Vivienne se inclina, unindo seus lábios aos dele em um beijo que vai além do desejo, é um juramento silencioso, um pedido de permanência, uma entrega sem volta. Cada toque de Dominic é um lembrete de que ali, nos braços dele, é onde ela pertence. Seu passado pode ter tentado apagá-la, mas ele a faz sentir viva, inteira, real.A cada segundo, Dominic dissolve seus medos, injetando coragem em sua alma, reafirmando que ela não precisa mais se esconder, que o passado não tem mais poder sobre quem ela é agora. Porque essa vida, essa vida, é a que ela escolheu. Com ele. E nada, nem o tempo, nem as cicatrizes, nem os fantasmas do que ficou para trás, jamais roubará o seu lugar.— Te amo. — Vivienne sussurra, contra os lábios dele, sua voz embargada pela emoção, como se aquelas palavras nunca tivessem feito tanto sentido quanto agora. Um sorriso doce se forma entre as lágrimas, irradiando a felicidade que transborda de seu peito.Ela desliza os dedos, suavemente, pelo rosto de Dominic, como s
Seus olhos se fecham com força, como se pudesse se esconder da dor, como se apagar aquela lembrança fosse suficiente para fazê-la desaparecer. Mas não é. Nunca foi. Essa dor sempre esteve ali, adormecida, esperando o momento certo para rasgá-la por dentro.Seu choro ecoa pela sala, quebrando o silêncio como um grito sufocado na escuridão. O peito sobe e desce em soluços descontrolados, o passado esmagando-a com um peso que ela mal consegue suportar.Então, um som seco. Um estalo cortante. O ruído agudo de algo se partindo ao meio.Vivienne se sobressalta, o coração disparado ao ver Dominic parado, rígido, os olhos arregalados, mas sem enxergar nada ao redor.Do copo que ele segurava nas mãos, agora restam apenas cacos afiados cravados em sua pele, enquanto um fio de sangue escorre lentamente entre seus dedos, tingindo sua raiva de vermelho.— Ai, meu Deus! — Vivienne exclama, o desespero tomando conta. O sangue mancha sua pele quando ela tenta segurar a mão dele, mas Dominic não reage
Vivienne respira fundo, sentindo o peito apertar com a intensidade do momento. Ela se aproxima da mesa e solta a caixa de primeiros socorros sobre a superfície, o som ecoando no silêncio tenso da sala.Em seguida, leva as duas mãos ao rosto, os dedos pressionando a pele, como se tentasse segurar as emoções que ameaçam transbordar. Ela precisa se recompor. Precisa manter o controle.Seu coração martela contra o peito, sua respiração vacila, mas ceder não é uma opção. Não agora.Quando finalmente se vira para Dominic, seus olhos se encontram mais uma vez, presos em uma conexão carregada de sentimentos não ditos. Mas, antes que consiga sustentar aquele olhar intenso e extravasando emoções contidas, algo chama sua atenção.Seu foco se desvia para o chão.Gotas vermelhas mancham o piso, escorrendo dos dedos dele, pingando lentamente, como se marcassem o peso de cada segundo que passou desde que essa conversa começou. Um lembrete cruel de que, além da dor que ela carrega, há a dele, silencio
Vivienne sorri e se inclina, beijando os lábios dele, como quem diz “estou bem”, mesmo sem realmente estar. Mas de que adianta continuar presa a um passado que só lhe trouxe dor? É uma história que nunca fez sentido, que nunca lhe deu respostas?Nada disso importa mais. Porque o presente é melhor. Mais leve, mais feliz, mais promissor. E é nele que ela quer ficar. É nele que ela finalmente quer viver. — Dom, não quero mais deixar o passado me definir. — Vivienne começa, sua voz, um fio de esperança em meio a tantas cicatrizes. Seus dedos deslizam suavemente pelo rosto dele, como se quisessem acalmar a tempestade que ainda transborda em seu olhar. — Vejo nos teus olhos. — Murmura, sustentando o olhar intenso dele, sentindo a dor e a fúria que queimam ali. — A busca por entendimento, o desejo de vingança.Ela percebe que ele carrega o peso da dor dela, como se fosse sua, que sua indignação não é apenas revolta, mas um grito silencioso por justiça, que sua alma não apenas sente, mas exi
Após a consulta médica e os três pontos na mão, Dominic e Vivienne retornam para casa. O clima está mais leve, como se, por um acordo silencioso, tivessem decidido abandonar aquele assunto, pelo menos por agora. A noite cai suavemente sobre eles, trazendo um raro momento de paz depois de um dia tão intenso.Antes do jantar, sobem para o quarto, o cansaço pesando sobre seus corpos, mas ainda mais sobre suas almas. O peso das emoções vividas ainda paira no ar, mas, ali, no refúgio que construíram juntos, tudo parece mais suportável.— O que acha de um banho? — Dominic sugere, a voz baixa e convidativa.Mas ele não espera por resposta. Apenas se afasta em direção ao banheiro, deixando uma promessa silenciosa no ar. Vivienne sorri, observando-o desaparecer e, por alguns instantes, se permite relaxar, sentindo o peso do dia se dissipar.Longos minutos depois, Dominic retorna, vestindo apenas uma cueca box, a postura despreocupada, mas o olhar cheio de intenções. Vivienne o observa, e um so
Após o banho relaxante e o jantar leve, Dominic e Vivienne, exaustos pelas emoções do dia, adormecem abraçados, envolvidos no calor um do outro, desfrutando de uma noite tranquila de sono.Na manhã seguinte, os primeiros raios de sol filtram-se pelas cortinas, despertando Vivienne suavemente. Ela se espreguiça preguiçosamente e, ao virar o rosto, depara-se com um buquê de rosas sobre a cômoda ao seu lado. Mas algo chama ainda mais sua atenção. Uma única rosa está separada das demais, repousando sobre um bilhete dobrado com cuidado.Um sorriso doce curva seus lábios enquanto ela pega a rosa, levando-a ao nariz para sentir o perfume suave. Com o coração acelerado pela surpresa, pega o bilhete e o abre, ansiosa para ler as palavras deixadas por Dominic.“Hoje te amo mais que ontem, e ainda assim, é apenas uma fração do que te amarei amanhã.”Os olhos de Vivienne percorrem as palavras no bilhete e seu coração se aquece instantaneamente, um sorriso doce se formando em seus lábios. Ela des
Com um sorriso malicioso, Vivienne desliza as mãos pelos ombros dele, os dedos cravando-se levemente na pele quente, provocando-o sem nenhuma intenção de parar. Dominic solta um riso baixo, rouco, enquanto aperta ainda mais suas coxas, puxando-a para mais perto, até que não haja mais nenhum espaço entre eles.— Você adora brincar com fogo, pequena. — Dominic adverte, a voz carregada de desejo e provocação, enquanto seus dedos deslizam lentamente entre os botões do vestido dela, desfazendo-os com calma torturante. Vivienne sente a respiração falhar por um segundo, mas seu sorriso travesso não vacila.— E você? — Vivienne murmura, mordendo o lábio enquanto desliza as unhas suavemente pela nuca dele. — Adora se queimar.Dominic apenas sorri, enquanto seus dedos abrem o último botão do vestido. O tecido desliza suavemente pelos ombros dela, revelando os seios e a delicada calcinha de renda que abraça suas curvas. Ele morde os lábios, seu olhar carregado de luxúria, percorrendo cada centím
Após o banho relaxante, onde aproveitaram para trocar carícias suaves e momentos de pura conexão, Dominic e Vivienne descem as escadas de mãos dadas, os sorrisos refletindo a leveza do momento.O ar fresco da manhã invade a casa quando eles atravessam a porta, e Vivienne sente um friozinho na barriga ao perceber que aquele será seu primeiro passeio pela propriedade. Dominic aperta levemente sua mão, percebendo sua empolgação.— Preparada para conhecer nosso vinhedo? — Dominic pergunta, puxando-a suavemente para mais perto.— Nosso? — Vivienne pergunta, os olhos brilhando de surpresa, enquanto o encara rapidamente.— Sim, nosso. — Responde, com suavidade, levando a mão dela até seus lábios e depositando um beijo carinhoso. — Tudo que tenho é teu, pequena.Vivienne sente o coração acelerar com a profundidade daquelas palavras. Ele não estava apenas falando do vinhedo, da propriedade ou dos bens materiais. Dominic estava entregando tudo de si, sem reservas, sem medo.Desde que assumiram