O silêncio volta a se instalar, mas desta vez ele não carrega o peso sufocante de antes. Pelo contrário, parece trazer consigo uma calma inesperada, quase como se o ar ao redor deles tivesse se tornado mais leve. Dominic permanece ao lado do irmão, sem o pressionar, apenas oferecendo sua presença como um apoio silencioso, uma prova de que ele sempre terá alguém ao seu lado.Noah mantém o olhar no lago, os pensamentos fluindo de forma caótica, mas começando a se organizar. Aquelas palavras de Dominic, tão sinceras e diretas, ecoam em sua mente, abrindo espaço para reflexões que ele vinha evitando. Gradualmente, o ambiente ao redor se transforma em um espaço de pausa, de acolhimento, onde ele pode finalmente respirar e considerar uma nova perspectiva.— Você acha que eu não sinto esse medo? — Dominic indaga, quebrando o silêncio com uma voz que carrega tanto firmeza quanto emoção. — Eu sinto, Noah. Todos os dias. Mas estou disposto a dar tudo de mim por eles, até minha vida, se for nece
Dominic se endireita levemente, os olhos fixos no irmão, sua expressão séria, mas tranquila, como se quisesse transmitir que estava ali para ouvir, sem julgamentos, independentemente do que Noah tivesse a dizer.— O que foi, Noah? — Dominic pergunta, a voz suave, carregada de um cuidado evidente, embora ele tente mascarar a preocupação que começa a se formar em seu peito. — Aquele dia em que te trouxe até aqui. — Noah começa, a voz baixa e trêmula, enquanto esfrega as mãos uma na outra, num gesto evidente de nervosismo. — Foi com o intuito de te enganar. — Hesita, o peso das palavras refletindo em seus ombros tensos. — O vovô queria que eu fizesse você confiar em mim, para te fa… — Assinar o contrato de venda da holding familiar. — Completa, sua voz firme, mas tranquila, como se tivesse esperado por aquela confissão o tempo todo.Os olhos de Noah se arregalam por um instante, mas logo ele abaixa o olhar, percebendo que não havia como esconder nada. Dominic sempre estava um passo à f
Os dois permanecem assim por um breve instante, um misto de profissionalismo e cumplicidade pairando no ar. É mais do que um acordo, é um passo adiante na reconstrução de uma relação que, apesar de todos os conflitos, parece mais sólida do que nunca.— O que acha de voltarmos? — Dominic sugere, a voz calma, mas com um tom resoluto, como quem sabe que concluíram o que precisavam. Ele ajeita a postura, o olhar firme enquanto observa o irmão. — O jantar provavelmente já esfriou.— Dom, não me leve a mal. — Noah começa, a hesitação clara em sua voz, enquanto se levanta, seguido por Dominic, que o observa atentamente. Ele passa uma mão pelos cabelos, um gesto nervoso que reflete a dificuldade de colocar seus pensamentos em palavras. — Ainda não estou pronto para dividir uma mesa com a Vivi, não sem antes me desculpar com ela. — Continua, sua voz baixa carrega uma mistura de vergonha e arrependimento, enquanto as lembranças de como havia agido com Vivienne o atormentam. — Você se importa se
O beijo se aprofunda ainda mais, transformando-se em uma troca de carinhos que vai além de qualquer explicação, preenchendo de uma maneira inexplicável o coração de ambos, como se, naquele momento, todas as lacunas e incertezas desaparecessem.— Dom. — Vivienne sussurra, entre os lábios dele, a voz baixa e suave, quase como um carinho em forma de palavras. — Quer que eu esquente algo para você? — Pergunta, enquanto desliza o dedo delicadamente pelo rosto dele, o gesto repleto de ternura. — Tentamos esperar, mas vocês demoraram. — Justifica, um leve tom de desculpa em sua voz, interrompida por um beijo suave de Dominic, como se ele quisesse tranquilizá-la sem precisar dizer nada.— Não precisa, não estou com fome. — Dominic responde, com a voz calma, mas com um toque de exaustão, refletindo o quanto a conversa com o irmão havia se prolongado além do esperado. Ele desliza suavemente as mãos pelos braços de Vivienne, seus olhos fixos nos dela, com uma expressão que transborda cuidado e a
O coração de Dominic acelera, cada batida ecoando como uma pressão crescente em seu peito. Ele sente um nó na garganta, enquanto a intensidade daquelas palavras o atinge de forma tão profunda que, por um momento, ele mal consegue respirar.Seus olhos procuram os dela, mas os encontram fechados, e ele hesita, sem saber se ela está dormindo ou plenamente ciente do que acabou de dizer. A incerteza o envolve, misturando-se a uma onda de emoção tão forte que parece impossível de conter.Uma mistura de surpresa, alegria e uma sensação de pertencimento percorre-o. O choque inicial dá lugar a um calor que se espalha por todo o seu corpo, como se aquelas palavras tivessem alcançado um lugar nele que ninguém jamais tocou. Ele percebe que está diante de algo que redefine completamente o significado de tudo o que viveu até agora.Ele desliza a mão pelo rosto dela, os dedos tremendo levemente ao tocar sua pele quente e macia, como se precisasse confirmar que ela está ali, real, que aquelas palavra
Dominic sorri, seus dedos acariciando delicadamente o rosto dela, enquanto seus olhos apreciam cada detalhe da mulher que é seu mundo. Ele se inclina devagar, como se quisesse prolongar a magia daquele instante, e beija seus lábios com suavidade, num gesto calmo e cheio de ternura. — Você disse algo que me fez entender o quanto esses momentos juntos são únicos, o quanto tudo isso significa. — Dominic declara, inclinando-se para depositar um beijo suave na testa dela. — Mas, se não se lembra, talvez ainda não seja o momento certo para você perceber o que realmente sente.No fundo, ele anseia ouvir novamente as palavras “amo você”, que ela sussurrou suavemente enquanto dormia. Contudo, prefere esperar que ela as diga conscientemente, quando seu coração decidir revelar esse sentimento por completo.— Só espero que, quando chegar o momento certo, você diga de novo, mas desta vez olhando nos meus olhos. — Conclui, inclinando-se para beijá-la mais uma vez, num gesto doce e intencional, que
Sem esperar por respostas, Vivienne solta o cinto e sai do carro com entusiasmo, o coração batendo mais rápido. Ela para em frente à loja de artigos para bebês, sua respiração se tornando mais profunda ao observar a fachada delicada, com tons pastel e vitrines repletas de pequenos macacões e bichinhos de pelúcia. Por um momento, ela fica parada, com os olhos brilhando, incapaz de esconder o misto de emoção e antecipação que invade seu peito. O lugar, tão simples e encantador, faz tudo parecer ainda mais real, como um sonho prestes a se tornar realidade.Ela volta a si, o coração ainda acelerado, quando sente a mão de Dominic segurar a sua. Seus dedos se entrelaçam com suavidade, e Vivienne sorri, olhando para ele, sentindo uma sensação de segurança e carinho no simples gesto.— Você realmente acha que já está na hora? — Vivienne pergunta, apertando levemente a mão dele. A pergunta quase soa retórica, pois ela já sente o impulso de entrar na loja e comprar tudo o que encontrar de mais
Como se movida por um impulso, Vivienne se aproxima da prateleira, os dedos acariciando o macacão de tricô macio, adornado com detalhes delicados de renda e bordados sutis, em tons suaves de marfim e bege claro, tão perfeitos para qualquer gênero. O conjunto inclui uma toquinha com detalhes minimalistas e uma manta fofinha, igualmente trabalhada em tecido macio e aconchegante.Mas o toque mais especial está nos pequenos corações bordados em cada peça. Vivienne escolhe três corações, um dourado, outro prateado e o terceiro em bronze, imaginando que assim cada bebê terá seu toque único. Para ela, esses corações simbolizam de maneira doce e delicada a ligação entre os irmãos, como se o amor deles já estivesse gravado em cada momento da vida, desde o primeiro momento. A suavidade do design e a atenção a cada detalhe tornam o conjunto não só uma escolha prática e acolhedora, mas também uma lembrança carinhosa e eterna desse dia, repleta de significado e amor.— Eles vão sair da maternidade