.— Sim. Não se atrase para o jantar com Chris. Parece que ele finalmente conseguiu um sim.Emma revirou os olhos, mas não conseguiu impedir que um sorriso pequeno aparecesse em seus lábios. — Eu deveria saber que você saberia disso.—Eu sempre sei, Emma,— ele disse, com a confiança de quem sempre está no controle. —Agora vá. Prepare-se para nossa reunião.Ao deixar a sala, o coração de Emma estava acelerado, dividido entre as responsabilidades que pesavam sobre seus ombros e a ansiedade que ela sentia pelo jantar com Chris.Às 10h em ponto, Emma entrou na ampla sala de reuniões, acompanhada por Tom. O espaço era imponente, luxuoso, projetado para causar uma impressão de poder e inovação. Uma mesa de vidro longo refletia a luz suave que preenchia a sala, e